65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 11. Morfologia - 1. Anatomia Animal
ANÁLISE PRELIMINAR DE DIMORFISMO SEXUAL ATRAVÉS DA MORFOMETRIA CRANIANA EM Phyllostomus discolor (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE)
Ketsia Sabrina do Nascimento Marinho - Graduanda de Ciências Biológicas - UFPE
Maria Juliana Gomes Arandas - Laboratório de Biotecnologia e Fármacos - UFPE/CAV
Nivaldo Bernardo de Lima Junior - Graduando de Ciências Biológicas – UFPE
Fabricya Roberta da Silva - Graduanda de Ciências Biológicas - UFPE
Erivaldo Alves Antônio - Graduando de Ciências Biológicas - UFPE
Katharine Raquel Pereira dos Santos - Prof. Dra./Orientadora – Núcleo de Biologia – UFPE – CAV
INTRODUÇÃO:
Phyllostomus discolor é uma espécie de morcego pertencente a família Phyllostomidae que apresenta hábitos alimentares generalistas, tanto é que muitas vezes é descrito como onívoro. Apresenta-se distribuído de forma ampla na América do Sul e com relatos de ocorrência em todos os biomas brasileiros. No que diz respeito às informações morfométricas do crânio, verifica-se que, em morcegos, pode ocorrer variação entre o tamanho dessas medidas, dependendo do sexo, da espécie e da localidade que está sendo considerada. No estado de Pernambuco, as informações acerca dos caracteres cranianos para a espécie em questão permanecem escassas ou até mesmo ausentes.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Em vista desses aspectos, o objetivo do presente trabalho consiste em verificar a ocorrência de dimorfismo sexual, através do uso da morfometria craniana em P. discolor de áreas urbanas de Vitória de Santo Antão-PE.
MÉTODOS:
Para análise, foram considerados 14 espécimes adultos, sendo 7 machos e 7 fêmeas. Após a coleta e eutanásia dos animais, os mesmos tiveram seus respectivos crânios retirados, por meio da abertura bucal mediante pequenas incisões para promover o afastamento da pele. Na sequência, todos os crânios passaram por um processo de dissecação e para isso empregou-se o uso de larvas Dermestes (Coleóptera: Dermestidae). A fim de realizar as medidas morfométricas do crânio, utilizou-se o paquímetro digital que considerou e analisou as seguintes medidas: Comprimento total do crânio (CT); comprimento côndilo-basal (CB); comprimento do palato (CPT); Comprimento da mandíbula (CM); largura pós-orbitária (LP); largura zigomática (LZ); largura da caixa craniana (LCX); largura do mastóide (LMT) e Largura mastoidea (LM). Para avaliar as diferenças morfométricas entre machos e fêmeas foi utilizado o teste t a 5% de significância (SAS, versão 1999).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados indicaram que não houve diferenças significativas para as variáveis analisadas, porém os machos apresentaram as maiores médias para as seguintes variáveis (CT) (30.40 + 0.43), (CB) (29.85 + 0.77), (CM) (19.96 + 0.26), (LP) (6.54 + 0.28), (LZ) (15.71 + 0.65), (LCX) (12.02 + 0.22), (LMT) (15.05+ 0.30), quando comparado as fêmeas (CT) (29.98+ 0.25), (CB) (29.03+ 0.30), (CM) (19.60 + 0.24), (LP) (6.35 + 0.16), (LZ) (15.09 + 0.60), (LCX) (11.87 + 0.40), e(LMT) (14.53 + 0.43). Apenas para uma variável (CPT) (13.57+ 0.58) as fêmeas apresentaram média superior a dos machos (CPT) (13.38 + 0.32).
CONCLUSÕES:
Em vista dos resultados apresentados, no presente estudo, fica evidente a não ocorrência de dimorfismo sexual em P. discolor de áreas urbanas de Vitória de Santo Antão - PE. Por outro lado, vale destacar que a literatura relata, para essa espécie, a existência de dimorfismo sexual significativo na região sul, sudoeste de São Paulo e nordeste do Brasil, com a ocorrência de machos maiores que as fêmeas.
Palavras-chave: Morcego, Morfometria craniana, Área urbana.