65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 3. Toxicologia
ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE O CONSUMO DE CIGARROS ENTRE SECUNDARISTAS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE DE CAMPINA GRANDE-PB
Jacquelane Silva Santos - Dpto de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba
Teresinha Lumena Carneiro Rodrigues - Dpto de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba
Ananery Venancio dos Santos - Dpto de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba
Guilherme Antonio Pereira Lins - Dpto de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba
Maria do Socorro Rocha - Profa. Dra. - Depto.de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba
Clésia Oliveira Pachú - Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba
INTRODUÇÃO:
O uso abusivo de drogas se encontra em evidência na sociedade moderna. O número de mortes causado por doenças associados ao consumo de tabaco é superior à soma das mortes por Aids/Sida, cocaína, heroína, álcool, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios. Atualmente a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, considerando-o como a principal causa de mortes evitáveis em todo o mundo. Estudos comprovam que a quase totalidade dos fumantes adquiriram o hábito de fumar durante a adolescência (ABREU, et al. 2011). Sabendo que, o uso regular e contínuo de cigarro entre adolescentes norteia a alta probabilidade de se tornarem adultos fumantes, faz-se necessário a instalação de medidas preventivas, de modo, a amenizar o agravamento da dependência química à nicotina.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Realizar uma análise comparativa sobre o consumo de cigarros entre estudantes secundaristas de duas escolas públicas da cidade de Campina Grande, promovendo saúde em busca de práticas saudáveis aos adolescentes e jovens.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, realizado durante o período matutino na Escola Estadual Hortênsio Ribeiro (PREMEN), com 384 secundaristas do ensino médio, de ambos os sexos e idades entre 15-18 anos, no segundo semestre de 2011 e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Solón de Lucena, com 204 estudantes matriculados em 10 turmas de ensino fundamental e uma turma de ensino médio, de ambos os sexos e na faixa etária de 12-16 anos, no segundo semestre de 2012. Para coleta de dados foi utilizado o questionário padrão do Programa “Educação e Prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas” da Universidade Estadual da Paraíba, contendo 30 questões objetivas de múltipla escolha abordando problemas sociais e educacionais do consumo de cigarros. Os dados foram tabulados para melhor visualização e análise dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Quando perguntados se alguma vez já tentaram ou experimentaram fumar cigarros, 30,46% dos estudantes do PREMEN revelaram que Sim, já tiveram esse contato com a droga enquanto 69,53% afirmaram que Não. Em contrapartida na Escola Solón de Lucena, 28,92% responderam que sim, já experimentaram fumar, e 70,58% responderam que não fumaram. Na Escola PREMEN, dos que responderam que sim 11,45% praticaram dos 13 aos 15 anos, e 7,9% acima dos 16 anos, similar a Escola Solón de Lucena onde 10,78% revelaram ter experimentado cigarros entre 11 e 13 anos de idade, corroborando com os dados da OMS (2011) que aponta o desejo precoce da experimentação do cigarro entre estudantes brasileiros. O estudo ainda aponta que nos últimos 30 dias, 3,12% dos estudantes do PREMEN fumaram 1 cigarro por dia, assim como 5,39% dos estudantes do Solón de Lucena. Estes dados estão em consonância com ABREU, et al (2011)que relata existir mais de um bilhão de pessoas com 15 anos ou mais fumando diariamente. Os adolescentes constituem uma parcela da população que tem elevado risco de consolidação do hábito de fumar, possivelmente por ser exposta mais precocemente ao tabaco.
CONCLUSÕES:
Entre as escolas públicas, PREMEN e Solón de Lucena, os resultados foram semelhantes quanto à faixa etária entre 15 e 18 anos para experimentação do tabaco, confirmando assim o início precoce do uso do cigarro. Observou-se que o percentual, 70,05%, de jovens não fumantes é superior ao de fumantes, entretanto o número de estudantes que fazem uso de cigarros é preocupante pelos problemas de saúde posteriores que possa aparecer em virtude do fumo passivo. Remetendo a necessidade de acompanhamento preventivo nessa faixa etária, uma vez que a presença de fumantes próximos a adolescentes e jovens secundaristas poderá influenciar na elevação do número de fumantes. Deve-se ressaltar que a escola é uma instituição fundamental para o indivíduo, devendo promover medidas de prevenção ao uso do cigarro na escola e na comunidade, além da promoção de ambientes 100% livres de fumo.
Palavras-chave: Tabagismo, Estudantes, Cigarro.