65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 4. Conservação da Natureza
EXPLORAÇÃO COMERCIAL DA MADEIRA COMERCIALIZADA NO MUNICIPIO DE PARINTINS-AM.
Silvia Maria Ferreira da Silva - Universidade do Estado do Amazonas- UEA
Naimy Farias de Castro - Profa. Msc/Orientadora-Universidade do Estado do Amazonas- UEA
Joeliza Nunes Araujo - Profa. Msc/ Co-Orientadora-Universidade do Estado do Amazonas- UEA
INTRODUÇÃO:
O Município de Parintins apresenta uma região rica em floresta com árvores de grande porte que são usadas comercialmente. A exploração de madeira nessa região acontece há muitos anos, pois é uma das matérias-primas da população da floresta. Hoje sabe-se que é ilegal o desmatamento sem plano de manejo, o que contribui para o aquecimento global e extinção de algumas espécies consideradas nobres. Dessa forma, pode-se dizer que a madeira da Amazônia é muito utilizada para diversos fins como na produção de energia, construção civil, obras de arte, indústria moveleira, entre outros. A ampla utilização de madeira pelo homem é determinada por uma série de características, dentre os quais estão: baixo custo, grande disponibilidade, alta resistência em relação ao seu peso, excelente manuseio, uma grande variabilidade de cores e texturas, renovável podendo ser reciclada.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Contribuir para estabelecer um diagnóstico da exploração comercial de madeiras das serrarias e movelarias e, assim, ampliar o debate sobre a extração de forma legal, promovendo a interação da sociedade com o meio ambiente.
MÉTODOS:
A pesquisa foi realizada em três serrarias e movelarias do Município de Parintins/AM. Como método utilizou-se formulários de entrevista padronizadas com perguntas abertas, fechadas, envolvendo aspectos da infra-estrutura, armazenamento, estoque, procedência, tipos de materiais utilizados, forma de manejo, madeiras tipo de exportação, destino da madeira descartada, o que serviu para dar suporte à pesquisa e mostrar um pouco da realidade das madeiras locais. Foram entrevistados administradores, funcionários e responsáveis pelo controle do manejo dos estabelecimentos comerciais de madeira. Após a entrevista os dados foram tabuados e analisados para sistematização das informações apresentadas em gráficos e tabelas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados mostram que as espécies de madeiras mais utilizadas pelas madeireiras e movelarias, consideradas de alta resistência mecânica são: Tabebuia longiflora (Griseb) Greenm. (Ipê); Manilkara spp. (Maçaranduba); Hymenolobium spp. (agelim); Goupia glabra (Cupiúba); Carapa guianensis (andiroba), Dpteyx polyphylla (cumaru); etc. Enquanto que as mais citadas como madeiras tipo exportação são: T. longiflora (90% de aproveitameto); H.spp. (65%) D.polyphylla (70%), Hymaea coubaril L.(jatobá) 60%, e Bowdichia virgilioides khunt (sucupira) 70%. As que apresentam baixa resistência e que são facilmente deterioradas por fatores químicos, físicos e biológicos são aqueles chamados de “azimbre”, muito utilizado pela construção civil, são: Hura crepitans wild (Açacu), Virola surimanensis (rol) Warb (virola) e Bresimum parinariodes Ducke (Amapá), todas apresentam aproximadamente 20% de aproveitamento por tora de madeira. Outras informações estão relacionadas ao destino da exportação que o município realiza, onde aproximadamente, 800m3 da madeira comercializada ao ano, tem destino, principalmente, para Portugal e outros países com menor consumo como Estados Unidos, Itália e China. Dentre as empresas pesquisadas, somente uma apresenta plano de manejo.
CONCLUSÕES:
Este trabalho visa mostrar quais madeiras apresentam maior e menor resistência mecânica e o índice de aproveitamento por tora de madeira, além das quais são mais utilizadas para exportação, alegando excesso de burocracia e falta de apoio do setor público. Conclui-se que é possível retirar recursos naturais de forma sustentável do meio ambiente com consciência e respeito, sem prejudicá-la.
Palavras-chave: Madeira, Aproveitamento, Resistência..