65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
BARALHO CELULAR: O USO DO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE CITOLOGIA
Edivana Silva Vilar - Licenciatura em Ciências Biológicas-UFPI/ campus Parnaíba
Nailton de Souza Araujo - Licenciatura em Ciências Biológicas-UFPI/ campus Parnaíba
Jaqueline da Silva Santos - Licenciatura em Ciências Biológicas-UFPI/ campus Parnaíba
Jéssica Maria Torres de Sousa - Licenciatura em Ciências Biológicas-UFPI/ campus Parnaíba
Maria de Fátima Rodrigues Sousa - Licenciatura em Ciências Biológicas-UFPI/ campus Parnaíba
Maria Helena Alves - Profa. Dra/ coordenadora PIBID Parnaíba- Ciências Biológicas- UFPI
INTRODUÇÃO:
Os jogos didáticos são ferramentas relevantes para os processos de ensino e aprendizagem, caracterizam-se como uma importante e fundamental alternativa para auxiliar em tais processos, por favorecer a construção do conhecimento e a desenvoltura dos alunos. Jogar desenvolve habilidades essenciais à saúde das relações em sala de aula. O jogo exercita a capacidade de lidar com os sentimentos, pois desperta e instiga alunos a aprender através da dinâmica. Os jogos são importantes ferramentas na buscar por competência para administrar situações cotidianas com eficiência, trata-se de praticar as habilidades necessárias ao domínio e ao uso correto da inteligência emocional. Nesse contexto as atividades lúdicas apresentam-se como um recurso complementar nas aulas de Biologia, constitui-se como um aliado ao aprendizado. Com isso a aplicação dos jogos possibilita aos alunos vivenciar outros ambientes e oferece suporte significativo para o ensino da disciplina de Biologia. Estes recursos didáticos podem ser considerados como uma importante alternativa educacional por oferecerem o desenvolvimento das áreas afetiva, cognitiva, social, linguística, motora e moral, e por contribuírem para instigar a criatividade, autonomia, responsabilidade, criatividade e cooperação dos envolvidos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O principal objetivo desse trabalho é estimular a criatividade e as relações cognitivas, afetivas e sociais, trabalhar a sociabilidade e contribuir no processo de apreensão do conteúdo. Pretendeu se também que os alunos percebessem informações sobre as características morfológicas, bem como, aprender sobre a localização de tipos diferentes de células, ressaltando a função de cada uma.
MÉTODOS:
O “Baralho Celular” é formado por 30 cartas feitas com cartolina, divididas em seis conjuntos de cinco cartas, sendo que cada conjunto diz respeito a um tipo de célula, os conjuntos de cartas são formados por Célula Epitelial, Célula Adiposa, Célula Sanguínea (hemácia), Célula Óssea, Célula Nervosa e Célula Muscular Estriada Esquelética. Em cada conjunto, há os seguintes tipos de cartas numeradas de um a cinco: Em que a carta de numero um refere-se á morfologia, a carta dois refere-se á localização, a carta três diz qual a função, a quatro significa uma curiosidade e a carta cinco mostra a imagem da célula.
Para jogar o “Baralho Celular” deve-se proceder da seguinte forma:
1. Separar o número de conjuntos de cartas correspondente ao numero de jogadores.
2. Embaralhar as cartas que serão utilizadas para o jogo.
3. Distribuir para cada jogador cinco cartas. Cada jogador deve manter as cartas na sua mão de forma a ocultá-las dos adversários.
4. Cada jogador opta por tentar reunir o tipo celular na qual fez sua escolha.
O jogo “Baralho Celular” foi aplicado com alunos do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública de Parnaíba, PI. Esse trabalho foi desenvolvido, através de pesquisa bibliográfica sobre produção e desenvolvimento de jogos didáticos lúdicos, sendo o jogo confeccionado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
No momento da aplicação do jogo, foi notável o entusiasmo e participação dos alunos da turma trabalhada. A maioria se envolveu na atividade. Ao observá-los, durante o jogo, foi possível verificar a interação social entre os jogadores, notou- se também interesse em aprender e tirar dúvidas sobre o conteúdo. Quanto à experiência na escola, os alunos defenderam a ideia de que o jogo é uma alternativa auxiliar na aprendizagem sobre as características dos tipos celulares, favorecendo a compreensão dos termos, morfologia e função dos determinados tipos de células. Durante a atividade, foram constatadas algumas dificuldades por parte dos alunos, dentre essas, conseguir reunir primeiro as cinco cartas referentes ao seu tipo celular. Pode-se ressaltar no que diz respeito aos jogos didáticos, que os mesmos são desenvolvidos sempre com o cuidado de esclarecer o procedimento a ser realizado de forma que os participantes possam ser construtores do conhecimento evitando, assim, um ensino fundamentado na visão tradicionalista e numa visão absolutista da ciência.
É possível construir aulas mais dinâmicas e interessantes, com recursos simples, pouco dispendiosos. Sendo assim, faz-se necessário que os educadores notem que a falta de recursos não é motivo para realizar aulas menos dinâmicas.
CONCLUSÕES:
A aplicação do jogo como recurso para abordar os tipos celulares foi uma alternativa pedagógica que deu certo, pois os alunos se mostraram mais interessados e dispostos a aprender quando comparado a explicações sem dinâmica alguma. Atividades como essa, levam-nos a perceber que os educadores podem e devem recorrer a atividades simples de baixo custo, mas de grande valor pedagógico, pois favorece a relação entre o conteúdo programático e o cotidiano do aluno. Foi perceptível que a atividade realizada com os alunos despertou a curiosidade e interesse sobre o conteúdo de citologia.
Palavras-chave: Jogos didáticos, alunos, aprendizagem.