65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
CATEGORIZAÇÃO PERCENTÍLICA DE TESTES NEUROMOTORES
Widjane Sheila Ferreira Gonçalves - Graduanda em Educação Física/Grupo de Pesquisa em Saúde Pública– Faculdade ASCES
Deyvison Monteiro Melo - Graduado em Educação Física – Faculdade ASCES
Phelipe Raphael Marques de Melo Freitas Santos - Graduado em Educação Física – Faculdade ASCES
Tamires Kelli Neves Souza - Graduanda em Fisioterapia/Grupo de Pesquisa em Saúde Pública– Faculdade ASCES
Bruna Fernanda Silva - Graduanda em Fisioterapia/Grupo de Pesquisa em Saúde Pública– Faculdade ASCES
Marcelo Tavares Viana - Prof. Dr. / Orientador - Grupo de Pesquisa em Saúde Pública– Faculdade ASCES
INTRODUÇÃO:
A avaliação da aptidão física no ambiente esportivo deve ser realizada periodicamente através de testes específicos, por meio de análises da resistência cardiorrespiratória, muscular localizada e da flexibilidade. Deve-se considerar as especificidades de cada grupo, em função das particularidades da constituição genética, idade, sexo, maturação das funções psicomotoras, diferenças sociais, culturais e étnicas dos grupos demográficos. Neste sentido, em razão de, a grande maioria de tabelas de referências se basearem em populações da região Sul do Brasil e Americana, faz-se necessário a investigação das características motoras em diferentes populações adultas do nordeste brasileiro, apresentando escores que permitam a comparação com outros estudos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Propor categorização percentílica de testes neuromotores.
MÉTODOS:
Por meio de um censo de coorte retrospectivo e descritivo, com amostras por conveniência. Foram analisadas 723 protocolos de avaliação do banco de dados do setor de avaliação física da Academia Escola da Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES) - PE, sendo 288 de homens na faixa-etária entre 14 e 64 anos e 435 de mulheres entre 17 e 66 anos, no período de julho de 2006 a dezembro de 2009. O protocolo de avaliação era composto pelos dados gerais do aluno (idade, gênero, etc.), antropometria (peso total, massa gorda, massa magra, percentual de gordura, etc), testes neuromusculares (dinamometria, flexibilidade, resistência muscular localizada) e aspectos metabólicos (VO2 máx.,Frequência Cardíaca e Déficit Funcional Aeróbio – FAI). As análises estatísticas foram baseadas em tabelas percentílicas dos escores obtidos nos testes motores, sendo estabelecidos intervalos de classe, a fim de estimar todos os valores em função dos conceitos: Excelente; Muito Bom; Bom; Regular e Insuficiente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
De acordo com as analises realizadas, foram propostas 6 (seis) tabelas de categorização percentílica para os testes neuromotores realizados: Testes de Flexibilidade, Resistência Muscular Localizada - RML (abdominal) e o Teste de Dinamometria Manual para ambos os sexos. Essas foram previstas em função de alguns pressupostos, como: faixas etárias, que para todos os testes e sexos variaram entre 17 a 25 (1ª faixa), 26 a 35 (2ª faixa) e de 36 a 45 anos de idade (3ª faixa) e escores percentílicos, que variaram em relação aos seus conceitos: P20 (Insuficiente), P40 (Regular), P60 (Bom), P80 (Muito Bom) e P100 (Excelente). Em alguns testes como a flexibilidade no sexo feminino, na faixa-etária entre 17 e 25 anos, foram avaliadas 183 mulheres, enquanto que na faixa entre 26 e 35 anos, avaliou-se apenas 33. Já no sexo masculino, para o mesmo teste, na faixa entre 17 e 25, 177 foram avaliados, enquanto que na faixa de 26 a 35, apenas 71. Esses números podem ter influenciado a distribuição dos dados e por consequência os índices referentes aos escores apresentados nas tabelas. Essa proposta de categorização percentilíca para esses testes, surge como primeiras aproximações de uma referência regionalizada de avaliação das capacidades motoras de indivíduos da região nordeste do Brasil.
CONCLUSÕES:
A categorização percentílica obtida para os testes de flexibilidade, resistência muscular localizada (teste abdominal) e de dinamomemtria manual, é um esboço para avaliar de forma específica e regionalizada, indivíduos de ambos os sexos e de diferentes faixas-etárias. Apesar de algumas limitações do estudo como o número reduzido de amostras e a não distribuição normal dos dados, este trabalho serve como referência para novas pesquisas que visem à criação de tabelas estimativas e normativas para a avaliação específica de testes motores.
Palavras-chave: Avaliação Física, Desempenho Motor, Tabelas de Referências.