65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PACIENTES EM TRATAMENTO DO TABAGISMO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE - PARAÍBA
Thayse Silva Medeiros - Depto. de Farmácia – UEPB
Thamires Lacerda Dantas - Depto. de Farmácia – UEPB
Irys Raphaella Gomes Ricarte - Depto. de Farmácia – UEPB
Allison Ronny Ferreira Lucena - Depto. de Farmácia – UEPB
Anderson Fellyp Avelino Diniz - Depto. de Farmácia – UEPB
Clésia Oliveira Pachú - Profa. Dra. / Orientadora – UEPB
INTRODUÇÃO:
O tabagismo é considerado a principal causa evitável de morte no mundo. Na atualidade o consumo de tabaco causa mais de cinco milhões de falecimentos e a previsão para 2030 é que esses números atinjam a marca de mais de oito milhões de pessoas (WHO, 2008). Apesar de os resultados não serem tão divulgados como sugerem os números, o tabaco mata uma pessoa a cada seis segundos (MATHERS e LONCAR, 2006). Diante do exposto, torna-se imprescindível visualizar fatores comuns aos dependentes químicos de nicotina e assim, buscar possíveis manobras para o abandono do hábito.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Traçar o perfil socioeconômico dos pacientes tabagistas em tratamento no Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande, na cidade de Campina Grande, PB.
MÉTODOS:
O estudo de caráter qualitativo e descritivo foi realizado no Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande. Formam sujeitos 25 tabagistas em tratamento e para coletar os dados foram realizadas entrevistas constituídas por questões relacionadas a dados pessoais, grau de escolaridade, estado tabagístico, antecedentes de outras doenças e classificação socioeconômica. A renda familiar foi ditada em termos de salários mínimos. O estudo foi realizado entres os meses de fevereiro e março de 2013. Os dados coletados foram tabulados para melhor visualização dos resultados, e, posteriormente analisados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com a coleta dos dados referentes aos 25 pacientes, foi constatado com relação as suas idades que variavam entre 30 e 65 anos. Sendo que a divisão quanto ao sexo correspondia a 76% de mulheres e 24% de homens. Já com relação a renda familiar mensal, 44% deles responderam ser de, no máximo, um salário mínimo (R$ 678,00), 24% da amostra declararam renda de até dois salários mínimos, 16% até três salários mínimos e, similar a 16% até cinco salários mínimos e nenhum possui renda de até dez ou mais de dez salários mínimos. Os resultados corroboram com Iglesias (2007) que apontou o tabagismo consistentemente maior entre os grupos com baixo nível socioeconômico no Brasil e em outros países. Assim, estabelece-se uma correlação entre o consumo do tabaco e os baixos níveis de renda familiar dos entrevistados. Para tabagistas de baixo poder aquisitivo, o dinheiro gasto com cigarro e seus derivados seria utilizado na alimentação, saúde e bem estar da família, porém, isso passa a ser ignorado em virtude da dependência química à nicotina.
CONCLUSÕES:
Com fundamento nos dados obtidos neste estudo, conclui-se que é importante explanar aos pacientes como o valor mensal gasto por eles com o cigarro, afeta diretamente nas suas condições econômicas. Fazer-se entender que além de danos à saúde, o cigarro também acarreta prejuízos econômicos. São males que não atingem apenas ao fumante, mas também a seus familiares. É indispensável que haja um trabalho de conscientização para com os pacientes, a fim de despertá-los para a condição nociva do cigarro.
Palavras-chave: Saúde Pública, Tabagismo, Tratamento.