65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 2. Ecologia Aquática
A INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO SAZONAL EM AMBIENTES INUNDÁVEIS SOBRE Poptella paraguayensis (EINGENMANN, 1907), (CHARACIFORMES, CHARACIDAE - SAIA BRANCA), NO PANTANAL MATOGROSSENSE, RIO PARAGUAI.
Eliziane Maria da Conceição - Dep. de Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
Claumir Cesar Muniz - Prof. Dr. Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
INTRODUÇÃO:
O Pantanal mato-grossense caracteriza diferentes nichos e habitats, conforme o seu período de variação sazonal anual. Os sistemas de baías formadas nas áreas de abrangência do pulso de inundação abrigam as primeiras fases de peixes jovens e adultos, disponibilizando alimento e abrigo aos mesmos. A família Characidae e subfamília Stethaprioninae constitui um grupo de peixes de pequeno porte e dentre as espécies encontra-se a Poptella paraguayensis (Eingenmann, 1907).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Neste trabalho foi analisado a proporção sexual de P. paraguayensis, dados de comprimento padrão bem como as fase de desenvolvimento gonadal dos espécimes coletados no rio Paraguai, Pantanal Matogrossense.
MÉTODOS:
O estudo foi realizado próximo à cidade de Cáceres, na margem direita do rio Paraguai no Sistema de Baías Caiçara. Foram coletados 1.612 espécimes entre os meses de setembro de 2005 a setembro de 2007 compreendendo dois ciclos hídricos completos, considerando as variações sazonais em períodos diurno e noturno. Para as coletas de peixes utilizou-se tela de nylon, rede de arrasto, tarrafas e rede de emalhar de diferentes malhagens e tamanhos, conforme a profundidade da água. Após a coleta os peixes foram fixados em formalina a 4% por 72 horas e conservados em solução de álcool 70%. Sendo depois eviscerados e seus tratos digestivos retirados para identificação do estádio reprodutivo, bem como as medidas biométricas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os dados mostram que foram coletados 55,4% machos, 34% fêmeas e 10,6% não tiveram o sexo determinados. Deste total 55,6% foram amostrados no período de estiagem, fase em que as águas das baías estão recuando e os peixes se deslocando para o rio. Entretanto, o comprimento padrão neste período esteve entre 3,3 a 12,4 cm (estiagem) e 4,0 a 8,0 cm (enchente). Em relação ao estádio gonadal (repouso, em maturação e maduros) dos espécimes os períodos de estiagem e enchente tiveram maior abundância quando considerado todos os meses de coleta.
CONCLUSÕES:
Estes dados denotam a importância do pulso de inundação para os ambientes sazonalmente inundáveis, sendo responsáveis pelo controle da abundância das comunidades íctias nestes ambientes.
Palavras-chave: Comprimento padrão, Pulso de Inundação, Reprodução.