65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
PERCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO ESCOLAR PELOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO DE BREVES/PA
Rozelma Gomes Brito - Fac. de Pedagogia e Ciencias Humanas - Breves -UFPA
Arlete Marinho Gonçalves - Profa. M.Sc. Orientadora - Fac. de Pedagogia e Ciencias Humanas - Breves -UFPA
Ana Rita Tenório Pinheiro - Fac. de Pedagogia e Ciencias Humanas - Breves -UFPA
Antonia Iracélia Da Costa Torres - Fac. de Pedagogia e Ciencias Humanas - Breves -UFPA
Adriana de Almeida Sanches - Fac. de Pedagogia e Ciencias Humanas - Breves -UFPA
Helena Brasil Rebelo - Fac. de Pedagogia e Ciencias Humanas - Breves -UFPA
INTRODUÇÃO:
Esta pesquisa teve como objetivo analisar os resultados obtidos na pesquisa sobre as percepções de avaliação escolar pelos professores de Breves/PA. Se deu durante a disciplina “Avaliação Educacional” do Curso de Pedagogia da UFPA do Campus Universitário do Marajó – Breves. Após feito as discussões e debates feitas em sala de aula acerca dos tipos de avaliação ecolar que vem se dando na historicidade da educação brasileira, a orientadora da disciplina finalizou com uma pesquisa de campo realizada pelos alunos de pedagogia junto aos professores e professoras atuantes no Ensino Fundamental da rede pública de ensino da cidade de Breves/PA para que pudéssemos identificar as concepções ou percepções que os professores obtinham acerca da avaliação escolar. A pesquisa teve como foco a identificação do perfil dos professores e das palavras evocados por eles acerca das avaliações: classificatória/somativa ou formativo/qualitativa.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar as percepções de avaliação escolar a partir dos olhar dos professores do Ensino Fundamental do município de Breves/PA.
MÉTODOS:
Os dados foram levantados através de uma pesquisa de campo do tipo quantitativa. A metodologia envolveu um grupo de 14 professores que trabalham no Ensino Fundamental da rede pública de Breves/PA, desses 71% corresponde do gênero feminino e apenas 29% do gênero masculino. Em relação à idade dos professores investigados percebemos que a maioria deles tem idade menor que 35 anos, sendo 43% com idade entre 18 e 25, outros 43% com idade entre 26 e 35 e 14% foram professores com idade maior de 35 anos. A escolaridade dos professores pesquisados corresponde à graduação inicial, totalizando um percentual de 71,42%; com graduação 7,14%; com especialização 21,42%. Quanto ao tempo de serviço 57% possuem de um a cinco anos; 29%; dos professores de seis a dez; 14% os que já trabalham entre dez a quinze anos. Foram utilizados questionários fechados e a técnica da associação livre de palavras com a palavra indutora: “Avaliação escolar”. Para a análise dos dados coletados foram representados os resultados através de tabelas e gráficos estatísticos com o perfil dos professores (as) e em seguida com um quadro representativo sobre as percepções dos professores sobre avaliação escolar, contendo as categorias de avaliação, classificatória/somativa e formativo/qualitativa formadas somente com as palavras mais frequentes e mais importantes por eles citados de acordo com os 14 questionários, totalizando um total de 28 palavras.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A concepção de avaliação classificatória e seletiva ainda se faz presente entre os professores quando pensam em palavras fazendo associação com avaliação escolar, tais como: prova e conceitos. A prova reafirma a grande relevância que lhe é dada ainda nas escolas, o qual o aluno é submetido e classificado através de conceitos ou notas, criados e estabelecidos pela escola ou pelo próprio professor (ra), que não condiz na maioria das vezes com o seu nível real de aprendizagem.Porém, foi possível evidenciar que a maior frequência das palavras se enquadraram na categoria de avaliação formativo/qualitativa/emancipatória, demonstrando que apesar da existência da avaliação tradicional e positivista nas escolas, os professores e professoras estão repensando suas práticas e percebendo a necessidade de mudança na relação professor-aluno. As palavras mais frequentes e importantes foram: percepção, desenvolvimento, conteúdo, interesse, responsabilidade, ensinar, essencial, diagnóstico, aprendizagem, método, observação, conversa, alunos e trabalho. Significa que antes de qualquer ação é necessário conhecer o aluno a partir de um diagnóstico realizado a partir de observações e conversar direta com o aluno para que na sequencia o professor possa pensar em práticas e métodos diferenciadas para atender o tempo de aprendizagem do aluno, o que provocaria interesse e responsabilidade pelo aluno e professor. Contudo,ações de cunho qualitativo/formativo/emancipatório dá trabalho, mas é essencial.
CONCLUSÕES:
Vimos que nas palavras dos docentes, a percepção dos professores sobre avaliação escolar prevaleceu a avaliação qualitativa/emancipatória/formativa de educação. A percepção pelo professor do conteúdo apropriado pelo aluno é fundamental. Essa característica é típica da diagnose que é essencial pra que haja o desenvolvimento do processo de aprendizagem em sala de aula. Essas ações podem ser feitas através da provocação do interesse pelo aprender e a responsabilidade conjunta na prática do ensinar, o que demonstra a necessidade do professor numa avaliação emancipatória antes de tudo conhecer o seu aluno e o seu grau de aprendizagem, que pode ser feito através de observação e conversa com os alunos e com colegas de trabalho, em busca de maneiras ou novos métodos colaborativos para a o avanço dos alunos que estão precisando ainda alcançar, e daqueles que já alcançaram e devem seguir em frente. Essa prática como afirma os professores dá mais trabalho, contudo é gratificante. Enfim, a avaliação não serve apenas para dar notas e rotular o aluno como aprovado ou reprovado, mas sim pode ter grande serventia na analise dos problemas educativos em nossas escolas, seguindo sempre o propósito de educar para uma sociedade mais igualitária e menos discriminatória.
Palavras-chave: Avaliação escolar, Professores, Percepção.