65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
A ENERGIA EÓLICA COMO TEMÁTICA NORTEADORA DO ESTUDO DA CINÉTICA QUÍMICA: EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA NO PIBID COM ALUNOS DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO NO MUNICIPIO DE PARINTINS-AM
Moyses Melo da Silva - Curso de Química/CESP/UEA
Marcos Viera de Souza - Curso de QuÍmica/CESP/UEA
Aldemira Jacaúna Machado - Orientadora/SEDUC/AM
Antônio Leocádio Martins Ferreira - Coord. PIBID/QUIM/CESP/UEA
Célia Maria Serrão Eleutério - Curso de Química/CESP/UEA
Enrique Ramón Molina Pérez - Curso de Química/CESP/UEA
INTRODUÇÃO:
Esta experiência foi desenvolvida por acadêmicos do Curso de Química vinculados ao PIBID em uma escola pública com alunos do 2º Ano do Ensino Médio com o intuito de construir e contextualizar conhecimentos sobre Cinética Química e garantir uma aprendizagem significativa. O tema norteador para o estudo da Cinética Química foi a Energia Eólica por possibilitar a compreensão da conversão da energia cinética obtida pela movimentação das massas de ar. A cinética química na visão de Netz e Ortega (2002) se preocupa com a velocidade das reações químicas, onde a variável tempo tem papel fundamental. Para desenvolver as práticas experimentais foi necessário utilizar material de baixo custo e comum no cotidiano dos alunos. No decorrer do processo percebeu-se que ao introduzir a temática em sala de aula os alunos mostraram interesse tanto pelas aulas teóricas e curiosidade pelas aulas experimentais. As atitudes dos alunos nos fez perceber que constantemente o professor é desafiado a superar a fragmentação de conceitos e práticas pedagógicas, pois de nada adianta dominar os conceitos disciplinares se não busca estratégias para mediar o ensino. É preciso que o professor apresente alternativas eficazes para que o aluno possa construir seu próprio conhecimento.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Construir e contextualizar conhecimentos sobre Cinética Química a partir do tema norteador Energia Eólica com o intuito de garantir uma aprendizagem significativa.
MÉTODOS:
A experiência foi realizada na Escola Estadual Brandão de Amorim com professores e alunos do 2º ano do Ensino Médio sob a orientação de professores de Química do Centro de Estudos Superiores de Parintins/UEA. O procedimento metodológico obedeceu a seguinte dinâmica: estudo teórico sobre Cinética Química utilizando como recurso o livro didático; pesquisa em outras literaturas e na internet sobre a Energia Eólica; discussão e socialização das temáticas em sala de aula. As atividades práticas foram realizadas no Laboratório de Ciências da escola campo de pesquisa utilizando material do cotidiano dos alunos: ventilador, madeira, alumínio, ferro, fio de cobre, cola quente, gerador de rádio e um o medidor de energia – voltímetro. Os resultados foram socializados na própria escola e no I Encontro da Área de Ciências Exatas e da Terra & Ciências Biológicas/ IX Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no CESP/UEA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A experiência desenvolvida fez com que os alunos do 2º ano do Ensino Médio compreendessem melhor o processo de conversão da energia cinética em energia elétrica a partir da utilização de turbinas eólicas, que funcionam com o auxílio do vento que incide sobre as pás da turbina provocando sua movimentação, nesse processo ocorre a transferência da energia cinética do ar para o rotor conectado às pás; que por sua vez, transforma parte dessa energia em energia mecânica rotacional e a transfere para o gerador, que encerra o processo transformando-a em energia elétrica. Quando o tema energia eólica foi apresentado aos alunos foram levantadas questões que contribuíram para se iniciar uma discussão a respeito das energias que provocam danos ao meio ambiente como: petróleo, gás natural e carvão mineral e urânio, utilizado na energia nuclear. A energia eólica por sua vez é um tipo de energia puramente renovável e eficiente, livre de emissões perigosas e resíduos tóxicos. Porém, ainda apresenta desvantagens, pois, necessita de ventos regulares e os aerogeradores tem custo elevado. Para nós amazônicos este tipo de energia não é viável pelas irregularidades dos ventos onde esta característica é presente na região litoral do Nordeste e no Sul e Sudeste do Brasil.
CONCLUSÕES:
Esta experiência nos fez perceber que existem várias maneiras do professor ensinar os conteúdos disciplinares para que o aluno não apenas estude por estudar a matéria, mas que possa compreendê-la para provocar mudanças na sua maneira de pensar e agir. Buscar alternativas para que este aluno aprenda e o ensino tenha significado para ele é papel do professor. Sugere-se ao professor que crie situações didáticas para descobrir os conhecimentos prévios dos alunos. Partindo desta perspectiva, optamos em utilizar como eixo norteador a temática Energia Eólica para introduzir conceitos relacionados com a Cinética Química, pois, partimos do principio de que é preciso criar situações didáticas e pedagógicas para que o aluno compreenda bem os conceitos disciplinares para que possa interagir com o professor e compartilhar significados. Se essa dinâmica não ocorre não podemos pensar numa aprendizagem dialógica e significativa.
Palavras-chave: Formação Inicial, Prática Docente, Estratégia de Ensino.