65ª Reunião Anual da SBPC

C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DO AÇUDE ARARAS DO MUNICÍPIO DE VARJOTA-CE

Rafael da Silva Castro - Aluno do curso de Ciências Biológicas - UVA Francisco Felipe Bezerra - Aluno do curso de Ciências Biológicas - UVA Ana Bruna de Araujo - Aluno do curso de Ciências Biológicas - UVA Francisca Rosilane Lucas Alves - Aluno do curso de Ciências Biológicas - UVA Raquel Oliveira dos Santos Fontenelle - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Cinências Biológicas - UVA

INTRODUÇÃO:

Apesar de sua importância, corpos de água estão sendo contaminadas por diversas fontes, tais como lixo industrial e doméstico e esgotos lançados sem devido tratamento. Rios brasileiros recebem um volume de substâncias poluentes quatro vezes maiores que sua capacidade natural de conservação.Coliformes são micro-organismos mais utilizados indicando contaminação fecal de humanos ou animais em água, imprópria para consumo humano. A Portaria número 518 do ano de 2004 do Ministério da Saúde, define-se como água para consumo humano aquela livre de Escherichia coli ou coliformes termotolerantes, recomendando-a ausência em 100 mL. O tratamento de doenças transmitidas ou causadas por águas contaminadas, segundo o Ministério da Saúde, equivale a US$ 2,7 bilhões por ano. Açude Paulo Sarasate é um açude brasileiro no estado do Ceará. Está construído sobre o leito do rio Acaraú, entre os municípios de Varjota, Pires Ferreira, Hidrolândia e Santa Quitéria. Sua capacidade é de 891 milhões de metros cúbicos de água, ficando como quarto maior reservatório de água do Ceará. A bacia hidrográfica do rio Acaraú, à qual pertence o Açude Araras, cobre uma área de 3.520 km2.

OBJETIVO DO TRABALHO:

Avaliar a qualidade microbiológica da água do açude Araras através da contagem de micro-organismos indicadores.

MÉTODOS:

Foram realizadas coletas de amostras de água em 3 pontos do açude Araras. Para determinação de coliformes foi utilizado o método do número mais provável (NMP) de coliformes totais e E. coli. Foram retiradas alíquotas dos tubos positivos de EC e semeados com alça de cromo níquel em placas contendo meio EMB e incubados em estufa a 36ºC por 24h. As colônias com características positivas para E. coli, com coloração verde brilhante, foram isoladas em ágar TSA e identificados através do teste do ImVic. Procedeu-se também a contagem padrão em placas utilizada para quantificar as bactérias aeróbias mesófilas, esta foi feita através da técnica do “Pour Plate”, no qual foram retiradas 1 mL de cada uma das 3 diluições das amostras e adicionadas em Placas de Petri esterilizadas. Logo em seguida foi adicionado 15 mL de ágar padrão para contagem (PCA). Misturou-se o inóculo com o meio de cultura movimentando suavemente as placas numa superfície plana, em movimentos em forma de oito. Após a completa solidificação do meio de cultura as placas foram incubadas em estufa a 35ºC, por 24 horas. O procedimento foi feito em duplicata para todas as diluições.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

O NMP de coliformes totais variou de 1,3 x 102 a 3,5 x 10 2 CT/100mL. Através da Portaria número 518/2004, o Ministério da Saúde regulamenta a potabilidade de água para o consumo humano quando esta se encontra isenta de coliformes totais em 100 mL de água. O NMP de coliformes termotolerantes nas amostras nos três pontos variou de 4,0 x 10 a 1,4 x102 CT/100mL e nos três pontos foi constatado a presença de E. coli. Portanto, de acordo com a portaria n°518/2004 do Ministério da Saúde (MS) que regulamenta as normas de potabilidade das águas para consumo humano que proíbe a presença de E. coli em amostras de 100mL de água, todas as amostras apresentaram-se impróprias para consumo humano. O número de bactérias aeróbias mesófilas variou de 6,8x10 2UFC/mL a 1,6x10 3UFC/mL. A portaria 518/2004 do MS estabelece um limite de 500 UFC/mL estando 100% das amostras fora dos padrões exigidos.

CONCLUSÕES:

As águas do açude Araras foram consideradas impróprias para o consumo humano, pois foram ultrapassados todos os limites permissíveis da presença de micro-organismos patogênicos para os seres humanos que são regulamentados pela portaria 518/2004 do MS

Palavras-chave: Água, Escherichia coli, potabilidade.