65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
Estabilidade do ácido ascórbico em amostras farmacêuticas comerciais durante o armazenamento
Tenessee Andrade Nunes - Profa. Dra./Orientadora - Escola de Gestão de Negocios - UNP
Francisco Bruno Ferreira de Oliveira Bezerra - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Bárbara Monique de Freitas Vasconcelos - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
José Teixeira da Rocha Neto - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Raul Lucena Nascimento - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Gleydson de Freitas Silva - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
INTRODUÇÃO:
O ácido ascórbico (AA) faz parte de um grupo de substâncias químicas complexas necessárias para o funcionamento adequado do organismo. É uma vitamina hidrossolúvel, o que significa que o organismo usa o que necessita e elimina o excesso. É a vitamina mais ingerida pelas pessoas sob a forma artificial por meio de suplementos vitamínicos comercializados em farmácias e drogarias de todas as regiões do país. Seu uso deve-se principalmente ao fato desta vitamina estar relacionada à proteção do organismo contra eventos de gripes, além do efeito antioxidante e da proteção do sistema imunológico.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi verificar a estabilidade do ácido ascórbico contido em amostras farmacêuticas comerciais encontradas nas farmácias e drogarias da cidade de Mossoró-RN.
MÉTODOS:
As análises foram realizadas no Laboratório de Bioquímica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA. Para a realização dos experimentos com estabilidade, utilizaram-se cinco amostras comerciais de vitamina C (duas formulações efervescentes todas contendo 1 g de AA e três formulações sob a forma de comprimidos para uso oral, todas contendo 500mg de AA). As análises do teor de ácido ascórbico contido nas amostras foram realizadas a partir de iodimetria. As avaliações da estabilidade do ácido ascórbico ocorreram ao longo de sete dias e consistiu na dissolução dos comprimidos efervescentes de acordo com a indicação na embalagem. Outros deixados intactos na embalagem. Já os comprimidos de uso oral foram analisados na forma intacta sem manipulação, macerados separadamente em almofariz e dissolvidos em 1 litro de água destilada cada. Estas amostras foram testadas nos seguintes ambientes:1: Mantidas sob refrigeração em geladeira (7°C) e, 2: Armazenamento à temperatura ambiente do laboratório (27 ± 2 ºC). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três repetições cada e realizou-se análise de regressão para melhor visualização das perdas de vitamina C ao longo do tempo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os parâmetros temperatura e forma de manipulação/armazenamento influenciaram significativamente na degradação do ácido ascórbico. Verificaram-se perdas significativas em todas as marcas comerciais analisadas, à temperatura ambiente. A retenção (estabilidade) do ácido ascórbico nas amostras sólidas à temperatura de refrigeração foi em média 92%, após sete dias de armazenamento, enquanto que à temperatura ambiente (27 ± 2 ºC) ficou entre 15 e 30%. Verificou-se que para todos os tratamentos aplicados às amostras farmacêuticas (diferentes formas de manipulação x temperatura de armazenamento), a vitamina C apresentou comportamento similar, ou seja, o aumento da temperatura ocasionou uma perda mais acentuada desta vitamina.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que as amostras farmacêuticas em todas as formas de manipulação testadas armazenados à temperatura de refrigeração (7°C) apresentaram as menores perdas de ácido ascórbico, do que aquelas armazenadas à temperatura ambiente.
Palavras-chave: Vitamina C, titulação, iodimetria.