65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
PREVALÊNCIA DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS
Christiano Vieira da Silva - Faculdade de Minas - Faminas
Bárbara Frossard Garcês - Faculdade de Minas - Faminas
Rafael Gonzalez de Oliveira - Faculdade de Minas - Faminas
Eustáquio Luiz Paiva Oliveira - Faculdade de Minas - Faminas
INTRODUÇÃO:
Atualmente sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho destacam-se como um dos maiores problemas de saúde pública. É comum a existência de doenças do sistema osteomuscular em docentes, constituindo-se numa das principais causas de afastamento das atividades pedagógicas. Inúmeros fatores contribuem para o surgimento de sintomas osteomusculares e o comprometimento da qualidade de vida desses trabalhadores, incluindo a carga excessiva de trabalho em dupla jornada ou em atividades extra classe.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Tendo em vista o crescente aumento no número de doenças ocupacionais e para contribuir com as investigações acerca deste problema delineou-se este estudo com objetivo de analisar a prevalência de sintomas osteomusculares em professores de escolas públicas
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado em escolas públicas de dois municípios da Zona da Mata Mineira. Compuseram a amostra professores da rede pública de ensino que aceitaram participar da pesquisa assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Para análise das variáveis sócio-demográficas utilizou-se um instrumento semi-estruturado e para avaliar os sintomas osteomusculares o Questionário Nórdico, um instrumento auto aplicável de fácil compreensão, traduzido e validado para a língua portuguesa. Para análise estatística utilizamos o software GraphPad Prism™ (GraphPad Software Inc. San Diego, CA).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Dos 49 docentes que compuseram a amostra a média de idade total foi de 40,2 (± 1,5) anos sendo 85,7% do sexo feminino. Das variáveis sócio-demográficas analisadas apenas altura apresentou diferenças significativas entre os grupos (p=0,04). A média da idade e a alta prevalência de indivíduos do sexo feminino são consistentes com estudos prévios. Ambos os docentes do grupo 1 e 2 apresentaram baixa prevalência de sintomas osteomusculares (< 40%) nas diversas regiões anatômicas analisadas tanto nos últimos 7 dias quanto nos últimos 12 meses. Contudo, maiores índices de sintomas foram observados nos indivíduos do grupo 1 com consequente afastamento de suas atividades normais. Ao estratificar por gênero e por faixa etária também observamos baixos níveis de sintomas osteomusculares (< 40%). Os resultados encontrados nesse trabalho são contraditórios aos descritos na literatura onde a prevalência de sintomas nesta população são elevados.
CONCLUSÕES:
A amostra apresentou baixa prevalência de sintomas osteomusculares nesses professores. Porém a preocupação com esses sintomas nos profissionais dessa área é de grande importância para a saúde da educação brasileira. Novos estudos relativos às condições ergonômicas das escolas, questões posturais próprias, poderiam elucidar com maior clareza os resultados obtidos nesse estudo.
Palavras-chave: Sintomas Osteomusculares, Professores, Questionário Nórdico.