65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA ESTRATÉGIA AO COMBATE A DENGUE
Thaynná Lúbnna Costa de Jesus - Licenciatura em Química – IFG Câmpus Inhumas.
Gustavo Henrique da Conceição Gomes - Licenciatura em Química – IFG Câmpus Inhumas
Maria Socorro Duarte da Silva Couto - Profa. Dra. /Orientadora - Depto. de Áreas Acadêmicas – IFG Câmpus Inhumas
Lorenna Silva Oliveira Costa - Profa. Ms. /Co-orientadora – Depto. de Áreas Acadêmicas – IFG Câmpus Inhumas
INTRODUÇÃO:
A discussão sobre Educação Ambiental (EA) é pertinente para trabalharmos questões que envolvem o combate de doenças, como a dengue. Esse trabalho requer a participação de todos, bem como de estratégias interdisciplinares para amenizá-la.
Assim, desenvolvemos um trabalho de prevenção da dengue numa comunidade local, que procurou associar à sustentabilidade socioambiental para a formação do sujeito, com o intuito de construir o futuro sustentável.
Jacobi (2004) defende que a educação voltada à cidadania possibilita a motivação e sensibilização das pessoas para a transformação em relação à qualidade de vida. Logo, a EA transforma os indivíduos, os corresponsabilizando em prol do desenvolvimento sustentável. As generalizações das práticas ambientais só ocorrem a partir do momento em que são inseridas no contexto de valores sociais.
Ao identificarmos o conhecimento prévio da população perante o tema, foi possível o desenvolvimento de concepções numa visão crítica e no âmbito socioeconômico, político e ambiental, os quais refletiram sobre a inter-relação entre os diversos fatores que interferem no desenvolvimento da EA.
Os resultados desse trabalho mostraram que EA é o melhor caminho para obter uma sociedade mais sustentável, que em particular contribuiu no combate a dengue.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Tendo em vista que a variável prevenção pode influenciar significativamente contra o avanço da dengue, esse trabalho visou abordar a Educação Ambiental como um método que auxilie ao processo de combate a dengue no bairro mais atingido com a doença no ano de 2010 no município de Inhumas.
MÉTODOS:
Realizamos um levantamento de dados na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) do município de Inhumas do número de caso de dengue, no período de janeiro a maio de 2010 (período considerado mais crítico a doença), constatamos que o bairro Parque São Jorge foi o que apresentou o maior número de casos, e nele verificamos a falta de estrutura (coleta de lixo, rede de esgoto, lotes baldios sujos, etc.) e conscientização ambiental da população.
Abordamos a EA com métodos que permitiu que abrangêssemos todos os públicos do bairro: infantil (palestra na creche), adolescente (palestras nas escolas), adulto (distribuição de panfletos educativos) e idoso (questionário e orientações domiciliares).
Foram feitas 33 visitas aleatórias em residências de moradores mais idosos, nas quais aplicamos um questionário, com perguntas objetivas sobre a dengue. Nas residências daqueles idosos onde foram constatadas irregularidades, que propiciavam a água parada, foram dadas as devidas orientações de cuidados com o meio ambiente.
Por fim, foi feito um segundo levantamento de dados na Funasa no período de janeiro a maio de 2012, após o trabalho de EA, que foi comparado e analisado estatisticamente com o de 2010. Nas análises foram construídos gráficos e tabelas usando o programa R.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Nas palestras, observamos que as crianças ficaram interessadas pelo assunto, enquanto os jovens não demonstraram tanto interesse. Além disso, temos que considerar que o processo de Educação Ambiental deve ocorrer continuamente sem que haja ruptura, fazendo necessário que novas estratégias sejam utilizadas como mecanismo que desperte o interesse das pessoas.
Já nas visitas domiciliares, verificamos a realidade local por meio de questionário/entrevista e das próprias visitas em si. E percebemos que em muitos casos, as respostas do questionário não eram condizentes com o que era observado. Por exemplo, na pergunta que relacionava se os moradores tomavam atitudes para a prevenção da dengue, em torno de 92% responderam que sim, entretanto, notamos que em diversas casas dos que afirmaram “sim” havia lixo e água acumulada no quintal.
Ressaltamos que alguns moradores demonstraram desinteresse sobre o assunto, justificando que como nunca tiveram dengue, acreditavam que não haveria, então, a necessidade de prevenir. Para esses, explicamos a importância da prevenção, de modo a auxiliar no bem estar coletivo.
Por fim, constamos que no período de janeiro a maio de 2012 não ocorreu nenhum caso de dengue confirmado, e que isso se deve, em parte, ao trabalho de EA.
CONCLUSÕES:
Esse trabalho confirma que o aumento do nível de conscientização ambiental está relacionado tanto na redução do número de casos de dengue, quanto na preservação do meio ambiente e na qualidade de vida. A metodologia adotada possibilitou que a transmissão de informações fosse significativa para o desenvolvimento da conscientização da prevenção da dengue na comunidade estudada.
Portanto, para que ocorra a interação entre indivíduos e meio ambiente é necessário educar e ser educado. Logo, a Educação Ambiental é essencial para gerar reflexão e consequentemente conscientização, para assim minimizar os impactos ambientais.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Dengue, Conscientização.