65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública
ESTILO DE VIDA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA EM IMPERATRIZ-MA: UM ENFOQUE SOBRE A PRÁTICA DE HÁBITOS SAUDÁVEIS.
Helena Dutra Leocádio - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Ana Beatriz Silva Pereira - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Ana Paula Mattos - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Diana Gonzaga - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Natália Machado - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
Simony Fabíola Lopes Nunes - Profª Esp./Orientadora - Curso de Enfermagem – CCSST/UFMA
INTRODUÇÃO:
Envelhecer é um processo natural que caracteriza uma etapa da vida do homem e dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma específica cada indivíduo com sobrevida prolongada. É uma fase em que, ponderando sobre a própria existência, o indivíduo idoso conclui que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas perdas, das quais a saúde destaca-se como um dos aspectos mais afetados (MANCUZZI et al., 2005). Do ponto de vista da Saúde Pública, os cinco mais relevantes fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis são o tabagismo, o consumo de álcool, a obesidade ou sobrepeso, a hipertensão e a dislipidemia (OMS, 2003). Nesse respeito o maior desafio na Atenção à Saúde do Idoso é conseguir contribuir para que, apesar das progressivas limitações que venham a ocorrer, ele possa redescobrir possibilidades de viver sua própria vida da melhor forma possível (BRASIL, 2007). Assim, este estudo poderá fornecer subsídios para o planejamento de ações de saúde que colaborem em melhores hábitos de vida para a população idosa.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente estudo teve por objetivo verificar a prática de hábitos saudáveis de vida de idosos de um Centro de Convivência de Imperatriz- MA.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Esta pesquisa foi realizada em uma Instituição Social filantrópica, situada em um município do Maranhão, no período de junho de 2012 a fevereiro de 2013. Participaram da pesquisa 30 idosos, de ambos os sexos, participantes regularmente há mais de seis meses do serviço de assistência da instituição. Os critérios de exclusão da pesquisa foram: pacientes que não aceitaram participar assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), ou que apresentavam algum tipo de doença e/ou problema de ordem psicológica/ mental. Os pacientes que aceitaram participar assinaram o termo. Logo após, foi aplicado o roteiro de entrevista no qual continham questionamentos a respeito do perfil social e demográfico (idade, sexo, anos de estudo, estado civil, renda mensal) dos pacientes, assim como aspectos inerentes ao estilo de vida dessa população. Para análise dos dados foram utilizados a planilha estatística do Excel® (Microsoft, versão 2007) e programa Word® (Microsoft, versão 2007), onde os dados foram agrupados, ordenados, contabilizados e posteriormente tabulados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
No contexto alimentar, quanto a quantidade de refeições/dia realizadas por eles, 46,7% dos idosos estudados afirmaram realizar de 4 a 5 refeições/dia, dados semelhantes foram encontrados no estudo de Romero (2010), onde 47,4% dos investigados consumiam mais de 4 refeições/dia. Quanto à ingesta hídrica, 60,0% dos idosos afirmaram beber pelo menos 8 copos de água/dia variável que deve ser analisada, visto que o consumo insuficiente de água resulta na desidratação e na constipação, problemas comuns entre os idosos. Nas categorias tabagismo e alcoolismo, obtiveram-se dados positivos, visto que todos os idosos do estudo negaram fazer uso de tabaco e álcool. Acredita-se que os resultados estejam associados ao fato dos idosos da instituição ser evangélicos. Consideramos favorável visto os efeitos superlativados que o álcool tem nos idosos quando comparados aos jovens, associado ao risco que os idosos que consomem álcool possuem aumento na probabilidade de fraturas, devido a diminuição na densidade óssea (SILVA, 2008). No estudo, 66,6% afirmaram possuir alguma doença crônica, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (63,3%), seguida de Diabetes Mellitus (10,0%). Os dados obtidos corroboram com os de uma pesquisa realizada por Silva (2008) Hipertensão com 56,4% seguida de 20,5% Diabetes.
CONCLUSÕES:
O envelhecimento bem sucedido é o resultado de um processo ao longo da vida. A pouca atividade física, dieta desequilibrada, baixa autoestima e falta de ocupação não apresenta cura medicamentosa, fazendo-se necessário que os profissionais de saúde intensifiquem a prevenção das doenças/incapacidades através de práticas saudáveis. Nesse contexto torna-se necessário verificar hábitos que mais prevalecem em idosos que influenciam em sua qualidade de vida, para saber se esses hábitos de vida estão sendo corretos ou não. Frente ao exposto é perceptível que o estilo de vida dos idosos influencia diretamente na qualidade de vida dos mesmos fazendo-se, portanto, necessário um traçado a respeito de tais hábitos para que o profissional da saúde possa saber quais aspectos deve considerar no momento de sua assistência, de modo a fazê-la, trabalhando ações em educação em saúde que favoreçam uma melhoria no estilo de vida dos idosos, contribuindo, consequentemente para melhorias no estado geral de saúde destes.
Palavras-chave: Idoso, Envelhecimento, Estilos de vida.