65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
A PRÁTICA EXPERIMENTAL NO ENSINO DE FÍSICA NO ÂMBITO DO PIBID
Raiany Cáthia Gomes de Morais Costa - Aluna da Licenciatura em Física – IFRN Câmpus Santa Cruz, Bolsista PIBID
Jeane Galdino Faustino - Aluna da Licenciatura em Física – IFRN Câmpus Santa Cruz, Bolsista PIBID
Ricláudia Roberta Campelo de Oliveira - Aluna da Licenciatura em Física – IFRN Câmpus Santa Cruz, Bolsista PIBID
Jaina Danielle Costa de Lima - Supervisora PIBID – Escola Estadual Virgílio Furtado
Maria Emília Barreto Bezerra - Coordenadora Adjunta do PIBID – IFRNCâmpus Santa Cruz
INTRODUÇÃO:
Quando se trata de Ensino de Física percebe-se nos alunos dificuldades quanto à contextualização, discussão e resolução de problemas inerentes à disciplina. Essas dificuldades, por vezes, são atribuídas ao mau contato com o conhecimento científico que subentende, em parte, a pouca ou não correlação destes conhecimentos sistematizados com o cotidiano dos alunos. Segundo Hentz, (1998), as crianças e os jovens já trazem conceitos elaborados a partir das relações que estabelecem em seu meio extra-escolar, e esses não podem ser ignorados pela escola. Trata-se de lidar com esses saberes como ponto de partida para provocar o diálogo constante deles com o conhecimento das ciências e das artes, garantindo a apropriação desse conhecimento e de uma atitude científica de pensar. É baseando neste contexto, que o PIBID, implantado na Escola Estadual Virgílio Furtado em Lajes Pintadas/RN, em conjunto com alunos da Licenciatura em Física do IFRN Câmpus Santa Cruz, fundamenta o processo de ensino e aprendizagem em bases científicas e tecnológicas de Física através de práticas experimentais. Este trabalho é um relato da contribuição da experimentação para a interação entre a teoria, a prática e a realidade, junto à formação científica e social dos alunos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Relatar uma ação metodológico-diagnóstica,realizada no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), decorrente da prática experimental, visando o saneamento dedificuldades observadas junto aos alunos do Ensino Médio quanto aapreensão e correlação de conteúdos físicos com situações do cotidiano, da Escola Estadual Virgílio Furtado,emLajes Pintadas/RN.
MÉTODOS:
As atividades experimentais voltadas à disciplina de Física na E.E.Virgílio Furtado iniciaram com a adesão ao PIBID em 2011. Desde então, estas atividades vem sendo realizadas no laboratório da escola, utilizando experimentos construídos pelos bolsistas PIBID com materiais recicláveis e de baixo custo, haja vista a deterioração dos experimentos existentes no laboratório. Estas atividades são realizadas semanalmente, dentro das aulas de reforço, e são destinadas aos alunos das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, em um horário próprio de modo a não interferir no horário escolar do aluno. São previamente planejadas e elaboradas fundamentando-se em trabalhos já realizados na área. A ação é considerada metodológico-diagnóstica porque sua motivação decorre das dificuldades apresentadas pelos alunos em apreender e relacionar os conteúdos físicos, lecionados em sala de aula, com o cotidiano. Assim, as aulas de reforço são metodologicamente vinculadas à essa relação teoria/prática, tendo como base os conteúdos em desenvolvimento pelos professores de Física. De acordo Gioppo, Scheffer e Neves (1998) as atividades experimentais são importantes e relevantes se vinculadas a uma metodologia adequada de discussão e análise do que está sendo veiculado como conteúdo de ensino-aprendizagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados obtidos, neste trabalho, correspondem à ação comportamental e participativa dos alunos durante e após as aulas laboratoriais, destacando a empolgação e interação dos alunos diantedos experimentos apresentados. Esses apresentavam atitudes que denotavam contentamento e ao mesmo tempo surpresa diante das correlações entre teoria, lecionada em sala, e a prática no laboratório, baseadas em situações decorrentes do cotidiano. Para Lima (2004, apud CAVALCANTE; SILVA, 2008), grande parte dos professores concorda com a importância da experimentação no processo de ensino aprendizagem. Eles também acreditam ser uma forma de motivar e estimular os alunos a assistirem às aulas, como também dizem ser uma maneira mais prática e fácil deles relacionarem os conceitos vistos em sala de aula com situações do seu dia-a-dia. Destacamos também, a melhoria das notas e a aprovação de um maior número de alunos em Física, assim como, a diminuição na evasão de alunos da referida escola. Fatos que comprovam uma melhor apreensão do conhecimento por meio desta metodologia. Assim, é corroborada a propositiva de Matos e Morais (2004) que consideram o trabalho experimental em ciências como central, e até vital para um bom desempenho no processo de aprendizagem das ciências.
CONCLUSÕES:
O desenvolvimento destas atividades práticas na área de Física contribuiu para uma maior aprendizagem, por parte dos alunos, dos conceitos físicos nelas abordados. Assim como, evidenciou para estes alunos, a importância destes conhecimentos em seu cotidiano. Colaborando, sobremaneira, para a formação científica e sociocultural dos discentes, além de trazer ao ensino de Física uma visão mais interativa e atraente do universo no qual estamos inseridos.
Palavras-chave: Aprendizagem, Cotidiano, Física experimental.