65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia
PERFIL DAS FARMÁCIAS MAGISTRAIS DO DISTRITO FEDERAL
Fernanda Laísa Ferreira Lustosa - Aluna de graduação da UnB
Marília Gabriela Pereira Godinho - Aluna de graduação da UnB
José Batista Oliveira Filho - Aluno de pós-graduação da UnB
Rodrigo Taveira - Aluno de pós-graduação da UnB
Janeth Oliveira Silva Naves - Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Ciências Farmacêuticas da UnB
INTRODUÇÃO:
No Brasil, para melhor diferenciação das drogarias, estabelecimentos que não manipulam medicamentos, as farmácias receberam adjetivos como farmácias magistrais ou de manipulação. Estes estabelecimentos são responsáveis pela manipulação de produtos que não apresentam formulação industrializada em concentrações ou formas adequadas a pacientes cujo estado clínico particular exige uma medicação que foge à padronização. Segundo dados estatísticos do Conselho Federal de Farmácia, o Brasil apresenta um grande crescimento do setor farmacêutico desde o ano 2000. O DF apresenta o maior PIB per capita do Brasil e concentra 93,16% deste no segmento de serviços.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho tem por objetivo avaliar o setor farmacêutico de varejo no DF, nos aspectos de quantidade e densidade de farmácias por Região Administrativa, aberturas e fechamentos no período de 2000 a 2010 e o tipo de proprietário.
MÉTODOS:
Realizou-se uma avaliação da atual situação das Farmácias Magistrais no Brasil e apresentou-se aspectos geográficos e econômicos do Distrito Federal com base em análises de literaturas. Executou-se um Estudo Transversal Descritivo, do tipo Levantamento de Dados. As informações sobre o setor farmacêutico do Distrito Federal foram obtidas do Banco de Dados do sistema informatizado do CRF-DF. Para determinação da densidade de farmácias por habitantes foram utilizados Dados Populacionais do Censo de 2000 e 2010, realizado pelo IBGE. Para o ano de 2004 utilizou-se um Levantamento Populacional por Região Administrativa (RA), realizado pela Codeplan-DF.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O total de farmácias passou de 34 estabelecimentos em 2000 para 72 em 2010. Apenas 12 das 30 RAs possuem farmácias. As RAs com maior número de farmácias no DF são Brasília e Taguatinga com 44 e 11 farmácias, apresentando taxas de crescimento neste período de 76 e 83%, respectivamente. Os picos de abertura de farmácias ocorreram nos anos de 2004, 2007, 2008 e 2010, sendo maior no ano de 2008. A RA Brasília possui o maior número de farmácias em atividade e o maior número dessas lojas abertas durante o período, 20 farmácias. As taxas totais de abertura de farmácias para o DF foram maiores que as taxas de fechamento para o período analisado. Em Brasília no ano 2000 tínhamos 1 farmácia para cada 7.936 habitantes e, no ano de 2010, esta razão passou a 1/4.769; Ceilândia 1/344.039 em 2000 e 1/134.243 em 2010; Guará 1/115.385, 2000 e 1/142.833, 2010 e em Taguatinga 1 farmácia para cada 40.595 habitantes em 2000 e 1/32.823 em 2010.
CONCLUSÕES:
Na presente pesquisa verificou-se que na última década houve crescimento de 112% nas farmácias. Houve mais aberturas que fechamentos de farmácias. O número de farmácias é maior nas RAs de maior poder aquisitivo. Nas RAs de menor poder aquisitivo não há farmácias, podendo ser locais para instalação de novas lojas. Os estabelecimentos são em sua maioria de farmacêuticos.
Palavras-chave: Farmácias, Farmácia comunitária, Estudos transversais.