65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Gestão e Administração - 9. Gestão e Administração
ANÁLISE S.W.O.T DOS TERMINAIS PORTUÁRIOS PONTA DA ESPERA E CUJUPE
Daniel da Silva Barros - Universidade Federal do Maranhão
Daniela Castro Araújo - Universidade Federal do Maranhão
George Bruno Cardozo Santos - Universidade Estadual do Maranhão
Patricia Melo da Silva - Universidade Federal do Maranhão
Tayana Rossane Ribeiro Pereira - Universidade Federal do Maranhão
INTRODUÇÃO:
São 05(cinco) portos/terminais de médio e grande porte, que apresentam grande movimentação de carga e fluxo de pessoas: o Porto do Itaqui, o Terminal da Ponta da Espera, o Porto Grande, o Porto da Alumar e o Terminal da Ponta da Madeira, administrado pela Vale. Todos possuem grande importância para o desenvolvimento sócio-econômico do Estado do Maranhão. O foco do estudo concentra-se nos terminais portuários Ponta de Espera e Cujupe. A empresa responsável pela administração de cada um desses terminais hidroviários é a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP). O terminal de Ponta da Espera está localizado na Avenida dos Portugueses s/n no Itaqui em São Luís do Maranhão. Nesse terminal partem ferry-boats para Cujupe, localizado entre as cidades de Bequimão e Alcântara. O terminal da Ponta da Espera e o de Cujupe são os únicos terminais hidroviários que transportam passageiros, Apesar de já trabalharem com a questão do transporte de pessoas, há muitos aspectos que necessitam de melhorias, como a infraestrutura, disponibilizar acessibilidade para deficientes, mais sinalização tanto urbana quanto turística, mais segurança dentro das instalações do terminal e das embarcações, etc.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Esta pesquisa objetivou realizar uma análise S.W.O.T dos terminais portuários Ponta da Espera e Cujupe, com avaliação da infraestrutura, serviços e equipamentos existentes.
MÉTODOS:
Utilizou-se a pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, fazendo uso de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Os instrumentos para a coleta dos dados foram: observações in loco e aplicação de questionários com perguntas fechadas e abertas com usuários dos ferry-boats. Foi utilizada a matriz S.W.O.T para a analise dos terminais, onde foram identificados os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças quanto ao uso dos terminais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O terminal do Cujupe é o único terminal hidroviário que transporta passageiros de municípios próximos para São Luís via ferry-boat diariamente, além de possuir dois pontos de desembarque a serem utilizados (um quando a maré estiver e outro quando estiver cheia) e possuir estacionamento que atende as necessidades dos visitantes e usuários do Terminal. Apesar destes pontos fortes, possui a ausência de posto de informações turísticas, o acesso para pessoas com mobilidade reduzida é precário, faltam serviços de primeiros socorros e ambulatório, assim como no terminal da Ponta da Espera, e há dificuldade em identificar funcionários do Terminal devido à descaracterização do fardamento por parte destes, fator também identificado no outro terminal. Há a Comercialização de alimentos e bebidas por parte de vendedores ambulantes, o que se torna uma ameaça, pois há uma redução no número de vendas de lanches e refeições nos boxes do Terminal. No terminal da Ponta da Espera se identificou a ausência de posto de informações turísticas e os telefones públicos não funcionam. Em contraste com estes aspectos, observou-se uma forte divulgação e a presença de lixeiras para coleta seletiva do lixo, além de haver sinal para todas as operadoras de celular.
CONCLUSÕES:
O Terminal Ponta da Espera transporta pessoas e cargas, por isso as questões de higiene e segurança são imprescindíveis. Foram encontradas várias falhas como a falta de um posto de informação para turistas e a ausência de uniformização dos funcionários, e não foi observado nenhum posto médico ou ambulância para atendimento de emergência. Observou-se, contudo, que a quantidade de salva-vidas era suficiente para a quantidade de passageiros. A higiene do ferry-boat ficou a desejar, principalmente dos banheiros. O terminal de Cujupe também apresentou muitas debilidades na infraestrutura que precisam ser melhoradas, como, por exemplo, a área de espera que deveria possuir cadeiras mais confortáveis. Falta higiene, uma organização maior por parte dos ambulantes que usam o espaço destinado ao estacionamento e os carros ficam sem lugar para estacionar, entre outros fatores. Para resolver estes problemas é necessário a existência de ações que busquem a capacitação dos funcionários dos terminais, a implantação de sinalização urbana e turística, a implantação de um posto de primeiros socorros, e uma reforma na infraestrutura física para melhor atender aos usuários.
Palavras-chave: Diagnóstico, São Luís, Transporte Hidroviário.