65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
TAXA DE TRANSPIRAÇÃO E EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA DE PLANTAS JOVENS DE ACAPÚ ( Vouacapoua americana Aubl.) SUBMETIDAS AO DÉFICIT HÍDRICO
Tamires Borges de Oliveira - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Joze Melisa Nunes de Freitas - Estudante do curso de doutorado em ciências agrárias, UFRA
Renato Augusto Soares Rodrigues - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Diocléa Almeida Seabra Silva - Estudante do curso de doutorado em ciências agrárias, UFRA
Cândido Ferreira de Oliveira Neto - Profº. Dr./ Co-orientador, UFRA, Campus de Capitão Poço
Roberto Cezar Lobo da Costa - Profº. Dr./ Orientador- Instituto de ciências agrárias, UFRA
INTRODUÇÃO:
A espécie Vouacapoua americana Aubl. (acapú) tem origem na Amazônia brasileira, ocorrendo principalmente no estado do Pará. A madeira do acapú é muito disputada pelas indústrias da construção civil e de móveis ornamentais, graças às suas consistência e durabilidade, sendo que esta lhe empresta a fama de ser imputrescível, além de ter cor e textura de grandes belezas. Os estômatos são responsáveis pela saída e entrada de O2, CO2 e água na forma de vapor. Quando a umidade no solo diminui, as chances da planta de captar água, também são reduzidas. Como estratégia para não perder mais água os estômatos se fecham, diminuindo assim a transpiração. Com a diminuição da transpiração em casos severos de estresse hídrico, a planta perde a habilidade de manter o equilíbrio entre a captação e a perda de água, já que os níveis de água tanto no solo quanto nas células são baixos. Como mecanismo de tolerância as plantas devem evitar a dessecação celular, seja impedindo o efluxo ou promovendo o influxo de água.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi determinar a taxa de transpiração e a eficiência no uso da água em folhas de plantas jovens de acapú submetidas à deficiência hídrica.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Instituto de ciências Agrárias (ICA) pertencente à Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), no período de novembro/2011 a julho/2012. Durante o período do experimento todas as plantas foram irrigadas diariamente, foi feito também, o controle de plantas daninhas pela capina manual e o controle de pragas e doenças. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em fatorial do tipo 2 x 4 (duas condições hídricas: controle e déficit hídrico x quatro tempos de avaliação), com 5 repetições, totalizando 40 unidades experimentais. Os tempos de avaliação foram a cada 10 dias, sendo tempo 1 (zero dias), tempo 2 (10 dias), tempo 3 (20 dias) e tempo 4 (30 dias). Foi aplicada a análise de variância nos resultados e quando ocorreu diferença significativa, às médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Os desvios-padrões foram calculados para cada tratamento, sendo as análises estatísticas obtidas através do programa ASSISTAT 7.6. A determinação da taxa de transpiração e a eficiência no uso da água foram realizadas através de um analisador de gás infravermelho (IRGA) portátil LICOR, modelo PPSYSTEMS CIRAS -2.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A transpiração teve um decréscimo significativo, obtendo os menores valores no estresse hídrico mais drástico, que foram de 0,31 e 0,19 mmol m-2 s-1para os tratamentos T3 e T4, respectivamente. Quando as plantas são submetidas ao estresse hídrico há uma promoção na síntese de ABA, que atua no mecanismo estomático, regulando as trocas gasosas e evitando alterações no balanço hídrico foliar, promovendo assim o fechamento dos estômatos, e consequentemente a inibição da transpiração. A eficiência no uso da água também diminuiu nos tratamentos T3 e T4, apresentando os valores de 0,90 e 0,0 µmol CO2mmol-1H2O. Essa redução na eficiência do uso da água mostra que a perda de água pela transpiração nessa espécie tende a ser alta, tendo pouco aproveitamento da água e do CO2 para a realização da fotossíntese.
CONCLUSÕES:
A intensidade do estresse hídrico na planta promoveu uma redução na transpiração e na eficiência do uso da água nas folhas de plantas jovens de acapú.
Palavras-chave: Mudas, Mecanismo estomático, Desidratação.