65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 3. Enfermagem Médico-Cirúrgica
AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS TORÁCICAS E ABDOMINAIS NO MUNICIPIO DE IMPERATRIZ-MA
Andressa Arraes Silva - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Jessica Pereira Alves de Carvalho - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Natalia Rayza Rozal Alexandre - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Robson Mariano Oliveira Silva - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Vanessa Oliveira Pereira - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Simony Fabíola Lopes Nunes - Prof.ª Esp./Orientadora - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
INTRODUÇÃO:
A dor pode ser definida como uma experiência subjetiva que está associada ao desequilíbrio real ou potencial das estruturas internas de um organismo (SOUSA, 2002). O seu mecanismo fisiopatológico está atrelado aos estímulos nociceptivos ou na hipoatividade do sistema supressor de dor, sendo avaliada de acordo com cada experiência do indivíduo adquirido durante a vida. Ela é um desconforto frequente no pós operatório e pode ocasionar e levar o paciente a complicações severas que implicam na sua reabilitação. Dados da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (2013) apontam que 30% da população apresentarão um quadro de dor em algum momento da vida e em, 10 a 40% tem duração superior a um dia. Pode-se considerá-la como importante dado subjetivo para avaliar o decurso do cuidado realizado para a reabilitação dos pacientes em sofrimento, portanto considerando a pouca existência de dados científicos sobre a intensidade e avaliação da dor em pacientes em pós-operatório em cirurgias abdominais e torácicas, justifica-se a realização deste estudo, que faz parte de um projeto de extensão em educação sobre exercícios respiratórios em pacientes no pós-operatório.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente estudo teve por objetivo geral avaliar a dor em pacientes adultos em pós-operatório mediato de cirurgias abdominais e torácicas, em um hospital de referência em atendimentos de urgência e emergência no município de Imperatriz-Ma.
MÉTODOS:
O estudo foi do tipo transversal de abordagem quantitativa, realizado em um hospital de referência em atendimentos de urgência e emergência da cidade de Imperatriz, Maranhão, no período de Agosto a Outubro de 2012. Os sujeitos da pesquisa foram pacientes submetidos a cirurgias abdominais e torácicas que aceitaram participar da pesquisa após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias de igual teor, totalizando a amostra de 37 pacientes. Os dados foram coletados no Posto 4 que se constitui de cirurgia abdominais e torácicas, da referida instituição, campo de estudo. Utilizando-se para a coleta um instrumento semi-estruturado que inclui dados socioeconômicos, aspectos da cirurgia realizada e a avaliação da dor. Nesta avalição foi realizada por meio de entrevista com o paciente utilizando a Escala Numérica Verbal graduada de 0 a 10, onde o 0 significa ausência de dor e 10 a pior dor já sentida. Para análise dos dados, foram inseridos num banco de dados eletrônicos por meio do programa Epi Info TM 7 (7.1.1.14), para o qual foram geradas tabelas e suas respectivas frequências absolutas e relativas. Este estudo fez parte do projeto de extensão intitulado Projeto educacional sobre exercícios respiratórios (PEER).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram estudados 37 pacientes submetidos a cirurgias torácicas e abdominais de emergência ou eletivas, no qual 10 (27,03%) eram do sexo feminino e 27(72,97%) do sexo masculino, o que corrobora com os achados de Andrade et al. (2010), em que 60% dos pacientes eram do sexo masculino. A média da idade foi 38 anos com desvio padrão (DP) de 18,002, o que não corrobora os achados de Xavier et al. (2005) e Andrade et al. (2010), ambos com média de idade igual a 47 e 58,8 anos, respectivamente. A média de intensidade dolorosa relatada por cada paciente, baseada na Escala Numérica Verbal foi de 3,36 e observou que a maioria apresentou índice de dor superior a 5, em que prevaleceu o índice 10 em 10(27,03) pacientes, o índice 5 em 8(21,62) pacientes e 9(24,32) pacientes relataram não possuir nenhum nível de dor. Conquanto ao nível de instrução da amostra, está se concentrou no fundamental incompleto com 15(40,54%) pacientes, seguido do analfabetismo e médio incompleto ambos com 8(21,62%) pacientes, sendo corroborado estes dados com os de Borges (2006) em estudo semelhante, onde 77,4% dos indivíduos tiveram primeiro grau incompleto. Neste estudo a utilização da escala numérica se mostrou como um instrumento de boa aceitação pelos pacientes devido a sua fácil compreensão no pós operatório.
CONCLUSÕES:
Os achados apresentados permitem deduzir que a dor tem enfoque relevante pelo seu envolvimento no estado geral do paciente, por dificultar sua recuperação, assim controlando a mesma permite planejar uma assistência de cuidados que tem enfoque em outras abordagem de cunho psicossocial do paciente. Pois muitos relatam algum nível de dor que restringe na sua reabilitação. Prontamente, a pesquisa possui relevância em apontar a necessidade de realizar novos estudos sobre a avaliação constante da dor em paciente no pós-operatório de cirurgias torácicas e abdominais, visando contribuir na recuperação do paciente. Ressalta-se que o estudo teve algumas limitações como exemplo o tamanho da amostra de 37 pacientes, considerado pequeno em nível de grandes centros especializados. Contudo tais limitações não danificam os resultados obtidos nesta pesquisa pois os testes estatísticos adotados asseguram a fidedignidade destes achados.
Palavras-chave: Cirurgias, Fisiopatologia, Complicações.