65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
PILHAS E BATERIAS: concepção, uso e descarte por alunos do Ensino Superior da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/Centro de Formação de Professores (UFRB/CFP), em Amargosa – BA.
Izadora dos Santos Pires - Licenciatura em Química – UFRB / CFP - Amargosa - BA
José Augusto Almeida Araujo Junior - Licenciatura em Química – UFRB / CFP - Amargosa - BA
Laís Andrade Viriato - Licenciatura em Química – UFRB / CFP - Amargosa - BA
Creuza Souza Silva - Profa. Assistente do CFP/ Orientadora - UFRB - Amargosa - BA
Katya Silene Porto Rodrigues - Profa. Assistente do CFP/ Orientadora - UFRB - Amargosa - BA
INTRODUÇÃO:
Pilhas e baterias têm importância incontestável no cotidiano de todos. Sua função é “dar energia” a diversos aparelhos que vão desde notebook, carros, brinquedos etc. Elas se dividem entre primárias e secundárias - as primárias, não podem ser recarregadas e geralmente são usadas em lanternas, controle remoto, entre outros; as secundárias são as recarregáveis e são utilizadas em celulares, luzes de emergência etc.[BOCCHI, 2000]. Apesar de terem grande função, elas são compostas de materiais químicos que comprometem o meio ambiente e a saúde das pessoas, como por exemplo, o lítio, o óxido de mercúrio, o cádmio e o chumbo que podem ocasionar disfunção renal, anemia, osteoporose além de contaminar rios, solo, lençóis freáticos etc. [REIDLER, 2002]. A reciclagem é a melhor forma de diminuir os impactos gerados por pilhas e baterias. O CONAMA estabelece na resolução nº 401/2008 os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento adequado. Nesse sentido, esta pesquisa consiste em verificar dados qualitativos e quantitativos sobre a concepção, o uso e o descarte destes materiais por alunos do Ensino Superior da UFRB/CFP.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Pesquisar como as pilhas e baterias são utilizadas e descartadas por discentes dos sete cursos da UFRB/CFP e pelo comércio local da cidade de Amargosa/BA. E se, estes últimos que vendem estes materiais também o recolhem.
MÉTODOS:
Aplicou-se 02 questionários, o primeiro, continha 13 perguntas e, foi destinado a 20 discentes do terceiro semestre dos curso de Educação Física, Física, Filosofia, Letras, Matemática, Pedagogia e Química totalizando 140 participantes. O segundo era composto de 07 questões e foi aplicado em 10 pontos do comércio local, sendo 03 lojas de celulares, 05 mercados e 02 lojas de eletroeletrônicos. Para complementar a pesquisa fez-se uma entrevista com o responsável pelo setor de coleta e descarte de resíduos na cidade de Amargosa/BA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com os dados dos questionários, aplicado aos discentes observou-se pelas afirmações dos entrevistados que, 70% sabem diferenciar pilha de bateria, 85% conhecem a composição e toxidade, 78% os malefícios causados pelo descarte inadequado, contudo 73% disseram descartar no lixo comum. Nos locais de venda, apenas 10% não comercializavam pilhas e baterias comuns e 30% recarregáveis, segundo os comerciantes, 70% dos clientes preferem pilhas e baterias comuns, escolha esta que na visão dos comerciantes, pode ser atribuída à diferença de preços e ao fato das recarregáveis recorrerem ao uso de carregadores. Questionados se sabiam e cumpriam a Resolução CONAMA Nº 401/08, que estabelece a venda e coleta no país, 10% disseram não saber, 10% recolhiam, porém possuíam dificuldade em repassar o material recolhido. Esta também foi uma das justificativas dos 80% que afirmaram saber, mas não cumprir, constatando que a venda é desproporcional à coleta. Como 73% dos discentes, descartam no lixo comum e apenas 10% dos locais visitados recolhiam. Em entrevista, o setor responsável, informou que depois da coleta os detritos são destinados a uma espécie de aterro sanitário, a cidade ainda não dispõe de iniciativas, atividade em funcionamento e local específico de reciclagem.
CONCLUSÕES:
Ao termino da pesquisa, com base nos dados coletados pode-se concluir que a cidade de Amargosa não dispõe de políticas de descarte de resíduos tóxicos. Neste contexto, percebeu-se que alguns dos entrevistados têm consciência mesmo que superficial sobre os componentes químicos e tóxicos que compõem estes materiais e sabem que não é certo o descarte em local inadequado, porém continuam descartando em lixo comum. Uma das causas pode ser atribuída pela pouca visibilidade de locais de coleta e a falta de informação sobre os reais danos de um descarte incorreto fazendo com que a preocupação de jogar pilhas e baterias no lixo comum se torne irrelevante.
Palavras-chave: Lixo, Conscientização, Reciclagem.