65ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 5. Odontologia Social e Preventiva |
HÁBITOS DE HIGIENE ORAL DE ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO |
Fernanda Clotilde Mariz da Costa - Graduanda do Curso de Odontologia - UEPB Amanda Silva Aragão - Graduanda do Curso de Odontologia - UEPB Douglas Pereira de Sousa - Graduando do Curso de Odontologia - UEPB Fábio Gomes dos Santos - Mestrando do Programa de Pós-graduação em Odontologia - UEPB Yêska Paola Costa Aguia - Mestranda do Programa de Pós-graduação em Odontologia - UEPB Alessandro Leite Cavalcanti - Professor Doutor do Departamento de Pós-graduação em Odontologia - UEPB |
INTRODUÇÃO: |
No que tange aos agravos em saúde bucal, a adolescência é um período que merece destaque, pois esta população não é mais beneficiada pelo cuidado e atenção dispensados às crianças nem desfruta da proteção associada à maturidade da vida adulta, particularmente, para os mais fragilizados em função de determinantes socioeconômicos. Tal faixa etária é marcada por um período de risco para a saúde bucal, uma vez que as medidas adequadas de higiene podem conflitar com os hábitos de vida adotados pelos adolescentes que não mais aceitam supervisão adulta. Tal fator, somado a alta prevalência das principais doenças bucais, resulta na necessidade do uso adequado dos instrumentos de higiene oral. Para tanto, é necessário a ampliação de ações de promoção e prevenção de saúde bucal, ressaltando a importância de bons hábitos de higiene. Tais fatores demonstram a relevância de investigar como estes realizam sua higiene oral, visto que, a população jovem é um grupo prioritário para políticas de promoção da saúde em todas as regiões do mundo e a escola se constitui em um espaço privilegiado para implementação destas políticas. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Investigar os hábitos de higiene oral de estudantes de 15 a 19 anos da rede pública de ensino. |
MÉTODOS: |
Realizou-se um estudo observacional transversal, segundo o método quantitativo, realizado no período de outubro/2012 a março/2013. A amostra foi composta por 365 estudantes na faixa etária de 15 a 19 anos devidamente matriculados nas escolas estaduais do município de Campina Grande - PB através da técnica de amostragem não probabilística por conveniência. A participação dos adolescentes ocorreu mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais ou responsáveis. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário contemplando informações socioeconômicas e os hábitos de higiene oral dos alunos. Os dados foram organizados com o auxílio do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences – versão 18.0) e interpretados por meio de análise descritiva. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
Verificou-se uma maior frequência de indivíduos do gênero feminino (59,5%). O uso de escova de dente e creme dental foi relatado por todos os adolescentes, com a maior frequência de duas a quatro vezes ao dia (92,1%), concordou com o estudo de Vettore et al. (2012), que observaram uma taxa de 95,2% de duas ou mais escovações diárias. Em relação ao fio dental, foi constatada que 54,5% relataram utilizar, destes 19,2% referiram frequência de duas a quatro vezes ao dia, coincidindo com a de escovações relatadas. Trabalho análogo realizado por Davoglio et al. (2009) afirmaram que 51,4% dos jovens usavam eventualmente o fio dental e destes, 14,8% utilizavam com regularidade encontrados por Melo e Cavalcanti (2009) em estudo realizado na mesma cidade. Por fim, da última classe, 55,4% utilizam fio dental não demonstrando relação desta variável com a inserção sócio-econômica, como a observada por Davoglio et al. (2009). |
CONCLUSÕES: |
Embora o Brasil apresente uma prevalência elevada das principais doenças da cavidade oral, principalmente nas classes sociais menos favorecidas, a maioria dos adolescentes demonstrou a realização de hábitos saudáveis de higiene oral. Ressalte-se, porém, que o presente estudo não associou os hábitos de higiene oral com o diagnóstico de eventuais doenças bucais. Existe, portanto, a possibilidade de haver referência à adoção de bons hábitos de higiene oral, mas, no entanto, com utilização de técnicas e execuções inadequadas. |
Palavras-chave: Saúde bucal, Adolescentes, Classe Social. |