65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
AVALIAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO ASCÓRBICO EM MELÃO E SUA CONSERVAÇÃO EM DIFERENTES EMBALAGENS
Sávio Barbosa Fernandes Cavalcante - Depto. de Ciências Animais - UFERSA
Raphaell Alexandre Cavalcante - Depto. de Ciencias Exatas e Naturais - UFERSA
Gleydson de Freitas Silva - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Henrique Albano Nogueira Gomes - Depto. de Ciências Animais - UFERSA
Tenessee Andrade Nunes - Depto. Escola de Gestão e Negócios - UNP
Jane Kelly Holanda Melo - Profa. Msc/Orientadora - Depto de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
INTRODUÇÃO:
O ácido ascórbico (também conhecido como vitamina C) é uma das 13 principais vitaminas, que faz parte de um grupo de substâncias químicas complexas e essenciais para o funcionamento adequado do organismo. É indispensável para combater infecções, agir na absorção do ferro, diminuir o nível de triglicerídeos e de colesterol, além de fortalecer o sistema imunológico. A quantidade de consumo diário recomendável varia muito de indivíduo para indivíduo. Sendo encontradas em frutas e vegetais, é considerada essencial, pois o corpo não tem capacidade de produzi-la. Atualmente um dos métodos indicados para determinar a quantidade de vitamina C em alguns produtos alimentícios é a iodometria. Este método consiste em comparar o volume da solução de iodo gasto na reação com a solução padrão de ácido ascórbico e com as amostras dos alimentos.
O meloeiro é, atualmente, uma das culturas de maior destaque econômico e social para a região Nordeste brasileira. O seu cultivo oferece, além de benefícios econômicos, também sociais, uma vez que garante em torno de 40 mil empregos diretos e indiretos. Vários tipos comerciais de melão são cultivados no Agropolo Mossoró-Assu, tais como: Pele de sapo, Cantaloupe, Amarelo, Charrenthais e Gália.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar o teor de vitamina C nos melões dos tipos Cantaloupe e pele de sapo através do método de iodometria e verificar a eficiência de diferentes tipos de embalagens na conservação do ácido ascórbico nestes frutos sob refrigeração.
MÉTODOS:
As análises foram realizadas no Laboratório de Química Orgânica da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). As amostras dos melões foram obtidas na rede varejista de Mossoró/RN. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial (2 x 3) onde o primeiro fator corresponde ao tipo de melão analisado e o segundo aos três diferentes tipos de embalagens utilizadas. Foram utilizados os melões Cantaloupe e pele de sapo e três tipos de embalagens (papel alumínio, associação filme plástico PVC e a testemunha sem embalagem), com quatro repetições de 15 frutos. Estes frutos foram armazenados em refrigerador (temperatura 7°C) por sete dias, e a cada dia foi verificada a quantificação da vitamina C. As análises foram realizadas a partir da extração do suco da polpa do fruto, de forma manual, sendo conduzido de forma rápida para minimizar as perdas da Vitamina C pela oxidação em contato com oxigênio presente no ar. O método experimental utilizado para a quantificação da vitamina C foi de iodometria analisando o teor de ácido ascórbico, através de titulação e óxido-redução.
As variáveis analisadas foram: Teor de ácido ascórbico dos frutos frescos e dos frutos com diferentes tipos de embalagens ao longo dos sete dias após o armazenamento sob refrigeração.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Ambos os melões avaliados, apresentaram quedas significativas no teor de vitamina C, ao longo do período de armazenamento, quando expostos ao ambiente refrigerado sem proteção de uma embalagem.
O melão Cantaloupe apresentou teores de vitamina C sempre superiores aos de melão pele de sapo, para todas as embalagens avaliadas e também para aqueles melões que não foram embalados. A embalagem com papel alumínio, foi a que apresentou a melhor média do teor de vitamina C considerando os valores dos sete dias, além disso, mostrou menor taxa de redução de vitamina C em todos os dias do período de conservação.
CONCLUSÕES:
Os melões analisados apresentaram teores de vitamina C com boa relevância nutricional.
A embalagem mais eficiente para a conservação da vitamina C nos melões analisados foi o papel alumínio, por apresentar uma maior retenção e estabilidade da vitamina ao longo do armazenamento sob refrigeração.
Os frutos sem embalagem apresentaram perdas significativas de vitamina C durante o armazenamento, demonstrando necessidade de uma embalagem eficiente para proteção, ou ainda realizar o consumo do fruto em um período de tempo inferior a sete dias.
Palavras-chave: Vitamina C, Armazenamento, Refrigeração.