65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE FLEBOTOMÍNEOS (DÍPTERA: PSYCHODIDAE: PHLEBOTOMINAE) ENCONTRADAS NO ZOOLÓGICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT, CUIABÁ-MT.
Douglas de Campos - Discente de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Geisiane Mendes Viola - Discente de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Thaína Dantas Pereira - Discente de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Ariane da Rosa Benedetti Hidalgo - Discente de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Chrystina Gonsalves da Cruz Miranda - Discente de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Rosina Djunko Miyazaki - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Ciências Biológicas - UFMT
INTRODUÇÃO:
Os flebotomíneos são dípteros da família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecido popularmente dependendo da região como mosquito palha, tatuquira, birigui, corcundinha entre outros. Os flebotomíneos são facilmente encontrados em áreas de floresta ou próximo destas, e locais com depósitos de matéria orgânicos, ocuparam regiões composta por savanas, caatinga, cerrado, chaco, mata atlântica e floresta amazônica, não se afasta das zonas temperadas e podem ser encontrados em altitudes, são considerados vetores naturais de algumas doenças que afeta o homem e animais, como Leishmaniose causada por protozoários do gênero leishmania, leishmaniose tegumentar americana (LTA) e leishmaniose visceral (LV), As principais espécies envolvidas na transmissão da leishmania no Brasil são Lutzomyia flaviscutellata, L. whitimani, L. umbratilis, L. intermédia, L. wellcome, L. migomei, L. longipalpis e L. cruzi, as quais todas são encontradas no estado de Mato Grosso.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho é identificar a diversidade de espécies de flebotomíneos encontradas no zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, campus Cuiabá.
MÉTODOS:
As capturas foram realizadas em quatro localidades dentro do zoológico, foram utilizadas armadilhas de luz tipo CDC para a captura dos flebotomíneos, as CDCs foram instaladas próximas às gaiolas das aves (Spizaetus ornatus), recinto dos quatis (Nasua nasua), jaula das onças (Pantera onca), e área das antas (Tapirus terrestris). As campanhas ocorreram no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011, durante três dias consecutivos de cada mês, com inicio das capturas às 18:00h até 06:00 horas do dia seguinte. Os insetos capturados foram levados ao laboratório de entomologia médica da Universidade Federal de Mato Grosso, onde foram triados, e separados macho e fêmeas, para serem clarificados com uma solução de hidróxido de potássio (KOH) a 10% durante 3 horas para a remoção dos pelos e amolecimento da quitina, depois em solução com ácido acético a 10% durante 20 minutos para retirar o excesso de KOH; é feita a lavagem em água destilada composta por três series de 15 minutos cada (lavagem e retirada de resíduos); e, por fim, conservados em lacto-fenol por 24 horas para diafanizar antes de montagem em lâminas e lamínula para identificação especifica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram capturados 476 exemplares de flebotomíneos divididos nas seguintes espécies. Brumptomyia sp, B. brumpti, Complexo cortelezzii, Lutzomya amazonensis, L. carmelinoi, L. cruzi, L. dreisbachi, L. hermanlenti, L. lenti, L. longipalpis, L. sallesi, L. saulensis, L. shannoni, L. sordellii, L. termitophila, L. walker, L. whitmani, Lutzomyia sp. Com maior frequência de L. cruzi com 294 (61,76%) indivíduos sendo que 205 foram machos 89 fêmeas e L. Whitman com 81 (17,02%) indivíduos, sendo que 43 machos e 38 fêmeas. L. whitmani foi incriminada como principal espécie vetora da leishmaniose tegumentar americana no Brasil e o L. cruzi, L. longipalpis são considerados vetores da leishmaniose visceral.
CONCLUSÕES:
O resultado deste estudo demonstra que a área necessita de maior vigilância, e controle do vetor, visto que houve uma grande quantidade de espécies vetoras capturadas. Há dificuldade para as autoridades de saúde manter um controle eficaz na eliminação dos vetores, sugere-se que estabeleça uma estratégia de vigilância e orientação no controle vetorial desses insetos transmissores das leishmanioses e estimular a participação da comunidade acadêmica e servidores na investigação desses vetores.
Palavras-chave: Flebotomíneos, UFMT, Cuiabá.