65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 8. Mineralogia e Petrologia
ESTUDO DA PETROLOGIA DA FOLHA SB.22.Z-B (XAMBIOÁ)
Jandessa Silva de Jesus - Discente da Faculdade de Geologia - UFPA - Marabá
INTRODUÇÃO:
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a petrologia da Folha SB.22.Z-B (Xambioá) e a correlações dessas com as respectivas formações inseridas na mesma. A pesquisa teve como principal referencial teórico o Projeto Radar Amazônia (RADAM). A Folha Xambioá está inserida no Cráton Amazônico que inclui os Cinturões Itacaiúnas e Araguaia, correspondentes á Bacia Parnaíba e a Faixa Araguaia. A região estudada pertence à microrregião de Araguaína, norte/noroeste do Estado do Tocantins, Região Norte do Brasil. Localizado na coordenada 48º 32º 09,60'' Longitude - 6º 24º 39,60'' Latitude. O Cráton Amazônico forma o núcleo mais antigo do continente sul-americano, e é dividido pela bacia amazônica em duas partes, o escudo da Guiana ao Norte e o escudo Guaporé (ou escudo brasileiro central) ao sul. Os métodos da pesquisa se dividiram em duas fases: I) campo - descrição das rochas e II) pós-campo - revisão bibliográfica – interpretação e correlação com geologia local. A pesquisa toma importância no âmbito do ensino de geologia prática, no que tange a integração do conhecimento teórico-literário a concreta prática de campo de suma importância no campo das geociências.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Esta pesquisa objetivou descrever, identificar e correlacionar às descrições dos afloramentos rochosos as suas respectivas formações inseridas na folha de estudo – Xambioá: Cinturão Itacaiúnas, Faixa Araguaia e Bacia do Parnaíba a literatura disponível.
MÉTODOS:
A metodologia procedeu-se em 2 fases: que segue: I) Campo – Descrição: Em campo foram realizadas as descrições dos afloramentos naturais e cortes de estrada onde se coletou dados referentes às aspectos físicos, tais como: cor, dimensões, estruturas, mergulhos e orientações, identificação macroscópica de minerais, assim como as coordenadas geográficas de cada unidade - DATUM SAD 69 UTM. Foram coletadas algumas amostras rochosas para posterior analise macroscópica. II) Pós-campo: levantamento e análise bibliográfica da geologia local e regional, arcabouço tectônico e evolução geológica da Folha SB.22.Z-B (Xambioá) e após o levantamento realizou-se a interpretação e a correlação com a geologia local segundo Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil e Radam Brasil – Vol. 4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Dentre as oito unidades estudadas, sete apresentam rochas de superfícies irregulares onduladas, dados pelos minerais micáceos (muscovita – biotita – clorita) e quartzo, e rochas de grau intermediário como xistos, gnaisses e a até de grau alto como migmatitos, correlacionando, temos, a similaridade com a Faixa Araguaia que segundo o Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil: O elemento estrutural mais expressivo é a foliação que, dependendo da natureza das litologias e da intensidade da deformação, é expressa por: xistosidade, foliação milonítica ou foliação de transposição. A foliação impressa nos micaxistos da Formação Xambioá, mostra, microscopicamente, superfícies onduladas irregularmente, dadas pelos minerais micáceos e quartzo. Somente uma unidade (unidade XVII) corresponde a Bacia do Parnaíba, destaca-se no setor central e setentrional da Província Tocantins como uma unidade geotectônica por apresentar cobertura laterítica, rochas de solo roxo metassedimentar e derrame basálticos. A unidade estudada foi possível observar derrames balsáticos (Formação Mosquito) em arenitos (Formação Sambaíba). O basalto de cor marrom-arroxeado, estrutura maciça e estruturas amigdaloidais. Todas as descrições e interpretações foram associadas com sucesso as suas respectivas formações.
CONCLUSÕES:
A variedade composicional das rochas descritas, principalmente no que se refere às rochas metamórficas, e a diferença da intensidade de metamorfismo entre os afloramentos descritos, as estruturas, falhas, fraturas, identificação de veios e minerais, assim como o afloramento de derrame de basalto visitado, da Formação Mosquito, com amígdalas de caulim em contato com rochas sedimentares da Formação Sambaíba permitiu-nos dimensionar a magnitude do tempo e a evolução das formações: Cráton Amazônico, da Faixa Araguaia-Tocantins e da Bacia do Parnaíba inseridas da Folha Xambioá. A prática de campo ampliou os horizontes dos conceitos básicos da geologia, permitiu ainda o levantamento bibliográfico e correlacionamento dos dados da pesquisa aos estudos já realizados, resultando assim em estudos com fundamentos teóricos consolidados ou em construção.
Palavras-chave: Cinturão Itacaiúnas, Faixa Araguaia, Bacia do Parnaíba..