65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: CONHECIMENTO ACUMULADO PELOS DISCENTES DOS CURSOS DE HISTÓRIA E ADMINISTRAÇÃO DA UFPI-PICOS.
Louridânya da Silva e Sousa - Núcleo de Pesquisas em Biotecnologia Aplicada à Saúde e Meio-ambiente – NUPBSAM,
Paula Tamires da Fonseca Araújo - Depto. de Biologia UFPI/PICOS
Maria do Socorro Meireles de Deus - Núcleo de Pesquisas em Biotecnologia Aplicada à Saúde e Meio-ambiente – NUPBSAM,
Ana Paula Peron - Núcleo de Pesquisas em Biotecnologia Aplicada à Saúde e Meio-ambiente – NUPBSAM,
João Marcelo de Castro e Sousa - Núcleo de Pesquisas em Biotecnologia Aplicada à Saúde e Meio-ambiente – NUPBSAM,
Nilda Maciel Neiva Gonçalves - Núcleo de Pesquisas em Biotecnologia Aplicada à Saúde e Meio-ambiente – NUPBSAM,
INTRODUÇÃO:
Em 1999, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou um total de 340 milhões de novos casos por ano de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) curáveis em todo o mundo. O Brasil é responsável por cerca de 12 milhões desses casos. Dados revelam que essas epidemias por regiões no Brasil, em um período de 10 anos, de 1999 a 2009, a taxa de incidência teve um declínio apenas no Sudeste de: 24,9 para 20,4 casos por 100 mil habitantes e um aumento nas outras regiões (Ministério da Saúde, 2010). No mundo, mais de 25% dos novos casos de infecção pelo HIV ocorrem em jovens com menos de 22 anos. Educação e informação sobre como prevenir essas doenças são importantíssimas para o controle, pois aumentam a percepção do risco e inspiram mudanças no comportamento sexual, contribuindo para a adoção de práticas sexuais mais seguras entre os jovens (Souza, De Bona & Galato, 2007). Devido ao grande número de jovens grávidas em nossa cidade e a incidência cada vez maior de DST na região Nordeste, este trabalho teve como objetivo investigar o conhecimento de jovens universitários do primeiro semestre dos cursos de Administração e História, ofertados pela Universidade Federal do Piauí, sobre as formas de contágio e prevenção das principais doenças sexualmente transmissíveis.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Investigar o conhecimento de jovens universitários do primeiro semestre dos cursos de Administração e História, ofertados pela Universidade Federal do Piauí, sobre as formas de contágio e prevenção das principais doenças sexualmente transmissíveis.
MÉTODOS:
O estudo foi realizado na Universidade Federal do Piauí – UFPI, Campus Senador Helvidio Nunes de Barros no município de Picos. O universo da amostra foi de 100 alunos, sendo 50 alunos do curso de Administração e 50 alunos do curso de Historia, regularmente matriculados no primeiro semestre desses cursos. A pesquisa foi realizada com a permissão da coordenação de cada curso. O conhecimento dos alunos sobre doenças sexualmente transmissíveis foi avaliado mediante a aplicação de um questionário composto de dez questões de múltipla escolha. Todas as informações foram colhidas anonimamente, para garantir a fidedignidade das respostas. Antes da aplicação dos questionários, os objetivos da pesquisa foram expostos, garantindo-se, o princípio do consentimento livre e esclarecido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os dados mostraram que 96% dos entrevistados tem conhecimento de que o uso da camisinha previne o contágio por agentes causadores de doenças sexualmente transmissíveis. Foi identificado que 23% dos entrevistados, não tem conhecimento dos sintomas da Sífilis. Ao analisarmos o percentual de pessoas que não identificaram corretamente o sintoma, 23%, pode-se sugerir que este resultado possa expressar o fato de que manchas vermelhas fazem parte do segundo estágio da doença. Dos entrevistados, 41% conhecem os sintomas do Herpes. Outro dado significativo foi que 60% não conhecem os sintomas do HPV. O resultado sugere que uma grande parte dos entrevistados não conhece os principais sintomas do HPV, dado preocupante, já que em algum momento da vida 50% da população sexualmente ativa irá cruzar com o HPV, cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo tem lesões de verrugas genitais de condilomas acuminados e 500 mil casos de câncer de colo uterino são registrados anualmente. Sobre a forma de contágio pelo vírus HIV, 16% responderam que é pelo uso do DIU, 35% disseram uso da camisinha feminina, 20% compartilhamento de se seringa e 27% leite materno de mãe soropositivo. Ao serem questionados como obtêm informações sobre DSTs, 30% respondeu Escola, 30% Televisão, 12% Livros e 28% Internet.
CONCLUSÕES:
Percebe-se que ainda persiste a falta de conhecimento sobre questões importantes relacionadas a essas doenças. Os resultados apontados reforçam nossa convicção da importância da educação sexual entre os jovens, seja ela em qualquer nível de ensino, já que essas doenças podem trazer sérios danos a saúde como: esterilidade, câncer de colo uterino, gravidez ectópica, doença inflamatória pélvica, além de interferir negativamente na autoestima.
É importante se discutir o tema com os jovens, já que a educação para uma sexualidade responsável está a cargo de todos; os pais, educadores, escolas, e sociedade em geral, para que ocorra o constante aprendizado dos jovens sobre o tema e a conscientização dos mesmos para a prevenção. Espera-se que essas informações sejam repassadas de forma segura, principalmente em instituições de ensino, onde provavelmente encontram-se profissionais capacitados.
Palavras-chave: Doenças sexuais, Prevenção, Transmissão.