65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
APLICAÇÃO DE AUXINAS EM ESTACAS DE PEQUIZEIRO COLETADAS EM DIFERENTES ÉPOCAS.
Renata de Castro Marques - Estudante de Agronomia do Instituto Federal Goiano – Câmpus Ceres. Bolsista CNPq
Marta Jubielle Dias Félix - Estudante de Agronomia e bolsista de Iniciação Científica
Cleiton Mateus Sousa - Prof. Dr./Orientador. Instituto Federal Goiano – Câmpus Ceres
INTRODUÇÃO:
O interesse mundial por frutas nativas do Brasil vem se intensificando a cada ano e, o Cerrado é um dos biomas que mais contribui para o fornecimento dessas frutas. Dentre as frutíferas nativas do cerrado, o pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) merece atenção especial, pela alta importância econômica, social e biológica.
A propagação por estaquia permite a obtenção de plantas mantendo as características genéticas da matriz, além de qualidade fitossanitária. Vários fatores exercem influência no processo de indução do enraizamento tais como: nutrientes no meio, teores de reservas, balanço hormonal, as condições do meio ambiente, genética, épocas de coleta, entre outros.
É certo, que cada espécie requer métodos diferentes no processo de enraizamento. Desse modo, torna-se necessário estabelecer a estratégia adequada para o processo de produção de mudas de pequi a partir do método de estaquia.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Comparar moléculas e concentrações de auxina, na indução de formação de raízes adventícias em estacas semilenhosas de pequizeiro.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido no setor de fruticultura do Instituto Federal Goiano – Câmpus Ceres, Rod. GO 154, km 03, Zona Rural, Ceres, GO. As estacas foram retiradas de ramos apicais de planta matriz na fase adulta, localizada na fazenda Santo Antônio da Casa Grande, município de Uruana- GO.
Os ramos foram coletados em três épocas, nos meses de agosto, novembro e março.
Os ramos foram acondicionados sob papel úmido em caixa de isopor e levados ao laboratório de Fisiologia Vegetal da Instituição e, submetidos aos procedimentos de preparação.
Após o preparo, o terço da base das estacas foi imerso em solução de auxina (AIB ou ANA), durante cinco segundos nas concentrações propostas e em seguida inseridas no canteiro de propagação.
Para cada época de coleta, implantou experimento do tipo fatorial 2×5, sendo duas moléculas de auxina (Ácido Indolbutírico) e (Ácido Naftalenoacético) e cinco concentrações (0; 1000; 2000; 4000 e 8000 mg L-1) .
O experimento foi implantado no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, dez estacas em cada unidade experimental, totalizando 400 estacas. As avaliações consistiram na determinação semanal da sobrevivência, brotação e enraizamento das estacas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As estacas apresentaram início do desenvolvimento de gemas vegetativas até o 14º, 15º e 15º dias, na primeira, segunda e terceira época de coleta, respectivamente.
No entanto, cerca de três semanas após a implantação dos experimentos, quase todas as estacas estavam mortas, comprometendo a formação de brotos, assim como de raízes adventícias.
Não observou diferença na sobrevivência, brotação e enraizamento em função das concentrações e moléculas de auxinas.
CONCLUSÕES:
Nas condições estudadas não foi possível induzir a formação de raízes adventícias em estacas semilenhosas de pequizeiro.
O pequizeiro nas condições estudadas apresentou comportamento de espécies de difícil enraizamento, sendo, portanto, necessário, estudar novas técnicas para a indução da formação de raízes adventícias em estacas semilenhosas de pequizeiro.
Palavras-chave: Caryocar brasiliense Camb, Propagação vegetativa, Regulador de crescimento.