65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
FITOTERAPIA COMO RECURSO DIDÁTICO E ESTÍMULO A QUALIDADE DE VIDA NA ESCOLA ESTADUAL SÃO SEBASTIÃO EM CAMPINA GRANDE-PB
Jordean da Silva - Depto.de Ciências Biológicas – UEPB
INTRODUÇÃO:
A educação transformadora surge em um meio social propício ao desenvolvimento de indivíduos capazes de se adaptar as condições sócio-culturais. Tal processo nem sempre é ágil e fácil. Um dos maiores desafios dos professores é tentar garantir, ao diversificado público das escolas, a existência do desenvolvimento educacional eficiente, valorizando os conhecimentos regionais de cada localidade; Condicionando o indivíduo a se posicionar no meio ambiente, melhorando a qualidade de vida e o desenvolvimento dos envolvidos. Atualmente, a necessidade de relacionar o aprendizado à prática é um grande desafio educacional, pois esta pratica configura elemento essência a formação das atuais gerações. Oficinas que possibilitem a interação entre o objeto de estudo e a prática devem ser estimuladas. Os temas: Meio ambiente e Saúde são eixos transversais de ensino, devendo ser desenvolvidos de todas as formas viáveis. Ao longo do tempo o ser humano buscou na natureza recursos que melhorem sua condição de vida. Em todas as épocas e culturas, aprendemos a tirar proveito dos recursos naturais locais. Com o avanço tecnológico esse aproveitamento de recursos ocorre de forma inapropriada. É necessário ensinar as futuras gerações práticas de valorização e utilização adequada de recursos naturais.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Realizar oficinas de Fitoterapia, contextualizando temas de meio ambiente, conservação ambiental, saúde, hábitos e qualidade de vida, como ferramenta metodologica de ensino. Identificar a prática de utilização de fitoterápicos. Conscientizar os paricipantes quanto à importância da fitoterapia. Sensibilizar para o uso da fitoterapia como método mais saudável para prevenção e tratamento de doenças.
MÉTODOS:
Para constatação de dados iniciais, realizou-se entrevistas em forma de questionários, sondagem específica e sócio-cultural, com dicentes das séries 1º, 2º e 3º Ano do ensino médio – noite (EJA e REGULAR), totalizando oito turmas participantes, da E.E.E.F.M. São Sebastião – Campina Grande-PB. As entrevistas abordavam sobre: O conhecimento dos indivíduos sobre o tema; a prática de atividades fitoterápicas; o interesse pelo tema proposto. Alem da sondagem sócio-cultural.
Ocorreram aulas expositivas e dialógicas em cada turma, para apresentação do tema, com cerca de 45 minutos cada, requisito indispensável a oficina prática, utilizou-se datashow e slides. Após, ocorreu oficinas práticas com preparo de alguns fitoterápicos.
Após oficina, aplicou-se um questionário final, para coleta de dados finais para serem analisados e identificados as dificuldades e avanços dos participantes. Criação de ambiente virtual para postagens periódicas de elementos educacionais ligados ao tema (vídeos, experiências, esquemas, textos, diálogos e similares). A interação com o ambiente virtual objetivou induzir a freqüência de estudo do tema, autonomamente; Além de acumular relatos e postagens que serviram de acervo didático.
O trabalho foi desenvolvido no período de Agosto a Dezembro/2012.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A participação de 121 alunos, 45 do sexo masculino, 75 feminino e um não informado, indicou a diversidade do público.
Durante o questionário inicial explicou-se que, o mesmo, tratava de pesquisa para realização do referido trabalho, sendo opcional a participação e a identificação. Ocorrendo apenas um caso de não participação, sem motivos identificados.
Após realização do questionário inicial os participantes foram direcionados para ambiente onde ocorreu a apresentação do conteúdo prévio necessário a prática.
A oficina prática ocorreu de forma expositiva-dialógica, para que os participantes envolvidos pudessem se perceber como conhecedores, ou não, do tema apresentado, valorizando assim o conhecimento empírico. Foram preparados alguns fitoterápicos e explicado suas utilizações.
Finalizou-se a oficina pratica com o questionário final. Deste modo pôde-se perceber a evolução dos participantes e reunir acervo com relatos de fitoterápicos. A maioria relatou a utilização de chás de ervas, no entanto, a preparação e consumo de forma imprópria.
Criou-se finalmente ambientes virtuais, do site Facebook, para continuidade do estudo sobre o tema, para alunos que dispõem de acesso a internet, tal rede social é a mais utilizada pelos participantes, conforme identificado no questionário inicial.
CONCLUSÕES:
Os avanços obtidos através da Oficina vão além do conhecimento adquirido, implicam em benefícios à sociedade, que podem utilizar os recursos naturais para prevenir e tratar doenças.
Os indivíduos participantes puderam perceber a interação do tema com outros conteúdos, surgindo interesse por outros projetos, como: criação de uma “farmácia viva” na escola, aulas práticas de preparo de fitoterápicos e exposição de plantas fitoterápicas. Tais ideias foram registradas e dentro de possibilidades futuras serão planejadas e executadas.
A reflexão sobre a saúde e qualidade de vida foi importante para induzir nos participantes a necessidade de mudança hábitos. Considera-se também a importância do conhecimento científico para descaracterizar certos mitos sobre a utilização de alguns fitoterápicos, demonstrando aos participantes a necessidade de pesquisar e conhecer melhor as práticas cotidianas. A valorização do conhecimento empírico coloca os indivíduos como agentes desses saberes o que facilita a sensibilização e conscientização para mudança de atitudes.
Palavras-chave: Fitoterapia, Ensino-Aprendizagem, Qualidade de vida.