65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
HISTÓRIA ENSINADA: A UTILIZAÇÃO DA ORALIDADE COMO INSTRUMENTO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
Márcia de Godoi Queiroz - Graduanda / Bolsista do PIBID - Depto de Educação- UAG
Eva Vilma Correia Paes Barros - Graduanda / Bolsista do PIBID - Depto de Educação- UAG
Kelly de Lima Azevedo - Graduanda / Bolsista do PIBID - Depto de Educação- UAG
Diná Cristina da Silva - Graduanda / Depto de Educação- UAG
Alex de Araujo Lima - Graduando / Depto de Educação- UAG
Lucas da Silva Castro - Prof. Dr. / Orientador - Depto de Educação- UAG
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho é o resultado das atividades aplicadas numa escola no município de Garanhuns, vinculada ao programa PIBID ((Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), programa financiado pela CAPES ((Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Tal projeto de extensão parte da necessidade de se trabalhar a história a partir da construção por parte dos alunos, das suas memórias mais próximas – a memória individual, familiar e coletiva da escola, do bairro e da própria cidade, fomentando o diálogo dos educandos com o seu próprio meio. Desse modo o trabalho tem por objetivo sugerir novos métodos de ensino/aprendizagem entorno do ensino de história nos anos iniciais, fundamentados na historia oral. Nesse sentido sua aplicação visa promover um ensino de historia que contemple o contexto o qual o aluno faça parte, bem como colaborar com a re/construção da memória e identidade dos sujeitos e grupos em questão. Nessa perspectiva pretendemos com essa intervenção inovar o ensino de história, dos recursos didáticos e concomitantemente contribuir com a formação do cidadão crítico e participativo na sociedade.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente projeto tem por objetivo intervir nos aspectos de natureza metodológica que envolvem as relações de ensino aprendizagem de história, aplicado aos alunos do 5º ano do ensino fundamental. Trabalhando a construção da memória individual e coletiva dos alunos, pretendemos desenvolver os conceitos e habilidades da referida disciplina.
MÉTODOS:
Entre os procedimentos metodológicos foi utilizada à pesquisa-ação e posteriormente pesquisas bibliográficas primárias e secundárias que tratavam da temática, em seguida uma discussão e planejamento junto ao orientador acerca do ensino de história nos anos inicias, e a confecção de atividades que inovassem a prática docente e ao mesmo tempo estimulasse os alunos para estudar história. A partir dai foi escolhida a turma do 5º ano do ensino fundamental I da Escola Estadual Professora Giselda Vieira Belo, situada no município de Garanhuns, a turma era composta por trinta e seis alunos, a maioria naturais do município. Num primeiro momento foi feito uma sondagem acerca dos conceitos e conteúdos de história que os alunos conheciam, em seguida foram explanadas algumas fontes históricas e entre elas destacamos a memória e oralidade como fonte tão importante quanto às escritas. Entre as atividades realizadas trabalhamos com entrevistas onde os próprios alunos as fizeram com seus familiares, contemplando as historias e personalidades do município, e por fim foi confeccionado um vídeo onde os alunos relatavam as atividades realizadas o os resultados da mesma. Concluindo o projeto fizemos uma socialização do vídeo com outras turmas do ensino fundamental I da escola.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A partir da realização da sondagem constatamos que a maioria dos alunos desconheciam as suas histórias quando colocadas num âmbito regional, municipal, do bairro, da escola, ou seja, os conteúdos trabalhados no ensino de história contemplavam a história macro e não micro, de modo que podemos colocar o projeto e as atividades planejadas em prática de forma plena. De acordo com a realização das atividades, percebemos o interesse dos alunos em conhecerem as suas histórias, de seus avós, seus pais e vizinhos, e o quanto eles participavam das discussões sobre as informações coletadas, bem como suas opiniões a respeito dos acontecimentos, ou seja, foi construído um conhecimento sobre as relações e os fenômenos que compunham as histórias da comunidade, e o mais importante é que os alunos foram os sujeitos construtores desse conhecimento. Diante desse cenário entendemos que o ensino de história não só pode como deve ser contextualizado com o meio dos alunos, e que a partir dessa inovação metodológica contribuímos com a construção do conhecimento dos alunos, com o reconhecimento sócio-cultural da comunidade, com a prática docente de maneira satisfatória e com a formação cidadã dos mesmos.
CONCLUSÕES:
Consideramos o programa PIBID de suma importância para a formação docente, pois oportuniza o graduando a vivenciar o contexto escolar do qual poderá fazer parte. Nesse sentido podemos afirmar que a partir de projetos como esse podemos teorizar os conhecimentos construídos ao longo da formação. Diante dessa experiência nos aproximamos da realidade e eventuais dificuldades entorno do processo educativo, e passamos a buscar meios e métodos, ou seja de desenvolver atividades que estimulem ao alunos, promovendo a superação de tais dificuldades, visando um ensino/aprendizagem satisfatório e de qualidade. No âmbito escolar e social reconhecemos a contribuição do programa no sentido da inserção de novas práticas metodológicas que objetivam melhorar o processo de ensino, levando os sujeitos envolvidos a se perceberem construtores do conhecimento, enfim, atores de suas próprias histórias e não meros expectadores.
Palavras-chave: Ensino de História, Oralidade, Construção do conhecimento.