65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 1. Biologia e Fisiologia dos Microorganismo
CRESCIMENTO DE BASIDIOMICETOS EM SUBSTRATO CONTENDO SERINGALDAZINE
Danielle Maciel Reis - Graduanda em Ciências Biológicas UEA/ CESP
Adriana da Silva Nunes - Orientadora doutoranda em Biotecnologia UFAM/INPA
Ademir Castro e Silva - Co- Orientador Prof. Dr em Biotecnologia UEA/CESP
Esmeralda Andrade de Souza - Pós Graduada em Quimíca- UEA/CESP
Márcia de Matos Fragata - Graduanda em Ciências Biológicas UEA/ CESP
Patrícia Loureiro de Souza - Graduanda em Ciências Biológicas UEA/ CESP
INTRODUÇÃO:
Fungos basidiomicetos de podridão branca tem obtido êxito em diversas pesquisas biotecnológicas no que condiz a sua aplicação aos setores da biorremediação ambiental, porém informações importantes relacionadas ao crescimento e exigências nutricionais ainda permanecem em nível incipiente, sendo uma etapa de grande relevância para o desenvolvimento de processos e produtos biotecnológicos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Neste sentido, este trabalho teve como objetivo a avaliação do avanço da fronteira micelial de fungos basidiomicetos ocorrentes na região amazônica em substrato suplementado com indutor seringaldazine.
MÉTODOS:
Foram utilizados dois fungos basidiomicetos FV-12 e Pycnoporus sanguineus armazenados no laboratório de Estudos Fúngicos do CESP-UEA. O teste de crescimento fúngico foi realizado em placa de Petri em meios de cultivo acrescidos das concentrações: 1%, 1,5%, 2% de chorume. O primeiro meio foi composto de 15g de ágar, 1g de glicose, as diferentes concentrações de chorume para 1000 mL de água destilada (M1). O segundo meio de cultivo foi composto de 15g de ágar, 1 grama de glicose, as diferentes concentrações de chorume, 2 mL da solução estoque de 5mg de seringaldazine/ 1mL de etanol (M2). O controle foi composto apenas por ágar. Todos os testes foram realizados em triplicatas. Fragmentos fúngicos com aproximadamente 5mm de diâmetro foram retirados das bordas das colônias e transferias em condições assépticas para o centro das placas de Petri acrescidos dos meios M1 e M2. As placas foram incubadas em estufa BOD a 30 °C até preenchimento da placa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O crescimento de P.sanguineus na presença de seringaldazina foi mais rápido, preenchendo a placa em apenas três dias de incubação, enquanto que no meio sem o indutor o preenchimento da placa ocorreu com oitos dias de incubação. O fungo FV-12 seguiu a tendência de crescimento linear, sendo que no meio sem a presença do indutor o preenchimento da placa foi mais rápido, alcançando seu crescimento máximo aos 6 dias de incubação. Nosso resultado é corroborado com estudos de Garcia (2006), que afirma que existe relação específica entre microorganismo e indutor, onde o meio de cultura e sua condição são considerados como fonte influenciadora na resposta do indutor. Segundo Leonowicz et al. (2001) enzimas oxidativas também podem interferir no crescimento celular de muitos fungos, e podem ser fonte de carbono ou participar na indução da síntese enzimática. Por outro lado, Giese et al. (2004) e Vasconcelos (2000) evidenciaram que a biomassa fúngica do Botryosphaeria sp, diminuiu consideravelmente em cerca de 65% na presença do indutor, o que é evidenciado também para o fungo FV-12 onde a presença do indutor no meio influenciou no seu crescimento.
CONCLUSÕES:
P.sanguineus mostrou melhor crescimento micelial na presença de seringaldazine, indutor da enzima oxidativa lacase, enquanto FV-12 aparentou ter seu crescimento influenciado contrariamente.
Palavras-chave: Basidiomicetos, Crescimento micelial, Indutor.