65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
AVALIAÇÃO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS PARA A PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE
Jorge Luiz Xavier Lins Cunha - Doutor em Fitotecnia - Universidade Federal de Alagoas
Felipe dos Santos de Oliveira - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
Islan Diego Espindula de Carvalho - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
Moisés Tiodoso da Silva - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
Artur Pereira Vasconcelos de Carvalho - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
Lydayanne Lilás de Melo Nobre - Graduando em Agronomia - Universidade Federal de Alagoas
INTRODUÇÃO:
A alface (Lactuca sativa L.), originária da Ásia e trazida para o país pelos portugueses no século XVI, é uma das hortaliças mais cultivadas em todo mundo, sendo a folhosa de maior consumo no Brasil. Devido a sua importância, é preciso realizar estudos relacionados à produção desta cultura, onde a utilização de mudas de alta qualidade é um dos fatores fundamentais. Sendo considerada uma das etapas mais importantes do sistema produtivo, tendo em vista que das mudas depende o desenvolvimento final das plantas na produção. Dentro da produção de mudas deve-se fixar o melhor substrato, este varia em função da cultura e da região produtora. Existem substratos comercias de ótima qualidade, todavia, os produtores rurais fazem formulações com diferentes materiais disponíveis na sua região e de fácil aquisição, conseguindo assim obter bons resultados em suas produções de mudas. Os melhores substratos devem apresentar, disponibilidade de aquisição e transporte, ausência de patógenos, riqueza em nutrientes essenciais, pH, textura e estrutura adequadas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar substratos alternativos para a produção de mudas de alface.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em uma casa de vegetação localizada no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, no ano de 2012. Foram avaliados quatro substratos na produção de mudas de alface, sendo um comercial (Bioplant®), e três alternativos que foram escolhidos devido a sua disponibilidade na região (Terra preta + húmus; Terra preta + húmus + fibra de coco; Terra preta + Torta de filtro + húmus). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições, totalizando 20 parcelas experimentais, constituídas por 14 mudas cada. Utilizou-se a variedade Verônica do tipo crespa. A semeadura foi realizada no dia 02/10/2012, em bandejas de polietileno de 128 células, onde foram distribuídas quatro sementes por parcela, após a emergência das plântulas, procedeu-se um desbaste, permanecendo uma planta por célula. Durante a condução do experimento, as plântulas foram irrigadas diariamente. As avaliações dos caracteres foram realizadas com 28 dias após a semeadura, quando as mudas estavam aptas para ao transplante no canteiro definitivo. Foram realizadas análises de variância para todos caracteres, e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Para a variável NF não houve diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, portanto, a quantidade de folhas produzidas em alface em qualquer substrato são semelhantes. Com relação a variável NFD também não houve diferença significativa pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade, indicando produção de folhas definitivas semelhantes. Já para a variável CPA, os substratos Bioplant® e o alternativo terra preta + húmus + fibra de coco proporcionaram maiores crescimentos da parte aérea nas mudas. Quanto a variável CR, não houve diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para MFPA, os substratos Bioplant® e o alternativo Terra preta + Húmus + Fibra de coco são semelhantes entre si, com médias de 0,81 e 0,68g respectivamente, e apresentaram diferença significativa dos demais substratos que tiveram média de 0,45g de massa fresca da parte aérea. A variável MFRA, apresentou o mesmo comportamento da MFPA em relação aos melhores substratos, pois o Bioplant® e o alternativo Terra preta + Húmus + Fibra de coco foram semelhantes entre si. No acúmulo de matéria seca da parte aérea e da raiz, apenas o substrato Terra preta + húmus obteve o pior desempenho, diferindo estatisticamente dos demais substratos utilizados.
CONCLUSÕES:
1. O desempenho do substrato alternativo Terra preta + húmus + fibra de coco foi semelhante ao comercial em todas as variáveis, desta forma é indicado como uma alternativa para produção de mudas de alface.
Palavras-chave: produção, mudas, alface.