65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
POTENCIAL HÍDRICO, FOTOSSÍNTESE, TRANSPIRAÇÃO EM PLANTAS JOVENS DE LEUCENA SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA E REIDRATAÇÃO
Myriam Galvão Neves - Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
Jaomara Nascimento da Silva - Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
Carla Carolynne Resueno Coelho - Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço – UFRA
Roberto Rivelino do Nascimento Barbosa - Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço – UFRA
Raimundo Thiago Lima da Silva - Prof. MSc. – Campus de Capitão Poço - UFRA
Cândido Ferreira de Oliveira Neto - Prof. Dr/Orientador – Campus de Capitão Poço - UFRA
INTRODUÇÃO:
A leucena (Leucaena Leucocephala) é uma leguminosa perene de porte arbustivo a arbóreo, capaz de se adaptar as condições de baixa pluviosidade. Produz forragem de boa qualidade, rica em proteína e com teores de minerais capazes de atender as exigências nutricionais dos animais. O potencial hídrico é reduzido com o declínio da disponibilidade de água do solo, levando à perda de turgescência e ao fechamento estomático. A água é importante na manutenção da turgescência celular e por permitir a continuidade dos processos de crescimento vegetal, expansão, divisão celular e fotossíntese. Na planta, o efeito do estresse é geralmente percebido como um decréscimo na fotossíntese líquida e crescimento e está associado com alterações no metabolismo do carbono e nitrogênio. A regulação estomática para restringir a perda excessiva de água por transpiração é uma das primeiras linhas de defesa das plantas ao estresse hídrico, atuando como um recurso para prevenir a dessecação dos tecidos como resultado da desidratação e para manter a turgescência foliar por um período maior. Contudo, o fechamento estomático afeta a difusão do CO2 para o interior das células, refletindo em futura redução na taxa de fotossíntese, e conseqüentemente na produtividade.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi observar o potencial hídrico, fotossíntese e transpiração em plantas de Leucena sob deficiência hídrica e reidratação.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao Campus de Capitão Poço da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Foram utilizadas cinqüenta mudas de Leucena com 8 meses de idade e colocadas em vasos de 18 litros. As respostas ao déficit hídrico foram avaliadas nos dias 0, 8 e 16, e as respostas a reidratação foram avaliadas no 2º e 4º dia após os 16 dias de estresse. O potencial hídrico foi determinado na antemanhã (Ψwam), entre 4:30 às 5:30h através de uma bomba de pressão do tipo Scholander (mod. Pms Instrument Co., Corvalles, USA. A transpiração (E) e a fotossíntese foram determinados por meio de um analisador de gases a infravermelho (mod. LCi 6400, Hoddesdon, UK). A análise foi realizada imediatamente após o corte do terceiro ou quarto par de folíolos totalmente expandidos. A análise de variância entre os fatores foi realizada utilizando-se o GLM do Software estatístico MINITAB 14 (2004) e ASSISTAT 7.6 (2011), enquanto as diferenças entre as médias foram segregadas com testes múltiplos de Tukey.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O Ψwam das plantas reduziu significativamente (p≤0.05), no qual o tempo de estresse hídrico foi severamente afetada pelo estresse com valor de -2.1 MPa decorrido 16 dias da suspensão hídrica comparada com o valor -0,74 MPa apresentado foi recuperada integralmente no decorrer de 48h após a reirrigação. A redução da transpiração foi de 81%, após 16 dias de estresse. Essa diminuição está relacionada com o baixo teor de água na planta e consequentemente com a diminuição da taxa fotossintética da planta. A espécie em estudo sofreu redução a partir do E8, atingindo posteriormente, no E16, valores extremamente baixos e significativamente diferentes do tempo E0 e E8. Com os valores observados pode-se afirmar que o baixo potencial hídrico não as tornou impossibilitadas de recuperar sua atividade de transpiração inicial quando reirrigadas. Mostrando que a leucena possui uma alta capacidade de recuperação a esse tipo e tempo de estresse.
CONCLUSÕES:
A deficiência hídrica promoveu uma redução nos processos fotossintéticos, transpiração, e o tempo de reidratação foram suficientes para a recuperação destes processos.
Palavras-chave: Fotossíntese, Transpiração, Estresse hídrico.