65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 6. Morfologia e Taxonomia Vegetal
Biometria e morfologia de frutos e sementes de Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz: espécie endêmica da caatinga.
Francisco Mário Nascimento Meneses - Acadêmico do curso de biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UEVA
Francisco Diego Sousa Santos - Acadêmico do curso de biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UEVA
Francisca Fernanda Nunes Azevedo - Acadêmico do curso de biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UEVA
Marlene Feliciano Figueiredo - Profa. Dr/Orientadora - Curadora do Herbário Francisco José de Abreu Matos-HUVA
INTRODUÇÃO:
Catingueira (Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz) é uma Fabaceae de ampla dispersão no semiárido, sendo considerada endêmica da caatinga. Apresenta porte arbóreo podendo chegar a 10m de altura, apresenta boa resistência ao déficit hídrico, é utilizada para lenha, carvão, estaca, como forrageira e na medicina popular (BARROS et al., 1997; Pio Côrrea, 1984; Santana, 2005).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Estudar a biometria e a morfologia de frutos de sementes de P. pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz. visando contribuir com a identificação através das unidades de dispersão.
MÉTODOS:
Para determinação das variáveis biométricas e caracterização morfológica de P. pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz foram utilizados frutos de árvores matrizes consideradas adultas, aleatoriamente selecionadas no distrito de Aranaú município de Acaraú, CE. Foram selecionados manualmente 100 frutos e 100 sementes, secos à temperatura ambiente na sombra. O registro dos dados biométricos, comprimento, largura e espessura de frutos e sementes foi realizado com auxilio de um paquímetro digital COSA. O estudo dos caracteres morfológicos dos frutos e sementes foi feito com o auxilio de um microscópio estereoscópico. Foi registrado também o peso de mil sementes em balança analítica de precisão e o número de unidades de dispersão por fruto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Biometria/Morfologia do Fruto: Fruto é do tipo legume, oblíquo, assimétrico, acuminado, glabro com 88,24-113,93 mm de comprimento por 18,91-24,61 mm de largura e 2,25-7,78 mm de espessura, coloração marron, pouco brilhoso, plano, delgado, de consistência coriácea, sutura dorsal pouco dilatada, polispérmico (4 a 7 s/f), sendo pouco visível externamente. Dispersão bolocórica. Biometria/Morfologia da Semente: Estenospérmica, ovalada, comprimida lateralmente, lados planos com 9,22-14,02 mm de comprimento, por 7,26-12,25 mm de largura e 1,27-2,98 mm de espessura. Base subaguda-obtusa, ápice obtuso. Tegumento de cor castanho, liso, brilhante, delgado e de consistência coriácea. Hilo circular basal, circundado, cor marrom-escura, inserido numa leve depressão. Embrião reto, axial, invaginado e de cor amarela, cotilédones planos, ovalados, de cor creme e subcarnosos, eixo hipocótilo-radícula bem desenvolvido, de cor bege, cônico e reto, plúmula visível e de cor bege. Quanto ao peso de mil sementes foi registrando uma média de 138,5 g. Os dados biométricos de frutos e sementes de catingueira coadunam com os resultados de Silva e Matos (1998) obtidos de indivíduos oriundos da Paraíba acentuando certa estabilidade da espécie. Entretanto, o número de sementes/fruto diferiu.
CONCLUSÕES:
Os aspectos biométricos dos frutos de P. pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz. são variáveis possivelmente pelo rápido desenvolvimento da espécie. Entretanto, os caracteres morfológicos dos mesmos, assim como das sementes são homogêneos e de fácil reconhecimento da espécie.
Palavras-chave: Catingueira, Biometria, Morfologia.