65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 3. Economia - 8. Economias Agrária e dos Recursos Naturais
QUEBRADEIRA DE COCO: BABAÇU COMO UMA FONTE DE RENDA
Marcos Antonio Santos de Melo - Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas IFTO – Campus Araguatins
Enndyl Samara Garcia - Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas IFTO – Campus Araguatins
Raquel Pereira Ferreira - Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas IFTO – Campus Araguatins
Sidney Pereira Nunes - Graduando em Licenciatura em Computação IFTO – Campus Araguatins
INTRODUÇÃO:
A região do Bico do Papagaio, localizada no extremo Norte do estado do Tocantins, entre os rios Araguaia e Tocantins, teve como primeiros habitantes pequenos agricultores e quebradeiras de coco, que viviam da agricultura, pecuária de subsistência, pesca e extrativismo vegetal. Por ser localizada entre dois rios e com terras férteis, isso fez com que grande quantidade de nordestinos migrasse e aumentasse o povoamento da área.
O babaçu é uma palmeira de origem das palmáceas Arecaceae que tem frutos e sementes comestíveis e oleaginosas. Cresce de forma extensiva em vários estados do Brasil, principalmente no Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins.
O babaçu pode gerar, além do biodiesel, muitas outras variedades de produtos, tais como: metanol, carvão vegetal, grafite, alcatrão, combustível de fornos e caldeiras, rações, aglomerados para construção civil, aglomerados para fabricação de móveis, artesanatos entre outros.
A palmeira é resultado de desmatamentos da floresta primaria, que transforma-se em vastas florestas denominadas babaçuais. A região tem uma enorme extensão de babaçual, além de todas as utilidades do babaçu ele é de interesse principal da quebradeira, pois a maioria delas vivem da quebra do coco babaçu.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Apresentar teoricamente a riqueza do babaçu e sua a importância para a comunidade do bico do papagaio; Pesquisar as condições de trabalho das quebradeiras de coco no extremo norte do estado do Tocantins; Divulgar o trabalho realizado pelas quebradeiras de coco no extremo norte do Tocantins
MÉTODOS:
Para obter dados optou-se por realizar um estudo de caso qualitativo, por propiciar um estudo sobre a realidade da comunidade e do trabalho das quebradeiras de coco babaçu no extremo norte do Tocantins.
As pesquisas foram realizadas no município de Augustinópolis. Durante o desenvolvimento do projeto foram realizadas atividades como: Pesquisas de campo e bibliográfica; Entrevistas com quebradeiras e presidente da associação das quebradeiras de coco rural de Augustinópolis e com funcionário da APA-TO - Augustinópolis; Coleta de dados através de monografias e artigos científicos; Aplicação de questionários; Coleta de matéria-prima na vegetação da região; Exposição de alguns produtos alimentícios criados a partir da extração do coco-babaçu, como:
Artesanatos, bolos e o óleo; Degustação dos produtos alimentícios e distribuição de folder apresentando a importância do babaçu.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O babaçu é uma espécie vegetal em abundancia na região. Domina a paisagem, é elemento de sobrevivência para muitas famílias. A Palmeira do babaçu preserva o solo, pois ele é muito frágil, então o babaçu retém o solo e assim torna-se fértil. Além disso, também é fonte de alimento para a fauna (capivara, cutia, etc.)
Através de informações coletadas durante as nossas pesquisas, a respeito das Quebradeiras de Coco, do norte do estado do Tocantins, é possível comprovar que a pratica do extrativismo usada pelas mesmas provem da necessidade do sustento de suas famílias que na maioria das vezes não tem outra opção de sustento se não o extrativismo (quebra do coco babaçu) como complemento da renda familiar.
O Brasil possui uma floresta de 18 milhões de hectares de babaçu. Da quebra do coco dependem mais de 400 mil famílias nos estados do Piauí, Pará, Tocantins e Maranhão.
CONCLUSÕES:
O babaçu é uma das grandes fontes de riqueza da nossa flora. Do babaçu tudo é aproveitado, e isso é algo que com certeza é de grande importância para famílias que dele dependem para tirar seu sustento.
O babaçu propicia à quebradeira de coco, meios de sustentabilidade e a mesma utiliza-se dele para gerar renda e garantir o sustento de sua família.
Mesmo que ainda longe do que é esperado, as quebradeiras de coco da região do bico do papagaio contam com apoio das organizações não governamentais, como é o caso da Associação Comunitária das Quebradeiras de Coco de Augustinópolis e da APA-TO Augustinópolis que buscam melhoras para que a prática das mesmas receba seu devido valor.
Palavras-chave: Coco babaçu, Sustentabilidade, Extrativismo.