65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
RESPOSTA DA CULTURA DA CANOLA À DENSIDADE DE PLANTAS E AO ESPAÇAMENTO NA ENTRELINHA
Adriel Carlos da Silva - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Vanessa Cristina Zamban - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Helder Victor Locks - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Jeferson Carlos Carvalho - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Rodrigo Campagnolo - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
João Edson Kaefer - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
INTRODUÇÃO:
A canola (Brassica napus L var oleífera) pertence à família das crucíferas e ao gênero Brassica. É uma oleaginosa de inverno desenvolvida a partir do melhoramento genético da colza, sendo seus derivados, como o óleo, apropriados para consumo humano e também excelente matéria prima para a produção de biodiesel. Atualmente detém o título de terceira oleaginosa mais produzida no mundo. O termo canola é um acrônimo de CANadian Oil Low Acid e foi adotado como padrão para indicar baixos teores de ácido erúcico (menos de 2% do total de ácidos graxos) e glucosinolatos (menos de 30 μmol g-1 de farelo seco e desengordurado. A canola produzida no Brasil é constituída de 24 a 27% de proteína e de 34 a 40% de óleo no grão. A cultura da canola é muito versátil quanto a sua densidade populacional, pois plantas individuais podem mudar o número e o tamanho dos ramos e síliquas em resposta à disposição de umidade, luz e nutrientes, com muito pouco efeito sobre a produtividade final. Entretanto, não existe uma informação concisa para a região oeste do Paraná, o que reveste de maior importância a condução de novos trabalhos para avaliar e dispor aos produtores melhores tecnologias de produção, tanto em relação à densidade de plantas quanto ao espaçamento na entrelinha.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar a resposta da canola à densidade de plantas e ao espaçamento nas entrelinhas da cultura.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido na unidade experimental da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, localizado em Toledo/PR, no ano agrícola de 2011. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, em esquema fatorial 4x3 com quatro densidades de plantas (20; 40; 60; 80 plantas por m2) e três espaçamentos na entrelinha da cultura (17, 34 e 51 cm). Foram avaliados o diâmetro basal de plantas, altura de planta, massa seca total, massa seca de caule+pecíolo, massa seca de folha, área foliar, massa de grãos por síliqua, massa por síliqua, massa de síliquas por planta, massa de mil grãos, produtividade, teor de proteína e teor de óleo nos grãos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Para o espaçamento na entrelinha, o tratamento de 51cm apresentou os melhores resultados nas variáveis diâmetro basal, altura de planta, massa seca total, massa de síliquas por planta, produtividade e proteína. Para a densidade populacional observou-se que as variáveis massa de síliquas por planta, diâmetro basal, área foliar e massa seca de folhas, obtiveram os melhores resultados na densidade de 20 plantas por m2. As variáveis produtividade e proteína não diferiram estatisticamente em resposta a densidade de plantas bem como apresentado por (SHAHIN E VALIOLLAH, 2009) e (McCAFFERY, 2011). A melhor produtividade foi observada na entrelinha com 51cm de espaçamento, diferindo dos valores encontrados por Shahin e Valiollah (2009) e Cheema et al. (2001), apresentando os melhores resultados em 12 e 30cm respectivamente, sendo as melhores produtividades observadas conforme se diminui o espaçamento na entrelinha. O teor de óleo na massa de grãos não apresentou resposta diferenciada a nenhum tratamento, tanto na densidade de plantas quanto no espaçamento entrelinhas, Potter et al. (1999), relatou que o teor de óleo não foi afetado nem pelo espaçamento de linha nem densidade de plantas.
CONCLUSÕES:
O trabalho identificou como sendo os melhores tratamentos a densidade populacional de 20 plantas por m2 bem como o espaçamento de 51cm na entrelinha da cultura.
Palavras-chave: Brassica napus, Teor de óleo nos grãos, Teor de proteína nos grãos.