65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
UMA PRATICA E EXPERIÊNCIA SOBRE O CICLO BIOLÓGICO DE LEPIDÓPTEROS (MARIPOSAS) EM LABORATÓRIO: UMA PRÁTICA DE ENSINO/APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DO ACADÊMICO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (PARINTINS-AM).
Bruno Freire de Oliveira - Graduando em Ciências Biológicas CESP/UEA
Ricardo de Melo Katak - Graduado em Ciências Biológicas CESP/UEA
Juan Campos de Oliveira - Graduando em Ciências Biológicas CESP/UEA
Edson Rodrigues Costa - Graduando em Ciências Biológicas CESP/UEA
Dilcindo Barros Trindade - Prof. MSc./Orientador - Entomologia CESP/UEA
INTRODUÇÃO:
A criação de insetos pode constituir em atividade eficiente no aprendizado da ciência e no despertar da curiosidade científica (SOTTORIVA et al 2006). A presença de ciclo de vida curto, facilidade de criação e obtenção, mudanças pelas quais passam durante o desenvolvimento, demonstram que esses animais são excelentes modelos para utilização em experimentos com objetivos didáticos. É imprescindível que o ensino não se restrinja somente aos conteúdos referentes à morfologia, pelo contrário, que possibilite maior aproximação, vivência e aplicação dos conceitos aprendidos (importância ecológica, habitat, nicho, interações com o homem etc.). As borboletas e mariposas estão envolvidas em muitas interações ecológicas dentro das comunidades a que pertencem, destacando-se as mutualísticas (polinização) e de predação (herbivoria). Segundo Delizoicov (1991) "Na aprendizagem de Ciências naturais, as atividades experimentais devem ser garantidas de maneira a evitar que a relação teoria-prática seja transformada numa dicotomia." Assim, o profissional de Ciências Biológicas estará mais bem preparado para diante de seus futuros alunos exemplificar, experimentar, fazer investigações, produzir e formar o conhecimento biológico das pessoas envolvidas para que no futuro.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Possibilitar ao acadêmico a vivência da pesquisa por meio da criação de lepidópteros em laboratório acompanhando o ciclo biológico desses insetos coletados na natureza como forma de ensino/aprendizagem na formação do acadêmico em Licenciatura em Ciências Biológicas (Parintins-AM).
MÉTODOS:
Foram coletadas 20 larvas de borboletas da família Papilionidae na área Peri-ubana do município de Parintins-AM, foram retirados de uma planta de laranjeira. Com auxilio de pinças e recipientes de plásticos foram levados ao laboratório de Biologia CESP/UEA junto com as folhas da planta hospedeiras. Durante o tratamento dos mesmos em laboratório, foi feito a manutenção, controle físico, umidade±80 e temperatura de ±20˚C a 24˚C, além disso, foram alimentados com as mesmas plantas de acordo com o tempo de fase fitófaga. As fases de larva, pupa e adulto foram relatadas em planilhas desde sua entrada, morte e eclosão dos adultos e feitos sua porcentagem de sobrevivência nas condições in vitro. As larvas mortas pelos fatores físicos in vitro foram adicionados em álcool 70% e feitos sua seguinte identificação comparada com a literatura de (COSTA et al., 2006) em nível de família.. Durante o período de pupa dos mesmos foi feito a manutenção da umidade, limpeza até a eclosão dos adultos. Após a eclosão dos adultos alguns exemplares foram sacrificados etiquetados, conservados para evitar contaminação e foram armazenados em caixas entomológicas para posteriores aulas de ensino de ciências e os demais adultos soltos na natureza.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Durante a observação em in vitro do ciclo biológico das espécies foi notado o comportamento ecológico das espécies como: mimetismo; mudança de fase (herbivoria); dormente e nectivoria. Borgges (2003) relata que esses são os fatores associados com a genética da seleção natural das espécies. Em detalhes foi observado o ciclo de vida de cada larva ate sua fase adulta sendo que varia de 16 a 19 dias respondendo 15% de sobrevivência em laboratório. Alguns fatores físicos e biológicos contribuem para morte dos mesmos, como temperatura e agentes fungicos. A temperatura ótima para os insetos esta próxima de 25˚C (RODRIGUES, 2005). No total de 20 larvas, desde sua fase imatura até a adulta, no geral a sobrevivência de 15% possibilitou uma experiência pratica como ferramenta ao ensino de biologia, pois os mesmos possibilitaram acompanhar o ciclo biológico das espécies como também a pratica da identificação que servirá como ferramenta de ensino nas futuras aulas de Biologia. A teoria e pratica demonstram os fatos adaptando a teoria á realidade, ciência é uma troca de experiência (ARRUDA, 1998). Assim os futuros profissionais estarão mais bem preparados para diante de seus futuros alunos exemplificar, experimentar, fazer investigações, produzir e subsidiar conhecimentos.
CONCLUSÕES:
Durante o desenvolvimento desse estudo foi observado o ciclo biológicos das espécies fatores ecológicos (comportamento, alimentação e mimetismo) em condições de laboratório. Alguns fatores como estrutura física do laboratório possibilitaram algumas carências nesta pesquisa. Por outro lado, esse tipo de trabalho é válido para o conhecimento adquirido por meio da Entomologia, e como também desenvolver futuras aulas praticas de Ciências aos alunos, levando-se em consideração o desenvolvimento, a ecologia e habitat desses animais. Proporciona ao acadêmico de Licenciatura em Biologia o senso investigativo durante a criação e identificação dos espécimes. Contribui de forma didática no ensino-aprendizagem, pois assim aprimora o conhecimento de Ciências unindo teoria e prática.
Palavras-chave: Ensino/aprendizagem, Criação em laboratório, Lepidópteros (Mariposas).