65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DAS MESAS DE UMA CANTINA DE MURIAÉ-MG EM 2012
Gabriela Maria Riguete Ribeiro - Depto. de Biomedicina - FAMINAS
Leonardo Luiz de Freitas - Depto. de Biomedicina - FAMINAS
Kamilla Pereira Fazolo - Depto. de Biomedicina - FAMINAS
Fernanda Mara Fernandes - Profa. Mrs./Orientadora- Depto. de Parasitologia - UFV
INTRODUÇÃO:
As mudanças socioeconômicas ocorridas nos últimos anos, como a urbanização, industrialização, profissionalização da mulher, distância entre o domicílio e o local de trabalho contribuíram para um número cada vez maior de pessoas se alimentarem fora de casa. Logo, a refeição fora do lar deixou de ser uma opção de lazer e passou a ser uma necessidade. Neste contexto, os estabelecimentos de preparo e comércio de alimentos passaram a assumir um papel importante na qualidade da alimentação da população. Existem leis sanitárias que promovem e protegem a saúde dos comensais, onde são adotados procedimentos de boas práticas que garantem condições higiênico-sanitárias ao alimento preparado. Todos os serviços de alimentação tais como cantinas, lanchonetes, padarias, restaurantes, devem estabelecer essas boas práticas: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição a venda e entrega de alimentos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente estudo teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias das mesas de uma cantina do município de Muriaé-MG.
MÉTODOS:
Foram coletadas amostras de 20 mesas, que foi realizada com o auxílio de swabs estéreis umedecidos em salina, que depois de passados em toda região da mesa, foram condicionados em tubos estéreis e transportados ao laboratório de microbiologia para posteriores análises. As amostras foram semeadas em meios de cultura do tipo Ágar Mac Conkey, Ágar Sangue e BHI (Brain Heart Infusion). Estes meios foram incubados em estufa por 24-48 hs à 36°C. Em seguida verificou-se o crescimento das Unidades Formadoras de Colônias (UFC).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram realizadas contagens de UFC de bactérias aeróbicas mesófilas, Staphylococcus sp e de coliformes totais das mesas. Observou-se que em 100% das placas contendo o meio BHI houve o crescimento de microrganismos mesófilos. De acordo com Coelho e cols (2010) esses microrganismos são indicadores do processo de má higienização, e que apesar deste grupo não oferecer um risco direto à saúde dos seres humanos, sua presença excessiva no ambiente pode favorecer a contaminação dos consumidores. Já no meio Ágar Sangue ocorreu o crescimento de UFC em 100% das amostras, podendo ser indicativo de Staphylococcus sp ou Streptococcus sp Já nas amostras semeadas no meio Mac Conkey notaram-se o crescimento em apenas 15% das placas sendo indicativo da presença de coliformes totais. Conforme Rossi (2006) a presença desses enteropatógenos está diretamente relacionada com a verificação das condições sanitárias insatisfatórias de um determinado local, representando um risco para a saúde pública, pois provocam diversas infecções.
CONCLUSÕES:
A partir dos dados obtidos pelo presente estudo pode-se observar que as condições higiênicas sanitárias das mesas estavam inadequadas para a utilização dos consumidores devido ao crescimento significativo de microrganismos que comprometem a saúde dos mesmos. Recomenda-se que medidas profiláticas sejam executadas com maior frequência para que ocorra uma diminuição da proliferação desses patógenos reduzindo assim os riscos de contaminação.
Palavras-chave: Alimentação, Higienização, Segurança Alimentar.