65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 4. Parasitologia Geral
OFICINAS SOBRE ANIMAIS PARASITAS NO ENSINO DE BIOLOGIA
Lidianne Maria da Silva - Graduanda de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRPE
Igor Salsa Alves da Silva - Graduando de Licenciatura em Ciências Biológicas - UFRPE
Monica Lopes Folena Araujo - Profa./Orientadora - Depto. de Educação - UFRPE
INTRODUÇÃO:
O ensino de Ciências e Biologia vêm abrangendo o ensino de Parasitologia de maneira deficitária. O mesmo encontra-se dividido em Ciências no ensino fundamental, tendo uma abordagem superficial dentro dos conteúdos Invertebrados e Protozoários; sendo um pouco reforçado em Biologia no ensino médio. Com isso, é relevante que invistamos em trabalhos diferenciados nas escolas, como oficinas pedagógicas, pois, a parasitologia também constitui uma prática de educação em saúde, sendo assim fundamental na manutenção de um ambiente saudável e no bem-estar do indivíduo. Segundo Ribeiro e Ferreira (2001), a oficina pedagógica cria situações de ensino-aprendizagem que facilitam a apropriação dos saberes e desenvolvimento da capacidade dos alunos, a partir de momentos prazerosos, diversificados e de caráter dinâmico. Para Mütschele e Gonsales Filho (1998), as oficinas pedagógicas têm como meta assessorar o professor em sua ação pedagógica, criar um ambiente de ação e reflexão e desenvolver práticas didáticas diversas que possibilitem aos estudantes a utilização de materiais simples no desenvolvimento de atividades lúdicas no ensino de ciências. Em relação aos animais parasitas é fundamental atividades como as oficinas para que os alunos possam relacionar esses animais com o seu cotidiano.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Propor uma oficina pedagógica sobre os animais parasitas, seus hospedeiros, e suas doenças com algumas medidas de tratamento, profilaxia e transmissão, para que os alunos possam reconstruir seus conhecimentos a cerca do assunto.
MÉTODOS:
A oficina, a qual teve o nome Vida de Hospedeiro, foi desenvolvida de outubro a novembro de 2012 em uma escola pública de Camaragibe-Pe, com alunos do 3º ano do ensino médio, nas quartas e sextas-feiras. Nas quartas-feiras a oficina era realizada na biblioteca da escola com intervenções teóricas, e nas sextas-feiras no laboratório de Ciências com as intervenções práticas. Inicialmente foi investigado o que os alunos esperavam da oficina em relação aos conteúdos trabalhados e as atividades que iriam desenvolver. A partir daí, pôde-se replanejar algumas atividades que teriam sido pensadas em serem desenvolvidas, tais como: construção de maquetes, cartazes e jogos. A ideia era que os estudantes atribuíssem um significado a sua vida sobre o que estava sendo trabalhado: os animais parasitas, seus hospedeiros e as doenças que estes causam ao homem com medidas de tratamento, profilaxia e transmissão. Os parasitas na oficina foram estudados por grupos, quais sejam: Trypanosoma cruzi, Entamoeba histolytica e Giardia intestinalis, que são os parasitas protozoários; Taenia e Schistosoma mansoni, que são os parasitas platelmintos; Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Necator americanus; que são os parasitas nematódeos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com a aplicação da oficina, percebeu-se à importância dessas atividades inovadoras aplicadas nas aulas de Biologia para o tema de animais parasitas. A construção e a utilização de material didático em oficinas pedagógicas são eficazes por vários aspectos, por atrair a curiosidade e a participação dos alunos pelo conteúdo e por instigar a renovação de seus conhecimentos e a compreensão e ligação desses animais em suas vidas. Como a aprendizagem é um processo interno do aluno como sujeito, o professor não consegue ensinar quando o aluno não quer aprender, mas o professor tem condições de mediar, facilitar e possibilitar a construção do conhecimento (Delizoicov; Angotti e Pernambuco, 2009).
Na oficina, nos momentos dos jogos didáticos, os alunos manifestaram grande desprendimento de conceitos anteriores sobre os animais parasitas. O uso do nome dos grupos tornou-se então comum em meio à comunicação entre eles, demonstrando a aprendizagem do tema Parasitologia.
CONCLUSÕES:
Atividades dinâmicas e contextualizadas no ensino de Ciências e Biologia em escolas públicas, são importantes e fundamentais, visto o envolvimento dos alunos nas atividades desenvolvidas na oficina. De acordo com Libâneo (2002), o professor, na sala de aula, deve utilizar os conteúdos da matéria para ajudar os alunos a desenvolverem competências e habilidades de observar a realidade, estabelecer relações entre um conhecimento e outro, adquirir métodos de raciocínio e ainda formar conceitos para lidar com eles no dia-a-dia de modo que sejam instrumentos mentais para aplicá-los em situações da vida prática. Para Krasilchik (2004) à medida que o aluno aprende a fazer relações entre os conceitos, sabe aplicar o conhecimento em situações novas ou diferentes, seja na sala de aula seja fora da escola, sabe explicar uma idéia com suas próprias palavras, pode-se dizer que houve uma aprendizagem de qualidade.
Palavras-chave: Lúdico, Interação, Bom rendimento.