65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 10. Geociências
DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL EROSIVO DAS CHUVAS DE RIO VERDE (GO)
Talles Victor Silva - Estudante de Agronomia/Bolsista de Iniciação Científica do IFGoiano–Câmpus Ceres
Débora Regina Marques Pereira - Estudante de Agronomia do IF Goiano – Câmpus Ceres
Daniel Fonseca de Carvalho - Prof. Dr. da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Elizabete Alves Ferreira - Servidora do 10 Distrito Meteorológico do INMET – Goiânia (GO)
Roriz Luciano Machado - Prof. Dr./Orientador – Departamento de pesquisa do IF Goiano – Câmpus Ceres
INTRODUÇÃO:
A erosão hídrica é a principal forma de degradação e arraste de terras agrícolas em solos tropicais e consiste basicamente no desprendimento das partículas do solo, acarretando perda de solo, água e nutrientes, e também é fonte de contaminação e assoreamento de recursos hídricos como problemas fora do local (Bertol et al., 2004). Um grande desafio é conservar as propriedades do solo responsáveis pela produtividade e minimizar os impactos ambientais em áreas de produção agropecuária intensiva. A determinação da erosividade das chuvas de uma região é importante para prever a perda de solo sob determinado tipo de solo, relevo, práticas de manejo e conservação do solo por meio de modelos de predição como a Equação Universal de Perda de Solo (USLE).
A capacidade das chuvas em provocar erosão é possível de ser quantificada e expressa como um índice de erosividade das chuvas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho tem por objetivo obter índice médio anual de erosividade para os índices EI30 e KE>25 de Rio Verde – GO e definir meses com maior potencial erosivo.
MÉTODOS:
O trabalho foi realizado com dados pluviográficos da estação Rio Verde (Código 4516), disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), relativos aos anos de 2002 e 2003. Os dados pluviográficos foram convertidos para o formato digital em planilha do Excel. Utilizando critérios adotados por Cabeda (1976), que considera uma chuva individual quando estiver separada de outra por no mínimo 6 h com precipitação pluvial inferior a 1 mm, e erosivas, quando a altura precipitada é superior a 10 mm, ou quando era igual ou superior a 6 mm, em um período máximo de 15 min. Os dados foram submetidos ao software CHUVEROS (elaborado pelo Prof. Elemar Antonino Cassol), para o cálculo dos índices de erosividade EI30 e KE>25, que determina também os padrões de precipitação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os dados de precipitação mensais e anuais dos anos de 2002 e 2003 mostram que os meses de outubro a março com a maior precipitação pluvial compõem a estação chuvosa, representando mais de 91% das chuvas. Ao analisar os valores mensais de EI30 e KE>25 é notável que esses meses possuem o maior potencial erosivo no solo durante o ano, representando 95,7% e 96,4% para EI30 e KE>25, respectivamente, de todo potencial erosivo anual. Nesses meses é necessário a adoção de um planejamento conservacionista visando minimizar as perdas de solo e nutrientes, evitando práticas agrícolas que venham desproteger o solo durante esse período.
Já os meses de maio a setembro caracterizam a estação seca, com rara ocorrência de chuvas e baixo potencial erosivo, representando menos de 2% da erosividade anual.
A erosividade média anual para o índice EI30 encontrado para Rio Verde (GO) é de 6.993,8 MJ.mm.ha-1.h-1.ano-1, inferior ao encontrado por SILVA (1997) para Goiânia (GO) de 8.353,0 MJ mm ha-1 h-1 ano-1.
O índice KE>25 médio anual observado para Rio Verde (GO), foi de 120,9 MJ.ha-1, inferior ao encontrado por SILVA (1997) para Goiânia (GO) de 129,8 MJ ha-1 ano-1.
CONCLUSÕES:
A erosividade média anual para o índice EI30 encontrado para Rio Verde (GO), nos anos de 2002 e 2003 é de aproximadamente 6.993,8 MJ.mm.ha-1.h-1.ano-1. O índice KE>25 médio anual observada para Rio Verde (GO), é de 120,9 MJ.ha-1. O Período com maior potencial erosivo compreende os meses de outubro a março que representam 91% da precipitação média anual.
Palavras-chave: Precipitação pluvial, Erosividade, Conservação do solo.