65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 1. Físico-Química
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL PARCIAL DE DUAS VARIEDADES DA GOIABA COMERCIALIZADA EM SÃO LUIS – MA
Érico Araujo Mendes - Departamento de Tecnologia Química – UFMA
Denise Machado Lima - Departamento de Tecnologia Química – UFMA
Bruno Macedo Bezerra - Departamento de Tecnologia Química – UFMA
Professor Doutor / Orientador - Nestor Everton Mendes Filho - Departamento de Tecnologia Química – UFMA
INTRODUÇÃO:
A goiabeira pertence ao gênero Psidium guajava L. Segundo Legrand&Klein, 2006 apud PIEDADE, 2007 é palavra de origem grega, e provém do verbo psiein (esmagar, triturar, moer). Origem na América Tropical, cultivada no Brasil e em vários países, a goiabeira adapta-se a diferentes condições climáticas e de solo, com uma polpa com elevada capacidade industrial que permite o seu múltiplo aproveitamento. O sabor e o valor nutritivo da goiaba podem variar de acordo com a variedade. Contudo, é considerada uma das mais completas e equilibradas frutas, no que diz respeito ao valor nutritivo (PIEDADE, 2007).
A goiaba se destaca entre as frutas tropicais, por sua excelente qualidade, alto valor nutricional, grande fonte de vitamina C, A, e B, açúcares, além de bons teores de fósforo, ferro e cálcio, excelentes propriedades organolépticas, possui sabor e aroma característicos; alta digestibilidade e alto rendimento por hectare. A goiaba vermelha é benéfica na redução do colesterol e da pressão sanguínea, isso porque a fruta é rica em Licopeno e em fibras solúveis. A goiaba branca é utilizada contra o bruxismo (ranger os dentes durante o sono) e mal de Parkinson, em forma de suco (sem adoçar) ou ao natural, podendo tomar dois copos por dia do suco da fruta. (JACOMINO et al., 2003).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Pesquisar sobre o valor nutricional da goiaba comercializada em São Luis, mediante resultados de análises de parâmetros físico-químicos (umidade, cinzas e valor energético), macronutrientes (lipídios, proteínas e carboidratos) e nutrientes minerais (Na, K, Ca, Mg, Fe e P), e estabelecer comparações com dados da literatura e especificados por legislação vigente nas amostras da fruta em estdo
MÉTODOS:
A metodologia constatou de trabalho de campo (coleta de frutos/compra do fruto) e laboratório. As análises para foram realizadas no Laboratório de análises físico-químicas do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água da Universidade Federal do Maranhão – (PCQA – UFMA). Equipamentos necessários: Aparelho extrator de Soxhlet, Destilador de Nitrogênio, Balança Analítica, Forno Mufla e Estufa de Secagem.
Materiais e vidrarias utilizados: cápsulas e cadinhos de porcelana, dessecadores, erlenmeyers, buretas, béqueres, bastões, condensadores para refluxo, chapa aquecedora, garras, papel para pesagem (isento de nitrogênio), pêras, pinça (tesoura), pipetas volumétricas e graduadas, pissetas, mangueiras de borracha, luvas, algodão desengordurado, suporte universal, tubos de ensaios.
Reagentes e soluções utilizados: ácido sulfúrico concentrado (H2SO4), ácido clorídrico concentrado (HCL P.A), hexano (C6H14 P.A), selênio (Se), sulfato de potássio (K2SO4), hidróxido de amônio (NH4OH), solução de hidróxido de sódio a 40%, solução de hidróxido de sódio (0,02 mol L-1), solução de ácido clorídrico (0,02 mol L-1), solução padrão de ferro, solução padrão de cálcio e solução padrão de sódio, indicadores: vermelho de metila a 1%, azul de metileno a 1%, fenolftaleína a 1%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os valores encontrados para as espécies de mesmo gênero Psidium guajava L (goiaba polpa branca e goiaba polpa vermelha) respectivamente: umidade (80,48%) e (84,92%), cinzas (0,48%) e (0,59%), lipídios (0,49%) e (0,37%), proteína (1,33%) e (1,71%), carboidrato (17,21%) e (12,39%), valor energético (78,58 kcal/100g) e (59,78 kcal/100g), além de sais minerais como potássio, fósforo, cálcio, sódio, magnésio e outros em menor quantidade.
Os nutrientes minerais revelaram teores menores que os teores encontrados na literatura. O nutriente sódio obteve o valor mais comprometido, isso por que a referência mostra valores realizados com a matéria seca, e outras apenas não mostram os valores. Algumas tabelas como TACO e USDA, mostram valores de potássio bem maiores do que os valores encontrados neste trabalho, isso se deve ao fato das análises serem realizadas utilizando a fruta por inteiro, diferente desse trabalho que utilizamos apenas a polpa da fruta. Os teores de ferro, fósforo e magnésio, apesar de baixos com relação aos valores de referência, são considerados valores normais.
CONCLUSÕES:
O presente trabalho proporcionou uma avaliação nutricional parcial da polpa da goiaba in natura, procedentes da cidade de São Luis. A composição nutricional, segundo a tabela USDA, é composto de 3 grupos: os macrocomponentes, os nutrientes minerais e as vitaminas.
Os minerais revelaram teores menores que os da literatura, ferro, fósforo e magnésio, apesar de baixos com relação aos valores de referência, são considerados valores normais. O nutriente sódio obteve o valor mais comprometido, pois a referência mostra valores realizados com a matéria seca, e outras apenas não mostram os valores. Os valores de potássio desse trabalho foram bem menores que os de referência, isso se deve ao fato das análises serem realizadas utilizando a fruta por inteiro, diferente desse trabalho onde utilizamos apenas a polpa da fruta. Com relação aos macronutrientes (cinzas, lipídios, proteínas, carboidratos), todos os parâmetros analisados se encontraram em teores normais e satisfatórios, muito próximos aos valores de referência.
Em uma fruta, os valores por 100 g de porção comestível variam porque fatores como, época do ano, irrigação, preparo, conservação do solo, plantio, contribuem para que as variedades desses frutos revelem valores às vezes muito diferentes quanto aos teores desses nutrientes.
Palavras-chave: Goiaba, Psidium guajava, Físico-química.