65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 2. Ciência da Computação - 10. Redes
BYOD: uma visão geral e seu uso em cidades do interior do Ceará
Hanna Carvalho Ferreira - Graduanda em Sistemas de Informação – FJN
Vinícius Matos Medeiros - Graduando em Sistemas de Informação - IFCE
Andréia Matos Brito - Mestranda em Engenharia de Produção - UFPE
José Alday Pinheiro Alves - Graduando em Sistemas de Informação - FJN
Pedro Silvino Pereira - Professor SEDUC
INTRODUÇÃO:
A tecnologia está presente em muitos lugares, inclusive nos ambientes corporativos, onde possui significativa importância pela necessidade de agilidade e eficiência nas atividades cotidianas, entre elas processos produtivos e gerenciamento. A flexibilidade na gestão de pessoas e processos torna o uso de dispositivos móveis importantes para as organizações, tornando-se, em muitos casos, indispensáveis para eficácia nas atividades organizacionais.
Conhecido como consumerização de TI ou BYOD (Bring Your Own Device), que, segundo Dariva (2011), significa, traga seu próprio dispositivo, uma tendência nova e muito interessante nos ambientes corporativos, com capacidade de aumentar a mobilidade nas corporações. Um acordo é firmado entre as empresas e seus funcionários para que estes utilizem seus equipamentos pessoais: smartphones, tablets e computadores portáteis para trabalhar com os sistemas corporativos. Essa prática exige alterações na segurança das informações e a criação de políticas de acesso e controle de fluxo de dados que garantam confiabilidade nas transações.
Esta pesquisa discute sobre os custos, requisitos, vantagens e desvantagens da adoção dessa estratégia de negócio cada vez mais difundida em diferentes setores da economia.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Apresentar o BYOD como uma tendência de modelo estratégico de negócio utilizado por diversos segmentos organizacionais e discutir sobre seu impacto no meio corporativo das cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.
MÉTODOS:
Foram pesquisadas seis empresas das cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, atuantes nos ramos de indústria, serviços e comércio. Para isso, utilizou-se de entrevista com aplicação de questionário, no qual foi perguntado a respeito do BYOD, sobre o nível de conhecimento dos entrevistados a respeito do assunto, avaliação de seu uso no ambiente de trabalho, oferta de incentivos pelas empresas aos funcionários que utilizam seus próprios equipamentos, se as organizações assumem custos de manutenção desses dispositivos, além de políticas de estratégia e de segurança necessárias para que a implantação ocorra de forma segura. Para o documento bibliográfico foram pesquisados bancos de dados online e artigos científicos que tratavam sobre o uso do BYOD, os requisitos necessários para uma implantação segura e viável, além dos prós e contras da utilização desta tendência.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Das empresas pesquisadas – Singer do Brasil Ind. E Com. LDTA., Nooclix - Fábrica de Software, Gráfica LBL Express, Univet - Clínica Veterinária e Petshop, ASTEC - Assistência Técnica e UP - Marketing Digital – 66% permitem o uso de dispositivos pessoais com acesso às redes e dados corporativos. Os dispositivos mais utilizados pelos funcionários das instituições pesquisadas são notebooks, tablets e celulares. Dentre os 33 funcionários entrevistados, apenas 24% conheciam o BYOD, porém, 85% das instituições utilizavam-se da consumerização de TI sem o conhecimento específico dessa tendência.
Ao perguntar sobre o nível de satisfação dos funcionários que usam seus dispositivos móveis, 87% consideram-se felizes, segundo Bradley (2012), as empresas que utilizam esse tipo de estratégia, apresentam os funcionários mais satisfeitos. Quando perguntados sobre a existência de incentivos para o uso de equipamentos próprios, 74% responderam que não recebem nenhum incentivo para utilizar seus dispositivos. Com relação à segurança, 62% afirmaram trabalhar sob políticas de segurança.
CONCLUSÕES:
A consumerização de TI caracteriza-se como a resolução de situações do trabalho através de recursos tecnológicos móveis pessoais, tais como notebooks, tablets e celulares. A idéia, apesar de estar no mercado há algum tempo, é pouco difundida e muitos acabam por utilizá-la de forma inconsciente, sem as devidas precauções, fragilizando as normas de segurança adotadas pelos setores de tecnologia da informação.
Pode-se concluir que, adotar o BYOD como modelo de negócio, atendendo aos requisitos necessários e às políticas impostas, pode trazer vantagens para empresas e funcionários desde que haja um bom planejamento. É importante ressaltar que não há preocupação por parte das empresas em ressarcir os funcionários que usam seus equipamentos pessoais. Também não há uma única forma de proteger-se dos riscos ou de implantar o BYOD com sucesso, porém o executivo terá em mãos um estudo detalhado sobre cada fator que influenciará na sua decisão.
Há de se observar que não se pode julgar a consumerização de TI como boa ou ruim, apenas buscar o melhor método de implantação da técnica, balanceando custos, segurança, produtividade e bem-estar dos envolvidos no processo.
Palavras-chave: Consumerização de TI, BYOD - Bring Your Own Device, Mobilidade Corporativa.