65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
Desempenho de genótipo de milho ( Zea mays L.) na fase juvenil em Rio Largo-AL
Artur Pereira Vasconcelos De Carvalho - Graduando em Agronomia / Universidade Federal de Alagoas
José Pedro Da Silva - Prof. Msc. do Instituto Federal de Alagoas
Kleyton Danilo Da Silva Costa - Mestranda em Produção Vegetal / Universidade Federal de Alagoas
Moisés Tiodoso Da Silva - Graduando em Agronomia / Universidade Federal de Alagoas
Jadson Dos Santos Teixeira - Graduando em Agronomia / Universidade Federal de Alagoas
Lucas Alceu Rodrigues de Lima - Graduando em Agronomia / Universidade Federal de Alagoas
INTRODUÇÃO:
Dentre os cereais cultivados no Brasil, o milho é o mais significativo, com cerca de 58 milhões de toneladas de grãos produzidos, em aproximadamente 14,5 milhões de hectares, cerca de 93% da produção e 79% da área total concentram-se nos estados do Centro-Sul, sendo o Paraná o principal produtor. Os contrastes existentes entre as regiões brasileiras são grandes, convivendo regiões com rendimentos em torno de 8 – 10 t ha-1e outras com rendimento médio de 0,60 t ha-1. A produtividade média de grãos de milho no Estado de Alagoas é uma das mais baixas do País, girando em torno de 0,72 t ha-1. O rendimento de uma lavoura de milho é o resultado do potencial genético da variedade e das condições edafoclimáticas do local de plantio, além do manejo da lavoura. De modo geral, o potencial da cultivar é responsável por 50% do rendimento final. O desempenho na fase juvenil de qualquer cultura é de extrema importância para a produção final. O maior vigor da planta na fase juvenil dará melhores condições para que a mesma possa suportar as condições adversas no campo. Portanto, avaliar genótipos na fase inicial é de extrema importância para a indicação de variedades produtivas e adaptadas para o Estado de Alagoas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de genótipos alagoanos de milho na fase juvenil em Rio Largo-AL.
MÉTODOS:
O ensaio foi realizado em casa de vegetação no CECA/UFAL, em Rio Largo – AL, no ano de 2013. Foi usado o delineamento inteiramente casualizados (DIC), com cinco genótipos de milho (UFAL 1 – Alagoano, UFAL 2 – Branca, UFAL 5 – Viçosense, Roxa e Batité), em cinco repetições. Cada parcela experimental foi formada por uma caixa de polietileno, com 40,0 cm de comprimento, 28,0 cm de largura e 10,0 cm de altura, contendo substrato (50% de solo, 25% de fibra de coco, 25% torta de filtro), onde foram semeadas três fileiras de milho, com 10 plântulas por fileira, no espaçamento de 9 cm x 4 cm. Foi considerada como área útil a fileira central descartando-se a primeira e a última plântula de cada extremidade. O plantio foi realizado no dia 14/01/2013 e aos 14 dias após a semeadura foram avaliados os seguintes caracteres: emergência de plântulas (PEP) em %, altura de plântulas (AP) em cm, diâmetro do colmo (DC) em cm, número de folhas (NF) em unidades, comprimento da folha maior (CFM) em cm, largura da folha maior (LFM) em cm, e produção da parte aérea (PPA) em g. As análises de variância do DIC foram feitas através do aplicativo SISVAR. As médias dos caracteres avaliados nos genótipos de milho foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Houve diferenças significativas a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F entre os genótipos de milho para as variáveis LFM e PEP, respectivamente, enquanto que as demais variáveis não apresentaram diferenças significativas a 5% de probabilidade pelo referido teste. Os coeficientes de variação apresentaram valores entre 3,83% e 9,65%, demonstrando ótima precisão experimental para a maioria dos caracteres avaliados, apenas a variável PPA apresentou CV mais elevado (18,69%), indicando uma precisão experimental regular. Pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, tem-se: Para a variável PEP, a variedade crioula Batité apresentou melhor desempenho, com 100% das plântulas emergidas, não diferindo estatisticamente dos genótipos: Alagoano, Branca e Viçosense. Não houve diferença significativa entre os genótipos avaliados para as seguintes variáveis: AP, DC, NF, CFM, PPA, cujas médias gerais foram: 48,358 cm; 0,456 cm; 4,672 unidades; 36,2948 cm e 34,1804 g, respectivamente. Os genótipos de milho Viçosense e Branca não diferiram estatisticamente entre si, e apresentaram uma LFM superior aos demais genótipos.
CONCLUSÕES:
Os genótipos Viçosense e Branca do SMGP-CECA-UFAL apresentaram os melhores desempenhos na fase juvenil em Rio Largo-AL.
Palavras-chave: genótipos alagoanos, fase juvenil, largura de folha.