65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
UMA NOVA TECNOLOGIA UTILIZADA NO PIBID-FÍSICA FECLESC PARA O ENSINO DE FÍSICA - SIMULAÇÕES CRIADAS NO SCRATCH
Francisco Gilvane Sampaio de Oliveira - Universidade Estadual do Ceará - UECE
Alexandre Gonçalves Pinheiro - Prof. Dr./Orientador- Universidade Estadual do Ceará - UECE
Erandi de Lima Cruz - Universidade Estadual do Ceará
Raimundo Ivan de Oliveira Júnior - Universidade Estadual do Ceará
INTRODUÇÃO:
Scratch é uma linguagem de programação desenvolvida por Lifelong Kindergarten Group no Media Lab, MIT (com financiamento da National Science Foundation, Intel Foundation, Nokia e do consórcio de pesquisa do MIT Media Lab). Este aplicativo possibilita a criação de estórias interativas, jogos e animações bem como o compartilhamento das criações na Web. Tudo pode ser feito a partir de comandos que devem ser agrupados de modo lógico. O termo Scratch provém da técnica de scratching utilizado pelos Disco-Jockeys do Hip-Hop que giram os discos de vinil com as suas mãos para frente e para trás de modo a fazer misturas musicais de forma original. Com o Scratch é possível fazer algo de semelhante, misturando diferentes tipos de clipes de mídia (gráficos, fotos, músicas, sons) de formas criativas. Com esta fermenta vamos apresentar várias simulações de experimentos de Física e conteúdos variados do ensino médio, mas com o desenrolar das atividades vamos expandir para as demais séries.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do trabalho é fazer com que as aulas de Física fiquem mais interessantes e que os alunos interajam mais com a aula. As simulações são formas mais didáticas e compreensíveis de repassar os conceitos físicos e suas aplicações a todos. Pois elas visam ajudar no aprendizado do assunto abordado em sala, embora não substitua os materiais de laboratório.
MÉTODOS:
Com Scratch desenvolvemos várias simulações de Física especialmente com conteúdos de eletromagnetismo no terceiro ano, da escola César Cals em Quixadá-CE. Escola essa participante do projeto PIBID-FÍSICA FECLESC. A cada aula com conteúdo novo era criada uma nova simulação ou mais de uma, dependendo de como o conteúdo estava se desenvolvendo em sala. As simulações são apresentadas após o professor ou o aluno bolsista explicar o conteúdo. Os alunos são levados a sala de informática para verem as simulações em execução, podendo em outros momentos de estudo também utilizar as simulações. Por exemplo, no conteúdo de eletrização foi apresentada a simulação do experimento pêndulo eletrostático, e a de atração e repulsão de cargas. Com essas simulações discutimos a repulsão entre duas cargas iguais e a atração de cargas diferentes como também o processo de eletrização dos materiais, entre outros questionamentos que surgiram. Com o desenrolar das aulas foi criado várias outras simulações de Física com conteúdos variados.
Com o passar de dois meses elaboramos um questionário com perguntas relacionado ao trabalho realizado. Com as perguntas podemos identificar os acertos e os erros do trabalho. E com esses resultados tentamos melhorar as novas simulações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com a pesquisa constatamos se realmente o nosso trabalho está conseguindo atingir o seu principal objetivo que é fazer com que a aula de Física seja mais compreensível. Com a participação dos alunos e despertando a curiosidade para aprender algo novo. Em uma das perguntas do questionário foi perguntado se eles conseguiram realmente entender a metodologia de criar simulações virtuais para o ensino de Física. Foram obtidas respostas diferentes, mas a que prevaleceu foi que a simulação é algo inovador, prático e de fácil entendimento a todos, também uma forma de enriquecer as aulas, pois a escola não possui materiais de laboratório. Buscamos saber o que eles acharam do novo método de ver experimentos de Física. A maioria gostou bastante, dizendo que com as simulações a aula ficou melhor e conseguiram entender com mais facilidades o conteúdo repassado. Pois foi algo novo que prendeu a atenção. Houve também uma melhoria nas notas desses alunos, como eles relataram antes, as simulações repassaram o conhecimento de uma forma compreensível e de fácil assimilação do conteúdo.
CONCLUSÕES:
Como o scratch é uma ferramenta de fácil manuseio as simulações criadas foram bem executadas conseguindo atingir seus objetivos. Com as explicações trazidas das simulações melhorou o conhecimento dos alunos com relação aos conteúdos de Física, especialmente o de eletromagnetismo que foi trabalhado em sala. As simulações trazem para sala de aula uma nova tecnologia das experiências virtuais que despertam a curiosidade de todos. Tantos os alunos como também professores de outras áreas que podem utilizar desta ferramenta para criar algo novo em suas aulas. A experiência de trabalhar com o scrach foi muito produtivo, pois nos proporcionou o conhecimento para criar simulações de outros conteúdos como por exemplo, trabalhar em outras turmas conteúdos diferentes. Criando simulações que vão ajudar e muito na aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Ensino de Física, Simulações, Virtuais.