65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
CRESCIMENTO DE MUDAS DE REPOLHO EM SUBSTRATOS A BASE DE HÚMUS
Luiz Leonardo Ferreira - Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - UFERSA
Antonio Ewerton da Silva Almeida - Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água - UFERSA
Francisco Araújo da Silva Júnior - Depto. de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Igor Mendonça Viana - Depto. de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Maria Clara Correia Dias - Depto. de Agrotecnologia e Ciências Sociais - UFERSA
Vania Christina Nascimento Por - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Ciências Ambientais e Tecnológicas - UFERSA
INTRODUÇÃO:
Mediante o crescente mercado de produção de hortaliças orgânicas, o estudo de compostos orgânicos como componentes de substratos para produção de mudas de hortaliças vem ganhando importância. Dentre estes, destaca-se a utilização de vermicomposto que é o excremento da minhoca, rico em matéria orgânica coloidal e sais minerais facilmente assimiláveis pelas plantas.
Para Oliveira e Panno (2011), uma muda bem formada resultará em uma maior produtividade, onde a escolha do substrato é de fundamental importância no sistema produtivo. No mercado consumidor de hortaliças, destaca-se o grupo botânico das brassicácea em especial o repolho (Brassica oleracea var. capitata) por ser mundialmente a de maior importância econômica, sendo no Brasil, a brássica mais consumida (OLIVEIRA e PANNO, 2011).
Visando avaliar a formação de mudas de repolho em substratos a base de húmus com diferentes teores de vermiculita, Oliveira e Panno (2011) verificaram que à combinação de substratos, formulado com húmus de esterco bovino e vermiculita a 10% apresentou o melhor resultado na formação de mudas de repolho.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Diante do exposto, objetivou-se com o trabalho avaliar o processo de crescimento de mudas de repolho sob vermicomposto, em sistema de produção de base ecológica.
MÉTODOS:
O trabalho foi desenvolvido entre os meses de outubro a novembro de 2012 na propriedade rural Hortvida, a qual possui o selo de certificação pelo Organismo Internacional Agropecuária – OIA, localizada no município de Governador Dix-sept Rosado – RN.
Coletaram-se amostras dos vermicompostos a base de esterco bovino e esterco de pequenos ruminantes (caprino e ovino) e da água de irrigação para a determinação dos atributos químicos. A semeadura ocorreu em bandejas de polipropileno com 200 células (ENSINAS et al., 2011).
Decorridos 25 dias após a semeadura, as seguintes características foram avaliadas: número de folhas por planta (unid.) e altura de plântula (cm) (BENICASA, 2004). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com 11 tratamentos, correspondentes aos substratos a base de esterco bovino - EBO e esterco de pequenos ruminantes (caprino e ovino) - EPR em diferentes proporções. As variáveis foram submetidas à análise de variância, a comparação de médias foi feita pelo teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade. As mesmas foram realizadas com o auxílio do programa SISVAR (FERREIRA, 2000).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O tratamento 10EBO+90EPR apresentou a menor média na variável número de folhas definitivas com 2,160 folhas planta-1. Duarte et al. (2003) estudando o efeito de substratos a base de vermicomposto na produção de mudas de repolho verificaram valores de 2,58 a 2,73 folhas planta-1. Resultado superior foi encontrado em Santos et al. (2008) ao avaliar a eficiência de fertilizantes de baixa solubilidade no desenvolvimento de mudas de repolho constatando valores médios equivalente a 4,14 folhas planta-1.
Na peculiaridade altura de planta, o tratamento 100EBO tendenciou ao maior valor, com média de 10,842 cm, no entanto, não diferiu estatisticamente dos tratamentos 20EBO+80EPR (9,927 cm), 30EBO+70EPR (10,177 cm), 80EBO+20EPR (10,185 cm) e 90EBO+10EPR (10,302 cm). Resultados inferiores foram encontrados em Duarte et al. (2003) ao testar substrato com dose de 30% húmus em mudas de repolho verificando média de 6,48 cm, e em Santos et al. (2008) ao constatarem valores máximos de 4,42 cm. De forma unânime, o tratamento 10EBO+90EPR apresentou a menor média com 5,862 cm, valores semelhantes foram verificados em 60EBO+40EPR (6,985 cm) e 100EPR (7,510 cm). Ensinas et al. (2011) trabalharam com doses de húmus, verificaram 6,57 cm para altura de plântulas de rúcula no substrato húmico.
CONCLUSÕES:
Os vermicompostos que foram compostos em sua maior proporção por esterco bovino, proporcionaram as maiores médias para o número de folha e altura de plântula de repolho.
Palavras-chave: Brassica oleracea, Húmus, Vermicompostagem.