65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 7. Fonoaudiologia - 1. Fonoaudiologia
OS PROBLEMAS NAS VOZES QUE FAZEM ECOAR O SABER: Os principais fatores que contribuem para os distúrbios de voz na percepção dos professores de Caxias-MA
Reinan Tiago Fernandes dos Santos - Depto. de Química - IFMA
Milane Oliveira dos Santos - Depto. de Química - IFMA
Renata Thais Nascimento dos Reis - Depto. de Matemática e Física -UEMA
Domingos Lucas dos Santos Silva - Depto.de Química e Biologia -UEMA
Marcelo Moizinho Oliveira - Prof. Dr. /Orientador - Depto. de Química - IFMA
Maria de Fátima Salgado - Profª. Drª./Co- Orientadora - Depto.de Matemática e Física-UEMA
INTRODUÇÃO:
A voz é caracterizada como o som produzido pelas cordas vocais e é um instrumento presente na comunicação social e isso não é diferente dentro da sala de aula, o professor é o interlocutor entre o conhecimento e o aprendiz, e, portanto sua voz é um fator importante no processo de ensino e aprendizagem. Problemas de vocalização tem atingido boa parte do público docente, por conta do grande esforço exercido pelos mesmos dentro da sala de aula. Dentre as principais alterações de voz que atingem estes profissionais tem-se: a rouquidão, dor ao falar, cansaço ao falar, falhas na voz, falta de projeção vocal e dificuldades para falar em forte intensidade são responsáveis por um número significativo de queixas, licenças médicas, afastamentos. A partir desse enfoque houve uma preocupação em saber como anda a saúde vocal dos professores do município de Caxias/Maranhão. Será que os professores cuidam adequadamente de seu aparelho vocal? Quais seriam os sintomas mais frequente aos que possuem algum distúrbio vocal? Através desse estudo, pretende-se contribuir para reflexões e propostas de ações voltadas para a promoção da saúde do professor acerca da sua voz, dos cuidados com a saúde vocal e formas alternativas de lidarem com os seus problemas vocais.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar as alterações vocais observadas nos docentes da rede municipal de ensino de Caxias, Maranhão, verificando assim as causas destes possíveis problemas vocais.
MÉTODOS:
A pesquisa de caráter quali-quantitativo, realizada no último trimestre de 2012 e nos dois primeiros meses de 2013, levou em conta uma abordagem sobre os distúrbios de voz relacionados ao trabalho dos professores, para isso, foi utilizado um levantamento exploratório com a aplicação de instrumento investigativo realizado através de questionário respondido por professores de diversas áreas do conhecimento, da cidade de Caxias, MA, estes de escolas municipais. O total de participantes dessa pesquisa foi de 179 docentes que atuam na educação da zona urbana e rural do município. Alguns recentemente inseridos no mercado de trabalho e outros bastante experientes na área de atuação. O instrumento de investigação, um questionário sobre alteração na voz, foi constituído por 8 (oito) questões, sendo a última questão de múltipla escolha avaliando 4 (quatro) itens distintos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A prevalência de alterações vocais na população em estudo atingiu (65,9%) dos professores, este resultado é considerado elevado visto que ao analisar 15 artigos nacionais e internacionais foi verificada uma variação de (4%) a (97%), onde o autor relaciona a alteração vocal com o exercício da profissão docente. Mais da metade dos professores entrevistados (51,4%) lecionam a mais de uma década, seguido dos professores que lecionam a menos de dez anos (27,8%). Os relatos de sintomas vocais mais frequentes foram: rouquidão (38%) e pigarro (32%). Quando questionados sobre as possíveis causas da alteração de voz os professores citaram o uso intensivo da voz (71,1%) como principal causa, seguido de alergia (21,4%). Em contrapartida com os fatores associados à alteração de voz, os professores acometidos têm hábitos preconizados como positivos para a produção vocal, (49,1%) disseram às vezes beber água durante o uso da voz, e (48,2%) poupam a voz quando não estão dentro de sala de aula. Embora ainda muitos não admitam uma postura preventiva para problemas vocais, (29,5%) dos professores pesquisados realiza ou já realizou algum tipo de tratamento fonoaudiológico.
CONCLUSÕES:
Nesta pesquisa pode-se constatar que, os distúrbios de voz relacionados com profissionais de ensino são diversificados. Contudo, em linhas gerais presencia-se diferenças muito acentuados nos diagnósticos relacionados com alterações vocais, porém com ocorrências frequentes rouquidão e pigarro, sendo o principal precursor o uso intensivo da voz e alergia. Quanto aos procedimentos preventivos vocais, um número expressivo dos entrevistados nunca realizaram tratamentos especializados e parcelas menores descrevem o uso de medicamentos seguido de terapia fonoaudiologia.
Palavras-chave: Alteração vocal, Docentes, Rouquidão.