65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
DESENVOLVIMENTO DE MILHO (Zea mays L.) EM SOLO AFETADO POR SAIS TRATADO COM GESSO
Alana Alves de Oliveira - Depto. de Agronomia, IFBAIANO - Campus Guanambi.
Nayara Ellane Pereira Viana - Depto. de Agronomia, IFBAIANO - Campus Guanambi.
Leandro da Silva Pinto Lima - Depto. de Agronomia, IFBAIANO - Campus Guanambi.
Vagner Alves Rodrigues Filho - Depto. de Agronomia, IFBAIANO - Campus Guanambi.
Leandro Santos Peixouto - Depto. de Agronomia, IFBAIANO - Campus Guanambi.
Felizarda Viana Bebé - Profa. Dra./Orientadora- Depto. de Agronomia, IFBAIANO - Campus Guanambi.
INTRODUÇÃO:
A microrregião de Guanambi apresenta características como baixa precipitação e elevada evapotranspiração. Nesta região a prática da atividade agrícola é possível com uso da irrigação que promove a geração de emprego e renda. Entretanto, o conhecimento acerca do manejo da agricultura irrigada e dos solos afetados por sais na região de Guanambi - BA ainda é incipiente, visto que existem solos salinizados e predispostos à salinização quando submetidos à irrigação inadequada.
Desta forma, é imprescindível avaliar métodos de manejo e sua aplicação prática para melhorar a qualidade do solo no perímetro Ceraíma, inserido na região semiárida da Bahia. A aplicação de corretivo como o gesso agrícola poderá melhorar as características químicas e físicas do solo e poderá tornar os solos agricultáveis.
Este estudo será fundamental para tomada de decisão do manejo do solo que será adotado pelos irrigantes dos lotes do perímetro Ceraíma, além da realização da correção dos solos afetados por sais. Desta forma, lotes que foram descartados por causa do excesso de sais poderão ser incorporados ao processo produtivo e poderá melhorar as condições socioeconômicas da região de Guanambi – BA.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar o desenvolvimento do milho (Zea mays L.) em solo tratado com gesso.
MÉTODOS:
O presente trabalho foi conduzido em casa de Vegetação no IFBAIANO – Campus Guanambi, localizada no Distrito de Ceraíma, Município de Guanambi, sudoeste da Bahia, distando 108 Km do Rio São Francisco, com latitude de 14º13’30” sul, longitude de 42º46’53” oeste de Greenwich, altitude de 525 m (Donato, 2007).
Foi coletada amostra de solo proveniente do Perímetro Irrigado Ceraíma, localizado no município de Guanambi – BA, a uma profundidade de 30 cm para análise química. Em seguida, as amostras foram secas a sombra, peneiradas em malha de 2 mm e homogeneizadas.
O experimento foi constituído por cinco tratamentos com os seguintes níveis de gesso: 0,0; 25; 50; 75 e 100% da necessidade de gesso para equilíbrio químico (Richards, 1954), distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, totalizando 25 unidades experimentais.
Após o preenchimento e a aplicação do gesso no solo, procedeu-se a semeadura colocando-se quatro sementes de milho em cada vaso. Nove dias após a semeadura foi feito o desbaste, deixando uma planta por vaso. As coletas de dados referentes à altura, diâmetro do colmo e área foliar, foram realizadas semanalmente durante 70 dias e os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5 % de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados médios obtidos foram 64,80; 66,23; 65,57; 64,15 e 67,49 cm para altura da planta (AP), 204,74; 228,91; 230,59; 208,82 e 228,31 cm2 para área foliar (AF), 1,18; 1,27; 1,30; 1,28 e 1,33 cm para diâmetro do colmo (DC), correspondendo respectivamente a 0, 25, 50, 75 e 100% da necessidade de gesso (NG).
Verifica-se que a aplicação de gesso promoveu uma tendência de aumento na área foliar do milho (Zea mays L.). Entretanto, nas demais variáveis avaliadas não houve alterações entre os tratamentos. Quanto à variável diâmetro do colmo, nota-se que nos tratamentos 3 e 5 (50 e 100% da NG) apresentaram melhores resultados. Com relação à altura da planta, observou-se que o tratamento 5 (100% da NG) apresentou maiores valores. O tratamento 3 (50% da NG) obteve os melhores resultados com relação à área foliar. Provavelmente não foi possível verificar diferença entre os tratamentos para a maioria das variáveis devido ao período curto de incubação, não havendo tempo suficiente para ocorrer as reações de troca no solo.
Todavia, de acordo com Richards (1974), o gesso agrícola é um composto que pode ser usado para melhorar as propriedades químicas e físicas de solos com problemas de sódio trocável, confirmando a eficiência deste condicionador para a problemática de sodificação de solos.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que o solo tratado com gesso não alterou o desenvolvimento do milho (Zea mays L.).
Palavras-chave: Salinidade, Recuperação, Manejo.