65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
SISTEMA EDUCACIONAL PÚBLICO PORTUGUÊS COMO REFERENCIA PARA O BRASIL.
Antonio Rafael Moreira Camilo - Curso de Ciências da Natureza e Matemática, Bolsista Pibid/UNILAB, PLI/UC
Assis Anderson Ribeiro da Silva - Curso de Ciências da Natureza e Matemática, Bolsista Pibid/UNILAB, PLI/UC
Francisca Aline da Silva Andrade - Curso de Ciências da Natureza e Matemática, Bolsista Pibid/UNILAB
Francisco Ari da Silva Filho - Curso de Ciências da Natureza e Matemática, Bolsista Pibid/UNILAB, PLI/UC
Lucas Costa da Silva - Curso de Ciências da Natureza e Matemática, Bolsista Pibid/UNILAB, PLI/UC
José Berto Neto - Prof. Dr./Orientador, Pibid/UNILAB
INTRODUÇÃO:
A educação é o agente transformador da sociedade, mas é forçoso reconhecer que enfrentamos vários obstáculos a fim de que esse agente atue plenamente em nossa nação. Os entraves variam de acordo com o ambiente escolar que é oferecido aos nossos discentes; onde ele se localiza; os aspectos que formam os corpos discente e docente que atuam na escola; dentre outros. A experiência de iniciação à docência vivenciada no contexto do PIBID/CAPES/UNILAB, juntamente com a realidade vivenciada por estudantes da Unilab no Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI) em Coimbra/Portugal, nos instigou a analisar e compreender o que leva o ensino português no contexto de algumas escolas visitadas, a apresentar tão boa qualidade na formação de seus educandos, refletida no auto nível de conhecimento com que o jovem português chega a Universidade. No interesse de aprimorar e ampliar o nosso conhecimento na área da educação, sem perder contato com a realidade brasileira, este trabalho foi desenvolvido a partir de observações feitas em escolas públicas de Coimbra. A partir de tais observações foi possível apontar aspectos que mais refletem para a boa qualidade do ensino português e visualizar-se ideias que contribuam para o desenvolvimento do ensino brasileiro.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho relaciona o PIBID e o PLI objetivando analisar o sistema educacional português e compará-lo com o brasileiro, visando ideias que conduzam a melhorias na educação básica e média no Brasil.
MÉTODOS:
Como bolsistas de iniciação à docência, nossas primeiras atividades consistiram em observar, sem intervir, e diagnosticar a realidade das escolas públicas municipais, a partir da coleta de dados. Como exemplo, citamos a análise do projeto político-pedagógico destas escolas. Foi possível fazer um levantamento parcial da qualidade da educação na cidade de Redenção-Brasil. Em Portugal o trabalho foi realizado no âmbito da disciplina Unidade de Observação e Intervenção, da FPCE-UC, na qual se participou como voluntários nas visitas. Em cada escola pode-se contar com a presença de diretores e/ou coordenadores para guiar-nos e, permaneceu-se em cada escola por no máximo 2 horas. Buscou-se explorar o ambiente escolar em seus vários espaços, registrando dados, quantitativa e qualitativamente. Os elementos observados foram: histórico da escola, proposta educativa, atuação limítrofes da escola, seu entorno, espaços interiores, acessos, estado de conservação, serviços e atividades oferecidas. Em ambos os casos procurou-se através das observações estabelecer comparações, por vezes óbvias, mas que a partir delas nascessem ideias que venham contribuir com melhoramentos na educação brasileira, que está em crescimento, no entanto necessita de mais ações vindas das autoridades competentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Nota-se que as Escolas Públicas de Portugal são muito bem apoiadas pelo governo, e suas estruturas chegam a ser imponentes. Além do ensino secundário são oferecidos cursos diversos, sendo que há seleções que apontam as potencialidades de cada estudante, assemelham-se as escola técnicas do Brasil, onde o sistema está se adequando. Apresentam comprometimento com o conhecimento cientifico, o que se denota em seus laboratórios de mecânica, eletrônica, energias renováveis, mecânica automobilística, dentre outros, muito bem estruturados. Há uma grande sensibilidade quanto à educação de estudantes especiais; para o que se conta com um forte apoio psicopedagógico. São marcantes as atividades extracurriculares e de desporto. Vôlei, futebol, basquetebol, tênis são algumas das modalidades desenvolvidas. No primário há atenção com a segurança dos discentes, sistema de presença e entrada na escola: cartão com frequência, sinal via rádio, cartões magnéticos. E o grande diferencial do ensino português está na qualidade dos alunos que, egressos destas escolas, vão para o ensino superior. Ingressam na universidade com alto conhecimento geral e especifico, pois o ensino secundário é voltado para a área de formação que o estudante quer seguir futuramente.
CONCLUSÕES:
No Brasil há ausência de políticas públicas educacionais eficazes, que revertam o conjunto de fragilidades da educação básica, as quais se refletem no ensino superior. É fundamental para a reversão deste quadro que haja um olhar mais atento em direção à educação, principalmente para o ensino básico, e uma maior atenção, no que diz respeito à futura profissão do hoje estudante; pois essa é uma decisão importante. Se houver estimulo e preparação para se alcançar conhecimento, geral e especifico, e não apenas “adorno” nessa fase do ensino, o jovem brasileiro ingressará na universidade com maiores possibilidades de permanência e êxito. Neste aspecto o ensino português torna-se exemplo para o Brasil. Isso ficou evidente para estudantes brasileiros, da UNILAB, que na Universidade de Coimbra estão percebendo o domínio do conhecimento cientifico que os estudantes portugueses demonstram possuir. Claro que aí se contemplam desde questões curriculares e de formação inicial e continuada de professores, a questões de melhoria das condições de infraestrutura e serviços da escola, bem como a realidade pessoal e escolar apresenta motivos significativos que dificultam a boa qualidade do ensino no Brasil. E se tais problemas são tão nítidos as suas soluções são mais ainda.
Palavras-chave: Conhecimento, Ensino, Qualidade.