65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 5. Educação de Adultos
A EXPERIÊNCIA DO IFRR/CÂMPUS AMAJARI NA DIVERSIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS COMO FORMA DE PERCEPÇÃO DE COMPETÊNCIAS DOS DISCENTES.
Hudson do Vale de Oliveira - Professor do Instituto Federal de Roraima – IFRR/Câmpus Amajari.
Francimeire Sales de Souza - Pedagoga/Diretora (Ensino) do Instituto Federal de Roraima – IFRR/Câmpus Amajari
Sandra Grützmacher - Professora do Instituto Federal de Roraima – IFRR/Câmpus Amajari.
INTRODUÇÃO:
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Instituto Federal de Roraima (IFRR)/Câmpus Amajari, tem sido vivenciada desde o segundo semestre de dois mil e doze e configura-se em um grande desafio pela essência dessa modalidade de ensino e, até mesmo, pela falta de experiência dos docentes com este público. Segundo Lopes e Sousa (2005), a educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino, amparada por lei e voltada para pessoas que, por algum motivo, não tiveram acesso ao ensino regular na idade apropriada. Além disso, ressaltam que o perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto, o qual vê seu professor como um modelo a ser seguido. No Câmpus Amajari, a turma em questão é atendida em regime de alternância, o que aumenta ainda mais o desafio assumido, embora tal metodologia também se apresente como uma estratégia interessante para oportunizar aos discentes o acesso ao ensino. De acordo com Quadro e Bernartt (2007), a Pedagogia da Alternância surgiu como uma possibilidade de contribuir para a diminuição do fluxo migratório dos jovens do meio rural para o meio urbano e, paralelamente, proporcionar uma educação integral e contribuir para a permanência e a melhoria da qualidade de vida do jovem no meio rural.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Relatar a importância da diversificação de instrumentos avaliativos como forma de perceber as competências dos discentes da turma do Curso Técnico em Agricultura Integrado ao Ensino Médio em regime de Alternância, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
MÉTODOS:
O presente trabalho relata uma experiência vivenciada na turma do Curso Técnico em Agricultura Integrado ao Ensino Médio em regime de Alternância na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Instituto Federal de Roraima (IFRR)/Câmpus Amajari. O trabalho partiu da premissa fundamental da Pedagogia Libertadora (Freire, 1987), a qual ressalta que o conhecimento prévio dos sujeitos educandos (as) e do seu universo é indispensável ao processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, buscou-se utilizar diferentes instrumentos avaliativos, conforme prevê a Organização Didática do IFRR (CONSUP, 2012), de forma a considerar as competências dos discentes no processo de ensino-aprendizagem, garantindo, dessa forma, um maior aproveitamento destes nos componentes curriculares do semestre considerado, especificamente no componente de Introdução à Agricultura.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A utilização de diferentes instrumentos avaliativos oportuniza ao discente maiores chances de obter os resultados acadêmicos demandados pela instituição. Além disso, oportuniza aos educandos a demonstração de competências que, muitas vezes, até desconhecem, mas que são exteriorizadas quando são inquiridos, ainda que indiretamente, a colocá-las em prática. Nesse sentido, Dell’areti et al. (2004) ressaltaram a necessidade de se propor novas estratégias e instrumentos que incentivem o desenvolvimento de habilidades e de competências básicas para que o aluno se conscientize como sujeito crítico de sua história e do ambiente onde atua, bem como se aproprie efetivamente de novos saberes. Como instrumentos utilizados no processo de ensino-aprendizagem, têm-se: participação em sala de aula, assiduidade, relatórios práticos, testes rápidos, seminários, relatos de experiências, projetos integrados e avaliação escrita. Percebeu-se que a utilização de tais instrumentos garantiu um maior dinamismo nas atividades desenvolvidas no componente curricular em questão. Além disso, obteve-se uma boa aceitabilidade por parte dos discentes que, em geral, obtiveram bons resultados, sendo, no final do semestre, considerado aprovado no componente 80% da turma.
CONCLUSÕES:
A ideia de que a aprendizagem deve estar centrada essencialmente na ação docente é ultrapassada. Percebe-se, portanto, com o passar do tempo que o processo ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, na qual ambos (professor e aluno) estão continuamente aprendendo mutuamente. Além disso, destaca-se que a utilização de diferentes instrumentos avaliativos pode ser uma adequada metodologia para garantir um bom aproveitamento do público em questão.
Palavras-chave: Competências., Educação de Jovens e Adultos., Instrumentos Avaliativos..