65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 1. Astronomia - 7. Astronomia
ASTRONOMIA DE BRINCADEIRA
Adriana de Oliveira Machado - Universidade do Estado do Amazonas
Jussara Coelho Gomes - Universidade do Estado do Amazonas
Gisele de Souza Mota - Universidade do Estado do Amazonas
Mateus Carlos Trindade Sarmento - Universidade do Estado do Amazonas
Jefferson Willian Tavares de Oliveira - Universidade do Estado do Amazonas
Nélio Martins da Silva Azevedo Sasaki - Universidade do Estado do Amazonas
INTRODUÇÃO:
Há tempos os estudantes do ensino fundamental tem visto conceitos de Astronomia na disciplina: Geografia. Normalmente, os professores se atêm ao livro didático enviado à escola. Em outras oportunidades, os professores da educação básica contam com salas de informática e assim, os alunos são convidados a fazerem pesquisas, sobre Astronomia, na internet.Neste trabalho, propõe-se a elaboração de materiais para-didáticos. Assim, a proposta é a imersão lúdica de conceitos de Astronomia. E como resultado, notou-se que os alunos assimilaram facilmente os conceitos trabalhados pelo professor. O sucesso de recursos para-didáticos refletiu no desempenho dos estudantes.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho é incentivar o uso de recursos paradidáticos com a finalidade de se reforçar conceitos de Astronomia. O público alvo são alunos do ensino fundamental I e II.
MÉTODOS:
Utilizaram-se brinquedos e brincadeiras infantis, em particular: ioiô, finca e baralho.
Os conceitos trabalhados foram rotação e trajetória. Utilizando o ioiô, a linha dele faria referencia à trajetória dos planetas, detalhe o movimento do ioiô ao longo da linha chama-se translação. Durante tal movimento o ioiô da voltas e voltas em torno de si próprio. Tal movimento é chamado de rotação. A estrutura interna do ioiô seria uma aproximação grosseira do "dínamo". Com a finca, os alunos fariam as constelações no pátio da escola. Vencendo aquele que concluir a constelação primeiro, sem erros. O detalhe é que os desenhos das constelações são de acordo com a mitologia Tupi-guarani e Asteca. Por fim, os alunos elaboraram um "baralho astronômico" onde as cartas representam os astros e os estudantes podem brincar de 21 e buraco.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os estudantes perceberam como é possível movimentos distintos acontecerem simultaneamente. Trabalhou-se a capacidade em memorizar as constelações e a habilidade de identificar constelações através de figuras simples. Por fim, com o uso do "baralho astronômico" trabalhou-se a ideia de hierarquia do Sistema Solar e do Universo. É interessante como os estudantes se mostraram mais motivados, e como a aquisição desses vários conceitos foi feita de maneira natural pelos alunos. Ao término das atividades, o relato dos estudantes foi unânime: "como é fácil e gostoso estudar astronomia." Na realidade, passou-se desapercebido pelos estudantes o fato de que as brincadeiras exigiram deles a unificação de todos os conceitos trabalhados em Geografia e Física, por exemplo.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que a inserção de conceitos de Astronomia através de brincadeiras e brinquedos que os alunos, do ensino fundamental I e II, já conheçam foi determinante para a assimilação clara e concisa de conceitos astronômicos não triviais. Para o sucesso deste trabalho, faz-se necessário registrar a importância na adição de Astronomia, como uma disciplina, para o estudante. Todo este trabalho foi realizado no contra-turno dos estudantes. Assim, a integração estudante-escola-conhecimento foi maior, cabendo ao professor de astronomia, fazer a ligação entre conceitos astronômicos e os conceitos trabalhados nas aulas convencionais. Muitas outras brincadeiras e brinquedos poderiam ser usados, nos atemos a esses por questão de espaço. Assim, a Astronomia parece brincadeira.
Palavras-chave: ENSINO DE ASTRONOMIA, MOVIMENTOS DOS PLANETAS, CONSTELAÇÕES E HIERARQUIAS.