65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Educação Física e Esportes - 1. Educação Física e Esportes
ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE TESTOSTERONA PLASMÁTICO E MASSA MAGRA COMO RESPOSTA A TRÊS DIFERENTES PROTOCOLOS DE TREINAENTO DE FORÇA.
Leonardo Chrysostomo dos Santos - Educação Física, Universidade Estácio de Sá - UNESA, campus Nova Iguaçu – RJ
Cristiano Cosme Nascimento Franco de Sá - Educação Física, Universidade Estácio de Sá - UNESA, campus Nova Iguaçu – RJ
Fernando Petrocelli de Azeredo - Educação Física, Universidade Estácio de Sá - UNESA, campus Nova Iguaçu – RJ
Eduardo Hippolyto Latsch Cherem - Prof. Orientador – Educação Física UNESA Nova Iguaçu – RJ
Eduardo Hippolyto Latsch Cherem - Discente Ciências Biológicas UENF – RJ
INTRODUÇÃO:
O treinamento de força é reconhecidamente uma metodologia reconhecida para o aumento do testosterona plasmático e aumento da massa magra. Apesar disso, este tipo de treinamento pode exibir várias relações entre volume (quantidade de repetições, número de séries, quantidade de exercícios, número de seções), intensidade (quantidade de carga) e tipos de exercício (perspectiva biomecânica), de forma que diferentes protocolos de treinamento de força podem levar a variadas respostas do testosterona e massa magra. Como o aumento da massa magra devido ao treinamento de força se processa especialmente como um aumento no volume da massa muscular, tecido de grande atividade metabólica, ao aumentar a massa magra, há elevação da taxa metabólica basal, impactando gasto calórico diário. Assim, diferentes protocolos de treinamento de força podem exercer diversos efeitos sobre a taxa metabólica basal, impactando profundamente as reservas de energia a longo prazo, incluindo a gordura corporal. Assim, o melhor conhecimento das respostas de diferentes protocolos de treinamento de força podem ser utilizados como métodos profiláticos ao ganho de peso, ou mesmo como método terapêutico no controle da obesidade, morbidade que hoje é considerada pela OMS como principal morbidade e epidemia do 3º milênio.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho teve por objetivo avaliar, em 20 homens adultos jovens aparentemente saudáveis, a correlação o aumento da testosterona e o consequente desenvolvimento de massa magra como resposta a três protocolos de treinamento de força distintos.
MÉTODOS:
Testamos por 20 semanas em homens adultos jovens aparentemente saudáveis, com histórico prévio de 6 meses de treinamento de força consecutivo, o método convencional, com 12 exercícios em esquema de 3 séries de 10 repetições máximas; o método do circuito, onde foram usados os mesmos exercícios executados alternadamente a cada 3 exercícios sem que houvesse intervalo formal entre eles e revezando os grupamentos musculares; e o método do bi-set, onde foram executados consecutivamente 2 exercícios por grupamento muscular, sem que houvesse intervalo. Mensurou-se composição corporal, pelo método duplamente indireto da aferição das dobras cutâneas para determinação dos valores de massa magra, massa muscular e massa gorda e o testosterona total pelo método do radioimunoensaio em três ocasiões, uma semana antes do início do programa, e 48h após as décima e vigésima semanas de treinamento. A coleta de sangue foi realizada em clínica com os voluntários em jejum de 10h. Os dados da massa muscular e do testosterona estão expressos como porcentagem, tendo o valor inicial tido como referência “0”. Apesar disso as correlações foram feitas com os dados absolutos. Foi realizada a correlação linear de Pearson e o teste “t” de Student, sendo aceito como significativa a correlação com um p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foi observado o maior aumento da testosterona após a décima semana de treinamento para o grupo do circuito (33,7%), embora o maior aumento na massa magra tenha sido observado nos grupos do circuito e no bi-set (3,6% e 3,7%, respectivamente; p=não significativo). Todas as correlações demonstraram-se significativamente fracas e inesperadamente negativas, com p<0,01 e r= -0,048, -0,139 e -0,241, respectivamente para os grupos convencional, circuito e bi-set. Os presentes dados demonstram que o aumento da massa magra não está diretamente relacionado ao amento do testosterona e que vários outros fenômenos podem estar agindo, como o aumento da sensibilidade a este hormônio, uma vez que houve aumento da massa magra, mesmo quando o aumento do testosterona não foi muito pronunciado.
CONCLUSÕES:
Ficou claro a superioridade dos métodos circuito e bi-set sobre o método convencional em aumentar o testosterona total e a massa magra.
Palavras-chave: Treinamento De Força, Testosterona, Massa Magra.