65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 6. Parasitologia
Hepatite A: percepção do conhecimento de estudantes do ensino médio no município de Picos-PI
Francisco Ronielson de Sousa Carvalho - Aluno do Curso de Ciências Biológicas – UFPI/CSHNB
Célia Maria Evangelista da Silva - Graduada em Ciências Biológicas – UFPI/CSHNB
João Marcelo de Castro e Sousa - Prof Me - Depto. de Ciências Biológicas – UFPI/CSHNB
Ticiana Maria Lúcio de Amorim - Doutoramento em Bioquímica e Biologia Molecular
Ana Paula Peron - Profa Dra – Depto. de Ciências Biológicas – UFPI/CSHNB
Leonardo Henrique Guedes de Morais Lima - Prof /Orientador – Depto. de Ciências Biológicas – UFPI/CSHNB
INTRODUÇÃO:
Com o crescimento populacional as condições de saneamento básico ficaram cada vez mais precárias gerando alastramento de doenças parasitárias em comunidades caremtes. As doenças parasitárias são responsáveis por considerável mortalidade em todo o mundo, e frequentemente estão presentes sem sintomas específicos. A maioria das doenças parasitárias não podem ser diagnosticadas apenas pelo exame médico por isso, a investigação laboratorial torna-se necessária para definir se o paciente está ou não infectado. Dentre as parasitoses que necessitam de diagnóstico laboratorial estão as hepatites virais que agravam à saúde em todo o mundo. Das hepatites virais, destaca a hepatite A, com agente causador picornavírus, do gênero Hepatovírus. O paciente com este vírus manifesta infecções assintomática, sintomática anictérica, ou sintomática ictérica. A forma fulminante desta hepatite não é frequente, onde o diagnóstico etiológico é feito pela pesquisa dos anticorpos anti-VHA da classe IgM, pelo método de ELISA. A hepatite A tem distribuição universal, tendo maior prevalência em áreas com más condições sanitárias e higiênicas, sendo frequente em instituições fechadas. Nos países subdesenvolvidos, acomete com mais frequência crianças e adultos jovens; nos desenvolvidos, os adultos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar o conhecimento dos alunos de escolas de ensino médio da rede pública e privada, na cidade de Picos – PI, acerca da referida parasitose.
MÉTODOS:
Para coleta dos dados foram selecionadas todas as escolas de ensino médio, públicas e privadas, do município de Picos/PI. Os questionários foram aplicados nas três séries do ensino médio de cada escola, onde os alunos que participaram da pesquisa foram selecionados de forma equitativa a todas as séries que constituem o ensino médio (1ª, 2ª e 3ª). Todos os alunos participantes foram esclarecidos quanto ao objetivo da pesquisa. Não houve identificação nominal, nem risco moral para os participantes. Todos os questionários foram analisados e cada resposta foi quantificada em porcentagens. As análises foram realizadas por colégio e após isto juntou-se as respostas dos alunos pertencentes as escolas particulares para que fosse gerado um único resultado para esta rede escolar. Para obtenção dos resultados da rede pública o procedimento adotado foi igual ao particular. A obtenção do tamanho amostral da população foi feita a partir do cálculo para população finita com nível de significância α = 5%, com erro amostral de 5% (E=5%). A escolha dos elementos amostrais foi através da amostragem estratificada pública e privada perfazendo um total de 493 participantes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Mais de 50% dos alunos de ensino médio da rede privada e pública de Picos declararam conhecer a doença. Questionou-se aos participantes se os mesmos conhecem alguém que tem ou teve hepatite A e mais de 50% dos alunos disseram não conhecer. No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que pelo menos 70% da população já teve contato com o vírus da hepatite A (TURA et al., 2008). Quanto às vias de transmissão, as opções mais assinaladas pelos alunos foram a falta de saneamento básico e os alimentos contaminados. Neves et al. (2002), mostraram que a transmissão normalmente ocorre com a ingestão de água ou alimentos contaminados com estruturas parasitárias. O sintoma mais referido foi a ictéricia. Segundo dados da literatura, a frequência de quadros ictéricos aumenta com a idade, variando de 5 a 10% em menores de seis anos, chegando de 70 a 80% nos adultos. Questionou-se quais as medidas de controle e as formas mais citadas pelos alunos foram saneamento básico, educação em saúde e proteção dos alimentos. A melhoria das condições higiênicas e sanitárias da população tem um papel relevante no controle da infecção, sendo de extrema importância a promoção de educação em saúde, o controle sanitário de alimentos e implementação de saneamento básico (JACOBSEN e KOOPMAN, 2004).
CONCLUSÕES:
De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, conclui-se que os alunos de escolas particulares obtiveram um percentual mais satisfatório do que os alunos das escolas públicas, no que se refere ao conhecimento da doença analisada.
Palavras-chave: Hepatite viral, Educação e saúde, Escolas de Picos.